domingo, 28 de dezembro de 2008

CLAUDEMIR SANTOS apresenta GIU CASTRO

POis é turma. O texto que segue é de autoria de GIU CASTRO. A convidei para o Blog, mas ela tava com preguiça de fazer todo o ritual necessário. Preguiçosa, eu sei. De qualquer forma, escreveu o texto abaixo e pediu que eu postasse em nome dela. Sou suspeito, mas o texto é ótimo e a garota tem futuro aqui com a gente. Só deve deixar de ser preguiçosa e se inscrever bonitinha no blog para ser uma autora oficial. Sem mais delongas, apreciem o escrito da jovem Giu Castro.

CONFISSÕES DE UM INDIE

Oi galëre bjs
Sabe, eu resolvi me livrar de vícios velhos meus, sou uma menina muito resolvida. Pode parecer meio coisa de quem cuspiu no prato em que comeu, mas eu precisava me livrar daquelas coisas que estavam no meu quarto. O meu all star rabiscado, o meu pôster do Simple Plan, os meus cd’s do NxZero, o meu lápis de olho, minha faquinha de bolo Puma cortadora de pulsos – mega parceira de fossas (tudo bem que não eram fossas FOOSSAS, eu nem estava tão triste assim naqueles dias, tava fingindo um pouquinho) – e, claaaro, A CHAPINHA. Ai, desculpe, chapinha, mas tu já deu o que tinha que dar (duplo sentido).
Tipo, tinha tanta gente falando mal de mim, do meu estilo, CLARO, MEU ESTILO PRÓPRIO, ODEEIO MODINHAS HEIN, sou underground, que eu resolvi comprar o meu Adidas, repicar o cabelo e tirar fotos de metade da cara com a boca torta e pôr no orkut.
Voltando ao assunto, depois de me livrar daquelas coisas, eu vi que precisava dar um pulinho na galeria do rock, sabe. Ouvi dizer que lá tem umas camisetas do Laranja Mecânica supimposas, eu preciso de uma dessas no meu novo look. Falando em Laranja Mecânica, eu queria muito saber do que se trata. Eu imagino que seja um jogo de Play Station 2, mas me falaram que tem sexo e violência. Lógico, agora que eu larguei minha faquinha de bolo Puma cortadora de pulsos, fossas são coisa do passado, o negócio agora é ser radical e rebelde, NÉ RS

Ai, tem outra coisa que eu tenho que confessar. Tinha uma menina, a Nilda Cachorro Louco, aqui da minha rua – descobri que ela é menina AGORA, eu sempre achei que fosse macho. Ontem reparei que não tinha gogó – que sempre me paquerou, né, triste isso. Mas ontem, eu... é que... er, é meio difícil falar, mas ela... catei. Peguei mesmo. Tipo como eu fazia com o jUnEnhO BonEqUiNhôHh di lUxOo nos meus tempos de emo. Foi nojento, mas eu PRECISO me acostumar, porque eu sou uma pessoa a frente do meu tempo, sem preconceitos e de mente aberta. Tudo bem que ela realmente parece um homem e que eu admiro Hitler por seu ódio a homossexuais, mas to namorando com ela agora, né. Igual fumar. Odeio fumar, mas, raios!, como as pessoas vão saber que agora eu não ligo pra regras, que EU SOU SEXO DROGAS E ROCK’N ROLL se eu não tiver meu cigarrinho na boca? É ruim quilos, mas eu tenho que me acostumar com o cigarro e com a minha garrafa de Vodka (é só a garrafa, eu coloco água dentro pra agüentar dar bons goles). Ah, e com a Nilda.
Lembrete5: colocar no orkut que fumo e bebo excessivamente e opção sexual: bi (argh).

Sabe que eu descobri que AMO Beatles? Na verdade eu não amo taaanto assim, mas é que Beatles é coisa de gente que entende das coisas, tem coisa mais linda do que vestir uma camiseta dos Beatles? Não. Eu acho meio chato, a voz daquele tal de Ringo não sei do quê me irrita.
Ah, o Bowie também é muito legal, mas eu não gosto muito quando um tal de Zig Estarduzt substitui ele em algumas performances. Lembrete2: comprar uma camiseta do Bowie. Lembrete3: conhecer as músicas do Bowie.
Falando de música, foi meio triste me livrar do meu vício de Paramore, porque agora que ficou conhecido, eu não posso ficar por aí desfilando com a minha camiseta, vão pensar que eu gosto de modinha. Lembrete4: comprar uma camiseta escrito Underground.

AI SÃO TANTAS COISAS A FAZER! Que eu posso fazer se eu tenho personalidade, sou tão mente aberta e sou tão intelectual? Pelo menos eu tento parecer, né. Pois é. Lembrete4: ser mal-educada e não se importar com os outros. Ser blasè, que nem você fez com uma menina no show do Paramore, que te ofereceu água quando você passou mal. Joguei a água fora na frente dela e esqueci de agradecer, e falei “Essa porra tá quente!”.
Lembrete5: colocar no orkut citações de Nietzche (MEU DEUS AMADO E SALVADOR AMÉM SEMPRE, como se escreve?). E ser ateu, óbvio.

Às vezes, eu me sinto mal fazendo isso, sendo meio maldita/idiota/estúpida/desgraçada com as pessoas. Mas ainda bem que já tem um monte de gente fazendo isso, aí, eu não sou má sozinha!
Lembrete6: assistir aquele seriado lésbico(?), The L Word. E colocar fotos no orkut.
Lembrete7: ouvir o meu cd do Belo escondida.


Nota da autora: a menina do show do Paramore que deu água para nossa indie querida era eu.
Nota da autora2: odeio indies.

AMELIE POULAIN E OS SENTIDOS DA EXISTENCIA HUMANA - GIU CASTRO INDICOU E EU AMEI!

Completando minha semana de exclusão física do mundo, passei a tarde do último domingo de 2008 assistindo “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, de Jean-Pierre Jeunet.
Jean-Pierre é um velho conhecido meu. “Ladrão de Sonhos” é um dos meus filmes preferidos, assim como o vertiginoso “Delicatessen” e a tentativa hollywoodiana chamada “Alien Ressurreição”. Jean Pierre me apresentou em primeira mão o ator Ron Pearlman (O corcunda retardado de “O nome da Rosa” e nosso amado “Hellboy”) e tem como visual uma estética que o diferencia de qualquer outro diretor: as cores que saltam na tela como se fossem pinturas surreais ou, ainda mais, um Bosch, com toda sua loucura renascentista. Seus roteiros são imprevisíveis e seu efeito dominó de algumas ações são de tirar o fôlego.
Agora, o que mais me chamou a atenção em “Amélie Poulain” foi a maestria utilizada para mostrar ao espectador certos valores que movem o mundo particular de cada um. Os personagens vivem suas vidas presas a significados representados por estados mentais que, por sua vez, se apóiam no mundo real através de objetos e atitudes tomadas perante este objeto (e, neste caso, o objeto muitas vezes é outra pessoa).
O que a personagem faz? Utilizando esses mesmos objetos, trocando-os de lugar na existência do outro, ela causa uma mudança de significado em toda sua vida, mostrando como é simples transformar a vida em algo melhor e com um significado totalmente diferente. Ela faz isso através de fotos, duendes, palavras e, ao mesmo tempo, enfrenta uma grande dificuldade de transformar a própria vida – mas isto é sempre mais difícil mesmo. A vida dos outros sempre parecem tão mais simples!
O espectador mais atento vai perceber que às vezes a mudança de um objeto/pessoa/palavra/situação pode mudar todo o significado de sua própria existência. Aquilo que o personagem de Robin Williams diz na “Sociedade dos Poetas Mortos”: ver as coisas por outro ângulo. Não estamos tão longe assim da grandeza da alma, pelo jeito. Mas ser mesquinho é mais fácil, não é verdade? No filme, o desejo de mudança vence o estado mesquinho da alma de quase todos os personagens e nos dão um novo modelo para um mundo real. Ah, se pudéssemos aprender mais com estes belos filmes...
“Amélie Poulain” me foi indicado por uma aluna fantástica: Giu Castro; uma das mentes mais brilhantes que já conheci. Temos uma cumplicidade artística: eu a informo sobre os clássicos e ela me informa sobre a atualidade (engraçado: nossa relação é parecida, de certa forma, com a dos personagens Monsieur Dufayel, o homem de vidro {linda metáfora humana!} e a própria Amélie).
Ela me emprestou o filme no meio deste ano, mas eu precisava assistir com calma e no momento certo. Faz algumas horas que isto aconteceu. Minha alma está mais leve: vou chegar a 2009 de horizontes abertos, certo de que a mudança de certos significados no meio do caminho serão necessárias para que eu entenda melhor o mundo e a mim mesmo, conseqüentemente.
Parabéns, Giu. Você desvendou minha alma pela segunda vez no mesmo mês!

FILMES DE JEAN-PIERRE JEUNET:
- 1991 DELICATESSEN
- 1995 LADRÃO DE SONHOS (Le cité dus enfants perdus)
- 1997 ALIEN, A RESSURREIÇÃO (Alien: resurrection)
- 2001 O FABULOSO DESTINO DE AMELIE POULAIN (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)
- 2004 ETERNO AMOR (Un long dimanche de Fiançailles)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Carolina

Carolina cercava os gatos preocupada com as bombas, esperava pelo sol do meio dia na idícula nos fundos do terreno, por sorte ou por acaso conseguiu ser mais veloz que os bombardeiros, das janelas fechadas ela vislumbrava as siluetas dos aviões que riscavam o céu, ao fim da parafernalha de guerra, Carolina discretamente deixou o escoderijo e rápidamente saíu portão a fora, com tristeza percebeu que não haviam mais casas em sua, que não havia mais bairro em sua cidade, que não havia mais cidade em seu país, que não havia mais país em seu mundo e que seu mundo despencara no infinito esquecimento...
Nada mais lhe restara além de voltar para sua casa, a única casa que ainda restara neste universo de coisas desfeitas, ao cruzar o portãozinho baixo pintado de verde seu sentimento a impulcionou diretamente a idícula, afim de saber como estavam seus gatos, ao adentrar o cômodo o risonho e gordo gato cinza logo lhe questionou: Porque esses olhos lacrimosos meu docê?
Ah meu querido bichano ingênuo, você ri pois nada sabe da vida e eu choro, por tudo o que existia e que já não existe mais...
Pobre criança! Você chora atoa pois tudo o que existia só existiu por que você acreditou que estava lá! – e o gato desata a rir despachadamente de Carolina que olha para aquele riso e para seus gatos que riem junto com o gato cinza, olha como sempre fizera com seu olhar de quem nada entendeu sobre vida.

Ivan Neris 25 de Dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz cidade...

Tendo vocês, o que mais posso desejar?

Vejamos: mais amigos? É... quem sabe?!...
Mais dinheiro? Óbvio.
Saúde? Claro!
Cabeça em paz? E vi dente mente...
Harmonia? Oras, isso já tá ficando chato!...

Que mais, então? Mais gente lendo esse diário, mais crítica, mais dúvidas, mais um monte de coisas.

Sabe aquela música do U2? Desejo ela para vocês? Qual? Oras, aquela...

lembra?

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Raul, Velhas e Raimundos

Sim, novamente juntos, Barbara Ramos, Tarcísio Hayashi, Claudemir Santos e Visca Benedito (tomador de banca) foram ao Kazebre, que agora se chama O Kazebre para ouvir outros sons, outras batidas, outras pulsações, ou seja, o bom e velho Rock n' Roll.
Fomos para manter a Porra-Louquice acesa, encher a cara, falar merda, ou seja curtir.
Estavam lá Roberto Seixas, O Raul cover (que até imita bem, porém...), a Banda das Velhas Virgens e os Raimundos, que não desistem...
Não vimos o show do Roberto porque as filas para ingressos e bebidas estavam grandes demais e enquanto o cara imitava a gente esperava. Após um breve intervalo em que Claudemir Santos conheceu o Matanza (pelo DVD) iniciou-se o show das Velhas que dizem ser virgens. O show que queríamos de fato ver.
Acho que foi nossa terceira vez e foi no mínimo tão bom quanto a primeira, com a banda tocando na pegada, Paulão sendo o Mise en scène do jeito que eu acho realmente legal, ou seja, porra-louca, falando o que pensa, sem medo, vergonha, modos ou qualquer outra coisa que o povo inventa. O repertório foi um apanhado geral dos 21 anos da banda, baseado no último disco ao vivo. Galera agitando, mulheres gritando, todo mundo travado e BeM loCo, falando de porres, putaria e essas coisas velhas que hoje em dia ninguém gosta mais (ou pelo menos camufla).
Rock n' Roll!!!
Quando a banda saiu o papo estava qualquer coisa e eu já estava pra lá de Marrakesh, acertando tudo e todos sem querer, correndo, gritando, e o Claudemir dizendo que ia me bater.
Eis que surge das trevas do palco os Raimundos. O show foi meia-boca, afinal a banda também já está na meia bomba. Tocaram principalmente os antigos sucessos, mesmo porque não me lembro de nenhum novo. Saíram do palco, e nós saímos do Kazebre, reabastecidos de PORRA-LOUQUICE!!!
E, pessoal, vocês não sabem como é bom aqui dentro!
Abraços!

O Kabrunco entrou onde não devia! Lá ele! Na Areia! REDIMUNDO 19/12/08: FESTA DE FIM DE ANO DO GRUPO (e os bestas pensando que era Sarau)

São 14:32h do dia 20 de dezembro de 2008. Sábado dublado. Lembro da sexta, e tudo que o Ritchie diz no vinil que gira na vitrola é “A vida tem destas coisas!...”

A atriz Alline Alves, também conhecida como Alline Sant’Ana, foi ao Sarau Quebra Facão (12/12/Oficina Cultural Luiz Gonzaga) e me convidou para o suposto sarau do Grupo Redimundo de Investigação Teatral. Achei bacana: legal tirar o trabalho daqui e mostrar pra outras pessoas. O pessoal não se empolgou muito, não, mas Sachão me apoiou e todo mundo teve que acatar. Pois é, todo mundo: eu, Tarcísio, Marrom e Nando Z.
Estivemos lá juntamente com Bárbara Ramos, que não desgruda do Tarcísio; Tiago e Isis, que não se desgrudam; e com Vinícius Casé e Ravi, que também são unha e caaaaaaaaarne. Eu fui o último a chegar. Sozinho.
O local dava a impressão, como Tiago Araújo bem o disse, que estávamos num Quintal Das Árvores ultra plus avanced : um puta sobrado antigo localizado na Major Diogo 91 que, segundo Alline, conseguiram para apresentar o espetáculo “A casa” e que o dono cedeu em nome da Arte. Sem querer comer ninguém do grupo. Nobre. Mas duvidei.
Terreno alto, rampas e escadarias a la casa de Norman Bates e, no fundo, árvores e vegetação ordenada e bem cuidada. Lindo.

Dei uma sacada no grupo e devo dizer que era como qualquer outro de teatro: cheio de artistas, evidentemente. A anfitriã (pelo menos a vi assim) Janaína Silva, linda!, anunciava atrações e convidava a todos para entrarem numa sala com luz vermelha. Muita gente bonita e descolada, a maioria vestida daquele jeito, conversando sobre aquelas coisas. Tudo muito bem etiquetado. Comes e bebes com bom preço e boa qualidade, bazar e sebo com preços justos. Tudo em ordem e tudo em paz.

Quando Janaína anunciava as atrações com toda a simpatia possível, as pessoas sorriam e voltavam aos seus assuntos, e o artista ficava lá, se expondo para paredes com meia dúzia de gatos pingados. Os músicos tocavam canções consagradas, o que dava a sala da luz vermelha um clima de zona (puteiro, mermo, Como diria Nando Z) – o que é bom também, mas o público não se empolgou. Ele se movia dentro da sala conforme o artista no palco: se era amigo ou namorado, assistiam. Se não conheciam, saíam. Parecia um pessoal de São Miguel que eu conheço.

A única vez que quase todos estiveram dentro foi quando o Redimundo tocou músicas de roda – que, segundo Alline, faz parte de um dos espetáculos do grupo. {Coisa de Hippie da Vila Madalena! Diria Hayashi. Não vou defender, pois eles devem falar Coisa de favelado de São Miguel. Lá ele!}

As pessoas foram cantar e dançar, menos os cabras de São Miguel, que ficaram bebendo lá fora. Vi e gostei. Da roda, não dos cabras. (também, como não ia gostar daquele interiorismo, se a loira hippie chic me deu aquele sorriso lindo antes de começar a dançar tal qual uma mestiça interiorana?)

Depois, quase no final, pedi a vez no palco a Janaína, e ela assentiu com todo o prazer. Na sala, algumas pessoas da nossa turma, Clara Barbosa e seus novos amigos alegres e felizes ficaram. Vinícius Casé se retirou regulando e levando seu violão, dizendo que ia embora e mantendo-se lá fora sem ir. Aliás, ele foi embora ao mesmo tempo que nós, horas depois. Não com a gente, naturalmente: pra gente, ele já tinha ido embora faz tempo!

Uma vez no palco Hayashi e eu, um cidadão barbado do Redimundo deixou uma música de fundo no som, misturando-a com nossas canções e fez questão de abaixar o volume enquanto tocávamos. Rapaz muito gentil, de fato. Ao menos sua namorada fez as honras e ficou ali curtindo o som, ouvindo letras e musicalidade com sua beleza que iluminava o ambiente com sensualidade e diplomacia. {Quando era Nando Z, Tiago e Ravi tocando, outro esquisito com cara de artista foi dizer a Ravi que tinha mais gente pra tocar. Só se fosse punheta! Tocar pra quem, se não tinha público? E este era tão... diferente que nem namorada bonita tinha pra compensar!}

Mal terminamos de tocar, começaram a desmontar o circo. Era quatro da manhã. (Se fosse o Arte Canal, segundo Hayashi, o povo estaria trepando escandalosamente no motel ao lado e o Ivan estaria lendo Pirandello em voz alta. Ia ser foda também, mas estaríamos abrigados). Enfim: me despedi de Janaína, convidando-a para aparecer em Terras San Miguelensys. No mais, ficamos no portão tocando violão, andamos até o metrô (eu, Sacha Arcanjo, HayaBabi, Marrom e Nando), dei uma cerveja inteira para um nóia que tava enchendo o saco e tivemos que esperar o metrô circular para ir embora.

Voltando pra casa, desconfiei que o Sarau do grupo Redimundo, na verdade, fora uma festa entre amigos para confraternizar o final do ano – que parece ter sido muito bom para eles. O ano, não a festa.

Assim sendo, apesar de convidados por Alline Alves, ficamos como penetras em na festa, perdidos, deslocados entre os amigos do grupo teatral, que tem uma curtição cultural diferente da nossa. E era isto mesmo. Conversando com Alline na tarde seguinte via MSN, ela relatou que era uma festa de confraternização ou coisa assim.
“Porra, Alline! Mas você falou pra gente que era um sarau!!!”
“Falei nada, homem! Vê a mensagem no orkut!”
Realmente, na mensagem, não se falava nada de sarau mas, porra!, ela falou pra todo mundo que era um Sarau e nós fomos com isto na cabeça. Falha nossa, gente!

{De qualquer forma, ainda bem que não era um sarau; acredito que um grupo como REDIMUNDO, com as pessoas que o compõe e suas experiências, jamais fariam um sarau tão meia boca como aquela festa. (tem gente da turma pensando ainda que aquilo era um sarau, e eu devo ser um deles. Sei lá!}

Pois é, gato! MORAL DA HISTÓRIA: Artista que vai onde o povo está é o Milton Nascimento: A gente toca. Se o público quiser, que venha. Eu e minha mania de querer conhecer lugares e pessoas diferentes... Puta que pariu, viu!!!

I N F O R M A Ç Õ E S

E para quem não sabe:
ALLINE ALVES ou ALLINE SANT’ANA é uma atriz das atrizes mais talentosas da nova geração. A mais envolvida com o mundo da Arte, com certeza. Esteve no ALUCINÓGENO DRAMÁTICO em VIA CRUCIS, A FADA DAS ESTAÇÕES e HUMOR IN NATURA. Hoje está no grupo REDIMUNDO DE INVESTIGAÇÃO, que apresenta o espetáculo VÉSPERAS NA JANELA, de Rudifran Pompeu , que volta em cartaz em FEVEREIRO DE 2009.
Prestigiem!

Mais sobre o grupo: http://www.gruporedimunho.com.br/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estou lendo...

"Apresentação da Poesia Brasileira", de Manuel Bandeira, 2a. ed., de 1954, da Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil(sic).

Ganhei esta obra-prima de um amigo, o jornalista e poeta Dailor Varela, quando esteve alguns dias em Sampa, acomodando-se como podia no quarto dos meus pequenos, naquilo que chamo de lar(burguesmente falando).

O livro ele comprou por alguma ninharia em Caçapava ou S. José dos CAmpos. Estava todo fragmentado, com as folhas na cor sépia. Mas ele deu um trato e trouxe-me a relíquia, sabendo que teria um orgasmo quando recebesse. Não tive um gozo, tive um "trozo", seja lá o que isso signifique.

Depois comentarei...

Eu fui...

ver "Calígula", de Albert Camus, dirigida por Gabriel Vilela e centrada na figura do global Thiago Lacerda.

A peça estava em cartaz até ontem(domingo) mas fui ver na sexta. Estava uma noite gostosa, vim do trampo meio a fim de me presentear e como o Sesc Pinheiros estava no meio de um dos meus possíveis caminhos de volta ao lar, parei. E valeu a pena.

O Thiago não é um mau ator, mas perto de Pascoal da Conceição(o Dr. Abobrinha, do Castelo Rá Tim Bum), por exemplo, chega a ser injustiça. A peça em si é muito boa, bem escrita, bem traduzida, bem dirigida. Não gostei muito do figurino à Mad Max, e acho que a luz poderia surpreender um pouco mais. No todo, valeu os vinte mangos que paguei. 

A bilheteira diz que em janeiro estará de volta. E eu aconselho. Vá!


Conto de FC - From Portal Neuromancer

Aceitando a sugestão Hayashiana - muito rechaçada pelo senhor Darkney (que aliás, não terminou minha música ainda... pois é, amizade tem dessas coisas...), posto um conto de minha autoria:



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Trekkers

TIAGO ARAÚJO

— CARALHO!!! O CARA TÁ VOANDO!
— Madre de Dios…
— Deixa que eu falo com ele: eu tenho o segundo grau.
— (É evidente que se trata de um atípico caso de alucinação coletiva.
Faz quatro horas que caminhamos sob o sol…)
— Alucinação é o teu cu!
— Senhor, ouvi-me! Segurai a minha mão, Senhor! Segurai!
— Soy cabrón, pero no mucho… Madresita, madresita…
— Is it a flying book?
— Calma gente. Nada que eu não resolva me comunicando com ele.
— Má que caralho cê tem que achar que dá jeito em tudo? Hein?!
— Eu tenho o segundo grau.
— (Desnecessário dizer que essa qualificação é irrisória…)
— Que que foi? Seu diploma te alimenta?
— (Só o ego…)
— Soy un hombre debajo de otro hombre!
— Cala a boca, peruzinho! Enfia essa língua enrolada no mei do cu
e dá uma lambida!
— La concha de tu madre!
— Ó Pai, não escutai essas blasfêmias! Eles não sabem o que dizem…
— Queria a porra de uma doze agora. Com sete balaço: um pr’esse
viado-passarinho e o resto procês… Bando de bicha!
— Se você tivesse, pelo menos, o segundo grau, se comunicava em
vez de atirar nos outros…
— Si! Hijo de puta!
— (Na atual conjuntura, sensatamente, deveríamos tentar localizar o
trâmite da volta e não discutir por conta de um ente que paira sobre
nossas cabeças…)
— Falou a bichinha…
— (Talvez minha opção sexual lhe seja um incômodo, entretanto,
mesmo respeitando a grandiosidade do que vejo, espero chegar logo
em casa.)
— Grandiosidade de cu é rola.
— Estoy de acuerdo, pero me gustaria mucho lavar sus pies…
— Lavar os pés dum fila da puta que cê nunca viu na vida?! Peruano
é idiota, mas você supera!
— Seria interessante a gente estar fazendo um contato, descobrir
quem ele é…
— Super-Homem, não tá vendo?
— (Ícaro, eu diria.)
— Esses homens! Infiéis, ele é um santo!
— Vocês não estudaram, não? Se trata de um… Um…
— (Fênomeno?)
— Não, é como um… Uma coisa, sabe? Uma coisa que eu vi nas
aulas de geografia.
— (Sem dúvida…)
— E Deus disse:“Vinde a mim os de alma pura e limpa,que os farei
voar.”
— É… É por isso que as galinhas e a sua mãe ainda não voam…
— Por que no te callas?!
— Respeite um servo de Deus! Senhor, fustigai a pele desse incauto!
— Me dá uma pedra aí, cacete! Uma não, duas! Que é pra eu acertar
esse corno que tá voando e esse cu-de-frango que só fala merda!

— (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

— Que porra de barulho foi esse?!
— (Eu gostaria de dizer que se tratou de um trovão, porém são
menos de uma da tarde e não há no céu uma nimbo sequer.)
— Calados! Olhai para a morada do senhor: o santo se foi.
— E eu nem trouxe minha digital…
— Olha lá! Ó o cara caído lá!
— Santa madre de Dios! Es un milagre!
— Sim, irmão hispânico, é um milagre!!!
— (Se repararem bem, verão uma leve protuberância nas clavículas,
uma espécie de duto, talvez.)
— É uma máquina. Uma máquina!
— It is not an ashtray! It is not an ashtray!
— Puta que o pariu!!!
(Segundo depois a bomba alienígena explodiu, carbonizando os seis
andarilhos.)


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Grande abraço e que bom que é esse lugar!
Comentem!


(COMENTÁRIO NECESSÁRIO: esse conto foi publicado na revista Portal Neuromancer, organizada e editada por Nelson de Oliveira, escritor, ensaísta e oficineiro em cursos de escrita criativa. O conto surgiu a partir de um exercício porposto pelo Nelson, em uma de suas oficinas, a qual particpei esse ano, de agosto a outubro, na casa Mário de Andrade - Oficina da Palavra, na Barra Funda; e a proposta do exercício era criar um narrativa só com díalogos e que fosse entre seis personagens. Foi um bom desafio, e tive a sorte dele gostar tanto que recebi o convite para participar da revista. É isso!)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

QUER SOAR INTELECTUAL OU PARECER INTELIGENTE? FALE MAL DO PAULO COELHO!

Estou enfiado até o pescoço no mundo das artes desde meus 14 anos, e nestes dezenove anos aprendi uma coisa muito interessante: você não precisa ser inteligente. Bobagem! O negócio é soar intelectual. Lembro-me muito bem das discussões dos aspirantes a artista sobre quem era o melhor diretor teatral do Brasil: Antunes Filho ou Gerald Thomas. Fui pesquisar no ato e achei a discussão absurda. Filho preocupa-se com a construção do personagem e a preparação do ator, enquanto Thomas está mais é querendo acentuar a estética de seus espetáculos. Ignorei os críticos de plantão e busquei entender os caminhos de ambos. E ainda estávamos em 1992. Lá vinha vinho por aí, evidentemente.
Encontrei muita gente que se achava inteligente no caminho, e o máximo da inteligência sempre era criticar o trabalho de alguém – que, evidentemente, conhecia-se superficialmente, quando se conhecia, é claro. Havia um coreano em São Miguel que se achava o rei da cocada preta, estudava economia ou coisa parecida na USP e era metido a artista. Uma vez, na oficina ainda na antiga Parioto 402, ele viu um livro do Stanislavsky sobre a mesa, pegou-o e começou a dissertar sobre o mesmo para minha pessoa e eu nem me lembro por que raios ele fez isto. Roberto C Santhos (ator do AD das antigas, até 1996) aproximou-se e ficou ouvindo a conversa. Quando o coreano terminou, olhou para ele e perguntou: “O livro é seu?”, e o Roberto disse: “Não, é dele!”, apontando para mim. Quem me conhece, sabe que o sorriso sarcástico foi inevitável.
Enfim, a estrada continua. A maioria das pessoas que começaram antes ou junto comigo já abandonaram o ofício e se entregaram ao emprego, família, drogas, morte ou seja lá que for. A maioria leva uma vida comum, lembra-se com saudades dos tempos artísticos e não deixam os filhos chegarem muito perto dessa coisa depravada chamada Arte. Alguns se encostaram em partidos políticos e lutam pela causa (Ai, Jesus! Que medo de virar Ateu!)
Eu? Ah, gosto do que faço: continuo por aqui. Minha pretensão caiu pelo meu bolso furado não sei quando e eu nem sei aonde (por mim, morro em São Miguel no balcão do Didi ou em casa, após ter vivido anos e anos com aquela bela garota ao meu lado; uns trinta anos mais nova que eu!).
Por isto, estou com meu Marlboro na boca, encostado no portão, conversando com poucos amigos que ainda riem bebendo e observando pessoas que vão mudar o mundo assim que puderem com seus pensamentos e sacações. Soam intelectuais, parecem inteligentes, sabem dizer nomes complicados e explicar teorias e teses que muito se dedicaram para decorar, mesmo que não entendam nada sobre o que estão falando. Mas enganam bem. São bons atores, apesar de que alguns são músicos, na verdade.
Mas, se você quiser entrar pro clube deles, é muito fácil: vista roupas esquisitas que estejam na moda, mesmo não sendo mais adolescente; troque de opção sexual e tenha o máximo de parceiros e parceiras que quiser – e deixe todos saberem de tudo!; seja amigo de pessoas que pensam as mesmas merdas que você; odeie aquela turminha de artistas que se assemelham a mendigos, gordos, feios, carecas demais, cabeludos demais, drogados e heterossexuais: um artista que parece uma pessoa comum é um artista inexistente!; ah, é verdade: diga que o mundo não te entende e encha o cu de drogas (não vale se divertir!); tenha na boca frases espetaculares de autores espetaculares e use-a sempre para provar para alguém que ele não sabe nada sobre a vida; não tenha preconceitos musicais: escute qualquer lixo e diga que é maravilhoso; leia ao menos o resumo dos livros clássicos; siga a Winehouse como exemplo de existência e filosofia de vida; vote no PT e diga que a mídia persegue a esquerda brasileira e, possivelmente o mais importante: quando o assunto for literatura, fale mal do Paulo Coelho! Seguindo estes passos, você sempre será lembrado com diferente, intelectual e inteligente. Eu só não sei pra quê!

ALIÁS, DO PAULO COELHO EU INDICO:
- O ALQUIMISTA
- AS VALKIRIAS
- VERONIKA DECIDE MORRER
- O DEMONIO E A SENHORITA PRIM
São os melhores dele, mas lembre-se que é entretenimento. Quem assiste um “Duro de Matar” esperando um “Não matarás” só pode ser um idiota. Por isso nego, não espere de um “Paulo Coelho” um “Pablo Neruda” pois, neste caso, quem terá baixo nível cultural é você!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Eu fui...

Enquanto lá na Oficina Cultural Luiz Gonzaga tava rolando um puta sarau, fiquei lá pelas bandas da Barra Funda assistindo uma excelente ópera cômica, "O Feiticeiro", no aprazível Theatro S. Pedro(rua Barra Funda, sei lá o no.).

Explico melhor: Saí de Alphaville por volta das 19:30h. quando provavelmente os primeiros poetas, músicos, atores e outros tais já estavam dando suas palavras ao público no mítico espaço de eventos da Oficina Cultural Luiz Gonzaga(r. Amadeu Gamberini, salvo engano meu o no. é 259, centro de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, capital.). Para chegar lá, gasto normalmente umas duas horas, duas e quinze. Então, só chegaria lá a tempo de ir tomar alguma coisa num dos bares da redondeza, como é praxe do happening que ocorrem lá, sob a batuta do hiperbólico Sacha Arcanjo. Como teria que trabalhar no sábado cedo, não poderia me dar ao luxo de "começar" as minha atividades depois das 10. Achei prudente ir para outro lugar.

Como não queria perder o clima da noite, pensei em aboletar-me em alguma atividade no Memorial da América Latina(colado ao metrô Barra Funda). Mas, lendo o jornal que me estava às mãos sobre a estréia da peça no Theatro S. Pedro, fui. E não me arrependi. Por míseras vinte pilas, tive duas horas de incenso sensorial e intelectual que me transportaram a um outra dimensão culturo-artística.

Cheguei em casa no início da madruga, orgasmado.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Algo está acontecendo (e você não sabe o que é...)

Caríssimos,
Ontem revi Não Estou Lá (I'm not there), filme sobre Bob Dylan dirigido por Todd Haynes, que tem vários atores, como Heath Ledger, Christian Bale, Richard Gere e Cate Blanchett interpretando as diversas facetas do Velho Fanho.
Da primeira vez que vi não tinha achado o filme tão bom, porém na segunda vez foi muito mais gostoso.... Que Filme Do CARALHO!
Por se tratar de Bob Dylan, fica difícil fazer qualquer coisa ruim, entretano o diretor e os atores tiveram a destreza de não cagar tudo! E isso talvez seja mais difícil ao se fazer um filme sobre alguém.
Ah, ainda desconfio de que o próprio Velho Fanho Chato tenha atuado e colocaram o nome da Cate Blanchett pra disfarçar.
Há uma cena no filme que vale o filme inteiro (sem desprezar o restante hein!): Um repórter muito metido a besta, muito sabido, muito erudito vai questionar Bob Dylan, querendo imputar no artista uma responsabilidade sobre as causas sociais, sobre as filosofias de vida, sobre os sentimentos, temas recorrentes nas canções do Velho, Fanho, Chato, Americano, quando na verdade o artista retratado (ou retardado) no filme somente escreve suas canções com as particularidades e pensamentos que estão dentro dele, sem pretenção de mudar o mundo.
Durante a cena rola Ballad of a Thin Man do disco Highway 61 Revisited, em que o Velho, Fanho, Chato, Americano dá uma aula sobre como fazer uma música simples, 4/4, poucos acordes com o resultado de uma obra de arte completa.
Recomendo amigos, o filme e a obra de Dylan.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Solstício


Sacrifício do amor a flor do nome,
O nome trás em si imensa dor,
Tudo em mim é sim ou não, talvez.
Tudo vim vi, olhei , nada entendi...

Toda razão se desfas e refas a ira,
Entre liras sem noção aporta o disco,
De Salvador a São Francisco o colorido,
Desta casa até você nenhuma ponte,

Sei de mim que sem nós dois tudo é tão pouco,
Acordo surdo de manhã e adormeço mudo,
Se é tão belo o amor alguém me explique,
Porque não há explicação pra o sentimento,

Azaléias ou margaridas tanto faz,
Seu mistério não há beleza que inebrie,
Cada um que desafie seu destino,
O que é pra ser não tem remédio que lhe cure.

Sacrifício e amor isso tem nome,
E se há um nome talvez haja um lugar,
Onde tudo é hino e sombra fresca,
E a sensatez trasfigure a solidão.

Toda razão se desfas e refas a ira,
Entre liras sem noção aporta o disco,
De Salvador a São Francisco o colorido,
Desta casa até você nenhuma ponte,

Sei de mim que sem nós dois tudo é tão pouco,
Acordo surdo de manhã e adormeço mudo,
Se é tão belo amor alguém me explique,
Porque não há explicação pra o sentimento,

Azaléias ou margaridas tanto faz,
Seu mistério não há beleza que inebrie,
Cada um que desafie seu destino,
O que é pra ser não tem remédio que lhe cure.

Ivan Néris 08122008







quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

REVOLUÇÃO DO KABLUNCO!!!

Senhores, venho aqui pronunciar a nova ideologia que esta para surgir, sendo totalmente controversia as leis da fisica, do homem, e ate do conceito da tal "liberdade" é o kablunco!!!!!
Tendo em vista, préludio da viajem ao céu e ou pósludio da volta ao chão(isso ñ quer dizer nada viu gente só pra ser katredaticoooooo!!!!!rs) o kablunco se fara presente pela mediocridade geral e também da genialidade de alguns gerais em nosso pais, tornando o homem realmente sabio, e a mulher algo tipo sabida para vos voltros.Uma das normativas do kablunco já foi mencionada que é o cachaçadus tudus resolviis, que é a medicina alternativa do kablunco desenvolvida por Dr Tarcisius, temos como principais armas o ESSM (EXERCITO SEPARATISTA SUN MIGUÉLENSE),
e o pulso forte de Sacha Arcanjo o Rei.
O kablunco já tem o dia de sua revolução continuaremos expondo essa realidade quem breve constará, mais informações todas as quartas feiras a partir das 23:00 no Quebra Facão(bar do Didi) e tudo di bom!!!


PS: QUALQUER OBRA OU REVOLUÇÃO PARECIDA COM ESTA É MERA COINCIDENCIA!!RS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Chegada de mais um poeta a este blog


As velas vagam pra alem dos barcos,
As velas vão e vem sem necessidade de justificarem-se,
As velas bailam sorvendo o prazer da liberdade,
E as ondinas amargam no cais,
A inegável certeza de que mundo é mito,
Pois construidas sobre mitologias e miragens,
Estão todas as equações que gestam o que está descrito como humanidade,
Por fim rezam com mãos espalmadas os seres oníricos,
Ao enxergarem-se como último recurso de sobrevivência,
Diante de uma realidade que desautoriza a resistência,
Que condena a sobrevivência,
Que expurga a alquimia e cosmogoliza o ter como algo de maior importância,
Que o ser...
Pois mesmo quando não é possível conseguir-se permanecer juntos ,
Continuam tendo dentro a centelha do cãos que tudo faz transbodar.
Sobre o arremesso da poeira do tempo,
Reconstroe-se a estrutura das normas,
Porem as normas do certo e do errado não calibram,
A forma da signiificativa e verdadeira felicidade,
Felicidade é um lugar intangível,
Onde cada pé tem um sapato pré-destinado,
A aquecer tal pé nas noites mais frias do ano.
Alfa, gama ou beta.
Sonho, mergulho ou raio de sol.
Da colina ao edifício o lícito e o devaneio,
Certificam as páginas impressas do folheto,
E realizam a imperceptível e continua turbulência da existência,
Que se disfarça dentro do transbordante copo de whisky do diabo.

Ivan Néris adentra o vale...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Novo.? Mundo.? Admirável.?

Sim.? Talvez.?

Só o tempo dirá se foi sorte ou azar (como dizia um velho professor).

Eis que acabo de ler Admirável Mundo Novo de um tal de Aldous Huxley que de cara ficou doidão, tomando toda a solução!

A solução encontrada na história contada no livro foi bastante amarga, porém tem gente que acha que quanto mais amargo melhor. Em sua utodistopia (pois pra mim o livro pode ser visto pelos dois ângulos), o autor cria um novo sistema social, que se baseia em Comunidade, Identidade e Estabilidade.

No novo sistema, não existem diferenças sociais, não há espaço para sentimentos, não há espaço para estar sozinho. Os seres humanos são condicionados e predestinados a existirem somente como parte de uma engrenagem, e nada mais que isso.

Não há no novo mundo, espaço para querer ser outra coisa que você não seja, exatamente porque nunca se quer ser outra coisa. Acabam as grandes frustrações humanas, em todos os sentidos: sexuais, sentimentais, profissinais e todas as demais...

E se por qualquer motivo alguém está triste, basta tomar um pouco de soma, droga bastante eficiente para te tirar da realidade e te devolver um tempo depois sem qualquer temor ou dúvida.

Acredito que de fato as pessoas sejam felizes, verdadeiramente felizes vivendo neste tipo de realidade (que pode muito bem ser comparada a nossa realidade) em que deixamos de pensar em questões como verdade arte mentira amor ódio e a VIDA.

A questão é: vale o preço?

EU NÃO SEI DE NADA. SÓ FUI CONVIDADO!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A D EM ALTA! NADA PÁRA UM TREM BALA ALUCINADO!

Ontem, quinta feira, 27 de Novembro, o AD apresentou as primeiras cenas de "Sobre Duas Rodas" na Executive Express. As pessoas emocionaram-se - com direito a olhos rasos de lágrimas e frases sérias entre cervejas (sic: o álcool entra, a verdade sai, segundo Dr. Hayashi e sua teoria que cachaçadus tudus resolviis).
Foi estranhamente perfeito, tudo. Primeiro, chegamos no horário e ao mesmo tempo mesmo saindo de lugares diferentes de São Paulo. Depois, o ensaio em clima leve e as três talaguetas na padaria da esquina. Depois, a apresentação.
Hayashi arriscou-se na técnica e não fez feio, Claudemir Santos e Gisélia Lima interpretaram o par romântico típico de filmes do estilo e a Clara Barbosa turbinou a peça como a bad girl selvagem, violenta e sexy - Frank Miller ficaria orgulhoso como eu fiquei!
"Sobre Duas Rodas" ganhou o patrocínio para a produção do espetáculo e estréia 17 de janeiro na Oficina Cultural Luiz Gonzaga, indo, em seguida, para o MotoFestival, em 24 de Janeiro.
Você pensou que o AD tinha morrido? Começa acreditar que o grupo irá respirar enquanto eu viver - e, se bobear, vai respirar muito mais que eu!
SOBRE DUAS RODAS
Texto e Direção: CLAUDEMIR SANTOS
Elenco: CLARA BARBOSA - GISÉLIA LIMA - CLAUDEMIR SANTOS - BÁRBARA RAMOS
participação: NIAS MACEDO
Técnica: TARCÍSIO HAYASHI
P.S.
Encontrei Joelma San Sil na Estação do metrô Vila Matilde. Ela tinha que ir para outro lugar, mas ficou com água na boca, louca para ir com a gente. Ah, Baby! Pena que você não foi! Mas você não perde por esperar! Entre neste trem bala alucinado e image só aonde vais parar!!!!!! Bjs!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ficção Científica é o que mum?

Correlegionários,

estou postando hoje, contrariando o ritmo de nossas indagas e de minha postura, definida pelo Japonês-que-escreve-bem-pra-caralho, como "indaguenta", apenas para convidar a todos para o lançamento da revista Poral Neuromancer, dedicada á FC (ficção científica) e editada pelo grande Nelson de Oliveira, escritor, ensaísta, porfessor em oficinas de criação literária e tanta coisa que nem cabia aqui!

Por sorte, caí em uma dessa oficinas (e escrevi muito lá, inclusive o texto que postei aqui mês passado, "Maria Anunciação", que ainda espera por uma música por parte de seu Darkney...) e por muito mais sorte ainda, recebi o convite para publicar na Portal Neuromancer que é parte do Projeto Portal, do próprio Nelson, e é dedicado à FC, tendo sido o primeiro volume da série a revista Portal Solaris (reparem que os títulos são todos dedicados as grandes ícones da literatura de FC).

Bom, deixo abaixo um breve release sobre o projeto e tamém o convite com todas informções sobre o evento de lançamento (e um desejo secreto de que minha fada madrinha tenha mandado o Nelson, como uma espécie de arauto para a sua chegada em minha vida.... não, eu sei...).

Grande beijo e logo, logo, talvez no domingo, 26, coloco algo que, acredito, valerá uma indaga das brabas: estou lendo um livro chamado "O que é Loucura", da finada série "Primeiros Passos", Ed. Brasiliense, até lá.


RELEASE DO PROJETO PORTAL:

P r o j e t o P o r t a l

A revista Portal Neuromancer — segundo número do Projeto Portal, coordenado por Nelson de Oliveira — traz contos inquietantes que vão do universo da ficção científica ao do fantástico, passando pelo da fantasia.
São dezessete narrativas sobre novas tecnologias, viagens no tempo, ciberespaço, telepatia, contatos imediatos do terceiro grau, pós-apocalipse, pós-humano, utopias e distopias, de doze autores contemporâneos.
O Projeto Portal prevê seis números, com periodicidade semestral. Cada número homenageará, no título, uma obra célebre da ficção científica: Solaris, Neuromancer, Stalker, Fundação, 2001 e Fahrenheit.
Aviso importante: o projeto não se destina à comercialização. Os poucos exemplares da revista serão dados de presente aos leitores escolhidos pelos autores.
Os contistas da Portal Neuromancer são: Ana Cristina Rodrigues (RJ), Ataíde Tartari (SP), Fábio Fernandes (SP), Geraldo Lima (DF), J. P. Balbino (RJ), Jacques Barcia (PE), Lima Trindade (BA), Luiz Bras (SP), Marco Antônio de Araújo Bueno (SP), Roberto de Souza Causo (SP), Rogers Silva (MG) e Tiago Araújo (SP).


P o r t a l N e u r o m a n c e r

revisão: Mirtes Leal • diagramação: Raquel Ribeiro • capa: Teo Adorno
formato: 16 x 23 cm • nº de págs.: 120 • tiragem: 240 exemplares
oliveira.e.cia@uol.com.br


CONVITE:



TRADUZINDO O LETREIRO DA IMAGEM:

Mesa redonda com Nelson de Oliveira, Fábio Fernandes e os integrantes do coletivo editorial.
Os autores discutirão a relação da ficção científica com outros gêneros, e a experiência de criar uma revista colaborativa, numa homenagem aos antigos fanzines, mas com uma nova linguagem.
No final do encontro haverá sorteio de exemplares do Portal Neuromancer.
Quando? No dia 5 de dezembro, sexta-feira, às 19.Onde? No Campus Marquês de Paranaguá da PUC, que fica na rua Marquês de Paranaguá, 111 (essa rua cruza com a rua da Consolação, em frente à Universidade Mackenzie), São Paulo, SP, Brasil, América Latina, Terra, Quadrante B612 da Via Láctea.

AUTORES:

Ana Cristina Rodrigues
Ataíde Tartari
Fábio Fernandes
Geraldo Lima
Jacques Barcia
J.P. Balbino
Lima Trindade
Luiz Brás
Marco Antônio de Araújo Bueno
Nelson de Oliveira
Roberto de Sousa Causo

Tiago Araújo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

TEORIA DA FADA MADRINHA!! Teoria da Fada Madrinha TEORIA DA FADA MADRINHA


Senhores venho nesses recinto vomitar as minhas verdades( que são todas inventadas!!)

essa semana ganhei um ano de presente e a minha estimativa de vida que é ate os 30 já tá

batendo a porta e nessas horas sempre vem aquele saudosismo então me ative de um

flash, aniversário meu acho que de 18 anos e naquele dia fomos comprar nossos primeiros

equipamentos da banda na epóca o prato principal, e o gosto que senti naquele dia ñ foi nem

do prato de ataque surrupiado por nós na Santa Efigenia, nem do bolo que a Celia fez pra

mim na casa do Sachão e nem de meu papai e minha mamãe juntos no sachão, caramba essa

foi foda!! rs, mais o que me salta os olhos da lembrança é um sentimento que defino como TEORIA DA FADA MADRINHA , pra mim e acho pra meus parceiros era certo que um dia iria chegar alguém de gravadora ou de sei lá o que e dizer, puta voces serão o próximo sucesso, pra mim a velha máxima poder viver de música!!! eu acreditava nisso, e ao ter o meu primeiro emprego achei que seria apenas para comprar mais intrumentos, só que pra um bom artista boêmio sempre deve haver o sexo drogas, e o rock roll, e isso quem dera fosse barato para quem ñ esta no tal hall da fama!!! rs.
Pois bem, então acordando do conto hoje sei que ainda vou ter que viver de musica ñ sei se isso vai me sustentar finaceiramente mais vai me deixar vivo pelo menos ate os 30 anos, rs, e enquanto a fada da madrinha, eu espero que eLa encontre o papai noel, aquele velho batuta...

E eu vou fazendo os meus encantos por aqui e ali então é isso, tudo di bom!!! E é bom também!!!!





PS: DESCULPE PELO PORTUGUÊS IMPÔRTUGUAVEL, É CULPA DA FADA TAMBÉM!!!

POIS ESPERANDO ELA ME TORNEI PROFESSOR MAIS Ñ PRESTEI ATENÇÃO NA AULAS

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Estou lendo...

Acabei de ler "O Silêncio do Delator", grande inventário de José Nêumanne sobre a juventude que nos iniciou na prática do amor-livre, nas alucinógenas viagens atemporais e na somática disposição sexual da fálica guitarra elétrica, lá nos primórdios do rock and roll. Também finalizei "Albert Camus - A Libertinagem do Sol", de Horácio Gonzáles, da belíssima coleção Encanto Radical, da Editora Brasiliense.
Ah, também terminei a terceira ou quarta releitura de "Dom Casmurro", do Machado. E para os textos machadianos não há palavra escrita, falada ou gestualizada que possa definir o prazer algo edênico de curti-lo.

Agora estou lendo "Albert Camus - Vida e Obra", de Vicente Barreto, um compêndio introdutório a esse pensador e prosador único, talvez o melhor cérebro francês gestado no século 20. Resolvi, agora que cheguei aos 40, reler todo Camus, inclusive o teatro(que nunca li, apesar de ter há bastante tempo). Me identifico muito com seu pensamento e quero refletir melhor sobre ele, no alto dessa experiência de quatro décadas de andanças aqui nesse planeta.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

REVOLUÇÃO!

Acabei de ler Revolução dos Bichos de George Orwell, para garantir que o cara é bom, e não apenas "deu sorte" em 1984 (pois é gato, eu tenho essas frescura).
Lembrei-me ao final do livro da música Revolution dos Beatles, e a mim parece que ambas passam pelo mesmo prisma, sobre o porque, a finalidade e o fim de uma revolução.
Tento não levar o papo para um viés político, e sim para um olhar mais filosófico (será?), em que pese a questão de um ser que se julga onipresente e onipotente, de seguidores facilmente ludibriáveis, e o mais importante, propósitos.
No fim, é melhor morrer cedo a se tornar o seu próprio inimigo (como já dizia Harvey Dent=)).
Ou será que já somos nossos inimigos desde o início e somente precisamos de uma desculpa para derrotar o oponente e tomar o poder?
Será que nós, pretensos agitadores (ou agitados) culturais somente não queremos nos sobrepor ao sistema já estabelecido de cultura de massas e empurrar para a "massa" a arte que NÓS julgamos importante?
P.S.: A questão é só pra criar indaga mesmo.... =)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Repassando

(nossa chance de, pelo menos, fazer algum barulho que, bem o sabemos, poderá não ser ouvido...)

MinC realiza Diálogos Culturais em São Paulo


Terceiro encontro com representantes do setor cultural para discutir as estratégias e prioridades de gestão

Na próxima quarta-feira, 12 de novembro, às 14h, no Teatro TUCA (Rua Monte Alegre, nº 1.024, Perdizes), em São Paulo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, dá continuidade aos Diálogos Culturais, série de encontros com representantes do setor cultural para discutir as estratégias e prioridades de gestão à frente da pasta.

O ministro Juca Ferreira apresentará um diagnóstico dos avanços e desafios da política cultural do Governo Lula e discutirá as mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, que deverá ser enviada ao Congresso Nacional até o final do ano. Os encontros já foram realizados no Rio de Janeiro e em Salvador, no mês de outubro.

Também serão discutidas as pautas de revitalização das políticas de governo para as artes - dentro do projeto de reestruturação da Fundação Nacional de Artes (Funarte) -, a modernização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a política de Direitos Autorais e o Programa Mais Cultura, de democratização da produção e do acesso aos bens e serviços culturais no Brasil.

A série Diálogos Culturais marca um esforço da atual gestão de construir as políticas públicas para cultura em parceria com a sociedade. "Eu não acredito em construção de política pública dentro do gabinete. Vamos para a rua ouvir as pessoas que fazem a cultura no seu dia a dia", afirma o ministro Juca Ferreira.

Saiba mais sobre a discussão da Lei Federal de Incentivo à Cultura no seguinte endereço eletrônico: http://blogs.cultura.gov.br/reformadaleirouanet/

Informações sobre o encontro em São Paulo: (11) 5539-6304/6308, com Natália Caetano ou Maria Luiza Torres, na Representação Regional do MinC (Largo Senador Raul Cardoso, nº 133, Vila Mariana).

Inscrições pelo email: cultura.sp@cultura.gov.br

Estou ouvindo... (desculpem a pieguice)

Picture of my life - Jamiroquai

Eu nunca tive um sonho que pudesse segui-lo em frente
Somente lágrimas para manchar, e secar meus olhos novamente
Eu não sei quem sou, ou o que
irei fazer
Faz tanto tempo que me tornei irremdiavelmente confuso
Será que isso nunca irá acabar, é infinitamente triste
Alguém pode me dizer quando
Algo bom se tornou tão triste
Então, se vc tem a cura
Para mim, você poderia por favor mandar
Uma foto da minha vida
Com uma carta dizendo como
ela realmente deveria ser

O precipício é bem ali
Mas será que eu irei conseguir
Me jogar no céu, assim finalmente eu poderei morrer
Veja eu me tornei um homem
Que não possui nada de bom
Quem irá ligar se eu simplesmente desaparecer
Será que isso nunca irá acabar, é infinitamente triste
Alguém pode me dizer quando
Algo bom se tornou tão triste
Então, se vc tem a cura
Para mim, você poderia por favor mandar
Uma foto da minha vida
Com uma carta dizendo como
ela realmente deveria ser

(essa música vai feito tufão contra tudo o que já ouvi dessa banda que, desnecessário dizer, é ducaralho... é incrível como, ás vezes [na maioria delas, é verdade] só uma música pode dizer da, ou pra, gente aquilo que realmente sentimos...)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

1984

O ano de em que eu cheguei neste mundão grande, velho e sem porteira...

Acabei de ler o livro com o título em epígrafe (tardiamente, confesso) e puta merda... o livro é do caralho! No começo me deu a impressão de que se tratava de uma severa crítica ao socialismo, porém ao avançar algumas páginas me dei conta de que se focar somente no regime sócio-econômico é perder quase todo a idéia do livro.

George Orwell (na minha visão) fala sobre o ser humano e seus vícios, egoísmo, ego, ganância e principalmente o PODER que se tem sobre alguém, e não interessa muito se este poder seja sobre algo realmente grandioso. É simplesmente o poder pelo poder.

Há passagens em que senti esperança em alguma coisa que não sei o que é (exatamente como Winston), a despeito da minha um tanto quanto pessimista visão sobre o caminhar da humanidade, mas durou pouco.


Eric Arthur Blair (aka George Orwell) descreve a distopia humana, e creio que cabe a cada leitor ter a sua UTO ou DISTOpia, afinal não sou eu que vou impor nesta postagem o duplipensar...

P.S.: Agora me dei conta do nome do programa Big Brother (Grande Irmão) e suas teletelas. Demorei...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

AD FAZ LEITURA DRAMÁTICA DO ESPETÁCULO SOBRE DUAS RODAS NA EXECUTIVE EXPRESS

Sexta feira, dia 07 de Novembro, às 20h, o AD Produções Artisticas realizará a leitura dramática do espetáculo SOBRE DUAS RODAS, na EXECUTIVE EXPRESS, localizada na RUA CONSELHEIRO CARRÃO, 1018.
A leitura tem como objetivo apresentar aos representantes da área o espetáculo criado para ser utilizado como ferramenta de conscientização profissional e social das pessoas envolvidas no setor.

O espetáculo escrito e digirido por Claudemir Santos, interpretado por ele, Clara Barbora, Bárbara Ramos, Tarcísio Hayashi, Gisélia Lima e com a participação especial de Nias Macedo e com Paula Welter na operação técnica, foi criado especialmente para empresas e trabalhadores que fazem parte da categoria ligada a transporte de cargas. Sob a orientação de Nias Macedo (Macedex Express), Claudemir Santos criou um texto edificante, inspirado por filmes como "Sem Medo de Viver", "Com Mérito" e "Irmãos Savage", onde o didático e a emoção leva o espectador a reflexão de suas ações através dos personagens.
A leitura dramática será realizada por empresários da área, para que possam julgar se a empreitada está ou não de acordo com os procedimentos ideiais para um trabalho seguro e respeitável. A EXECUTIVE EXPRESS, cedendo o seu espaço para esta reunião, estréia, juntamente com a MACEDEX EXPRESS, uma iniciativa inédita na categoria de motofrete: A EDUCAÇÃO E REFLEXÃO DO PROFISSIONAL ATRAVÉS DA ARTE.
Deixem os olhos bem abertos: raramente se vê uma iniciativa assim!


Macedex Express
http://www.macedex.com.br/

Executive Express
http://www.executiveexpress.com.br/

Colégio Evolução
http://www.colegio-evolucao.kit.net/

Copiadora Cham

sábado, 1 de novembro de 2008

Aniversário do Raberuan

Ontem foi duca. Aniversário do mestre sereno, Raberuan, que do alto dos seus 55(ou 56?) anos, exibe uma jovialidade de menino, no bar do conde Wlad. Estavam lá todos - ou quase - entre os tais o Sacha, o Akira, o Casé pai, os Casés filhos(Vinícius e Caio), o Visson, o Marrom, o Tarcísio, Ceciro, Gilberto Braz, o Minhoca, o Jocélio Amaro, o Valtinho Passarinho e sua esposa Leda, o Nando Z, e mais uma porrada de gente que - sorry! - não consigo lembrar o nome de todos. Figuraças.

Rolou muita MPBQ, "Música Popular Brasileira de Qualidade", cerveja a granel, reencontros, abraços, beijos, ovacções e ovacionamentos, mais abraços, mais beijos, apertos de mão, gritaria, autógrafos, rodadas de bilhar, troca de e-meios, troca de telefones, promessas de ligar em breve(cuja maioria não serão cumpridas).

Saí de lá às tontas, lá pelas 3 da manhã, louco de saudade logo dois minutos depois, ouvindo o 2º cd do Jocélio Amaro - valeu pelo presente, cara! - na avenida São Miguel, a 20 por hora, pois menos não dá pra andar.

Raberuan, meu querido, que essa energia positiva que vibra em ti se espalhe no universo, pois teu sorriso, tua paz de espírito e esse espírito de fraternidade que acomoda-se tão bem nos teus gestos, são um presente que nós é que recebemos.
Além, é claro, dessa voz maravilhosa e esses dedos maviosos, que sopram música de verdade em nossos ouvidos.

Amém, 4ever!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estou lendo...

Em Águas Profundas, do David Lynch, cineasta estadunidense.
Como sempre acontece em tudo o que esse excêntrico(ex-cêntrico?) figurinha das rodas animadas de LA burila, esse livro tem o risco de transitar ora no cafona, no brega, na autoajuda maquiada; e outras vezes no melhor do achado quase filosófico e contemporâneo daquele que pratica a arte sem medo.
Os filmes dele incomodam, chamam a atenção, são de dificuldade hermética? O livro não... mas nem por isso é fácil de deglutir...

(Ed. Gryphus, 1a. ed. 2008)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Atrevimento, despudor, cara-de-pau, cara-lisa, sem-vergonha etc, etc....

Caríssimos hermanos e hermanas,
em meu descaramento desmedido, valho-me deste espaço para ofertar ao senhor Darkney Santos um pequeno textículo de minha autoria... (ele disse: vou musicar, eu falei: só por cima do meu cadáver, ele: faca ou teco na cara?, eu: paga um por fora, pelo menos..., ele: nem fudendo!, eu: arrrgghhhhhhh......digam a Scarllet que me importo....)
(espero, sinceramente, que meu pedantismo não me custe a oportunidade de postar idéias aqui! IRC!)
Um grande abraço a todos e que Deus, depois de descer da máquina, tenha piedade das vossas, das nossas, das fossas, almas...

Maria Anunciação
Tiago Araújo
Tento inesquecer tudo o que desdisse,
naquela noite, no porto, a ponto de expirar,
de expelir, naquele vestido azul,
linda como um anjo, junto aos marujos,
inesperando qualquer hora,
implorando qualquer um,
tão mariliana, quase nua,
vendo ele chegar,
vindo ao meu encontro,
revendo o bêbado ganhar outra estatura,
cúmplice da incorporação,
redimida pela novidade,
inquieta pelo pecado,
triturada de anseio,
embolsando aqueles dólares,
antifonando aquele gozo,
odeadiando o momento,
clientelada pelo homem do meu sonho,
pelo ventre nunca cheio, completa,
engolindo até as penas,
com as rótulas embrasadas,
de soslaio para o cais,
de cara para o convés,
coberta pela sombra das asas,
com os olhos no meio da testa, e,
as tetas caídas no chão,
uma de cada lado,
decantando músicas sem nota alguma,
violentada pela descoberta,
descobrindo a fúria angélica,
arroxeando os olhos,
quase cega, sem ar,
já desmaquiada, cuspindo até os dentes,
desentendendo àquela ação,
em vão justificada, comida pelo meio,
pelo medo, pelo rabo,
inafundando sob as ondas,
impedida de ir, tendo que volver,
voltando a partir, rezando pracamalmar,
culpada por ter pinto,
vendo e amando os pés de Arcanael,
que voou para o céu,
depois que me afogou no mar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

DÉCIMO ANIVERSÁRIO DA LUIZ GONZAGA!!!

Eu tava lá. E Isa Diaz. E Clara Barbosa. E Escobar Franelas. E Nando Z. E Tiago Z. E Isis. E Marrom Z. E Luizinho DDD. E nego Léo. E Vinícius Casé. E Dani do Cria de Gonzaga (será que este grupo ainda existe, mesmo?). E Waldir. E Arquiteto Rui Barbosa. E Alline Alves passou por lá. E uma nova geração de frequentadores que deixou Alline Alves refletindo sobre a nossa vida artistica e o destino de cada um de nós. Viver de arte é foda. Mas a Oficina sobrevive sobretudo pela presença de Sacha Arcanjo e sua administração bem resolvida no quesito "espaço para artistas locais e depois, os demais". É de se estranhar que estes artistas demais e locais não tenham aparecido para prestigiar a data de aniversário. Será que são testemunhas de Jeová e não comemoram aniversários ou será que veem nosso espaço cultural como um trampolim mediocre para eles chegarem onde sempre chegam: em lugar nenhum?
Pois estive lá e fiz minha parte, empunhando violão de aço e cantando com meus amigos, prestigiando os demais, falando coisas sérias e bobagens. Mas tenho a firme opinião de que os artistas locais deviam valorizar mais o ÚNICO ESPAÇO CULTURAL REALMENTE DEMOCRÁTICO DE SÃO MIGUEL, como diria meu amigo Nando Z num desabafo faceiro.

De resto? Pura festa, meu nego. Teatro. Dança. Música. Bolo. Foi uma noite muito boa, familiar, que acabou como sempre no balcão do bar do Didi com kits quebra facão, novos filmes no cinema e antigos acontecimentos que marcam dez anos que, realmente, nem percebemos passar, apesar de vivê-los intensamente.

Vida longa para a Oficina cultural!
Salve, Salve!

"MAQUIAVEL, DA VINCI E O PRÍNCIPE" CANCELADO!!!!!

O espetáculo "Maquiavel, Da Vinci e o Príncipe" foi cancelado definitivamente após o afastamento de Marcos Antonyo do elenco. Enfrentando problemas de ordem pessoal, o veterando do AD anunciou seu afastamento possivelmente temporário do grupo. Claudemir Santos, recusando a hipótese de colocar outro ator no lugar do "Grandão Ruim Pra Porra", preferiu cancelar a peça e aguardar a volta do ator. "Marcos Antonyo e Clara Barbosa estavam desenvolvendo o melhor trabalho artístico do AD neste espetáculo. Colocar outra pessoa no lugar do Marcos seria destruir um dos mais belos trabalhos que já vi. Prefiro esperar o retorno do meu amigo", disse o diretor a si mesmo.
Com a peça cancelada, possivelmente haverá uma reestruturação artística do grupo, que pode contar com o retorno de Isa Diaz e Carol Moisés para a família AD e algumas baixas no elenco atual.
O único consolo para os admiradores do grupo é assistir ao espetáculo "Sobre Duas Rodas", que tem estréia prevista para Novembro e tem no elenco Clara Barbosa, Bárbara Ramos, Claudemir
Santos e Gisélia Lima - o primeiro retorno do ano ao grupo.
Pois é, gato!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ANIVERSÁRIO DA LUIZ GONZAGA SEGUNDO SACHA ARCANJO

SARAU DE QUEBRA FACÃO - ANIVERSÁRIO DA OFICINA CULTURAL LUIZ GONZAGA

Esta Oficina, foi inaugurada em São Miguel Paulista, em 12 de Outubro de 1989, há 19 anos atrás na Rua Parioto, na Vila Jacuí e em 20 de Março de 1998, foi tranferida para a Rua Amadeu Gamberini, 259. Ganhou este nome em homenagem ao sanfoneiro, cantor e compositor pernambucano que assumiu sua nordestinidade e criou o baião que precedeu o forró, tão venerado por todo o povo brasileiro. Tudo isto também pelo fato de São Miguel Paulista e região ter sua população composta na maioria por nordestinos e seus descendentes.Agora, são 19 anos de trabalho voltado para a formação, experimentação e desenvolvimento artístico, destacando-se no contexto cultural do bairro e repercutindo na região.
Dia 11 de Outubro (Sábado) a partir das 19hA programação, será composta de atividades artísticas que vão desde exposição de fotografias des atividades realizadas durante estes anos, video-documentários, varal de poesias, recital, apresentações de performances de dança, música e teatro.Participantes:Alline Alves, Daniela Oliveira, Eryca Rodriguez, Nando Z, Rodrigo Marrom, Claudemir Santos, Tarcisio Hayashi, Fernanda Takata, Tiago Araújo, Tiago Camargo, Trio Saruê, Zulu de Arrebatá e outros. Rua Amadeu Gamberini, 259 - Vila Americana - São Miguel Paulista(travessa da Avenida Nordestina no farol da avenida Pires do Rio e pela Avenida Marechal Tito é esquina do Banco Itaú)Coordenação:Sacha Arcanjo

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Estou lendo...

Estou lendo O Silêncio do Delator, de José Nêumanne (Ed. A Girafa, SP, 2ª ed. 2005, ISBN 85-89876-51-) , viagem de memória aos anos 1960. Ao contrário de Brás Cubas, porém, este delator humorado dialoga com o tempo presente (e aqueles que estão presentes) no seu enterro.

Recomendo sempre muita prudência com as paixões instantâneas, mas reconheço que esse livro tá dando um caldo vigoroso, que provavelmente se expandirá por muito tempo em minha memória afetiva.

Boa leitura pra mim...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

RAINBOW. DOIS ANOS. NÓS ESTÁVAMOS LÁ!!!!

Chegamos tarde. Cátia nos recepcionou com aquele jeito todo rock de ser, encantando-nos com seu sorriso majestoso. É muito legal ver esta menina; os olhos brilhando através da lente, transformando seus desejos e sonhos de rock em realidade musical. Ela talvez não saiba, mas (ela, o sócio e sua equipe e colaboradores) mantém acesa uma chama que por pouco não se apaga: um cultura de curtição alternativa e visceral que, dependendo da mídia e Cia, terminará sumindo junto com os dinosauros que influenciaram toda a nossa existência.
Entramos no recinto após abraçar e beijar a Lady Rock n Roll em questão. A banda Signus tocava Deep Purple. Chover, chovia, mas o salão estava lotado. Estavam todos comemorando o segundo aniversário da Rainbow.
Conhecemos o espaço há pouco tempo, mas de imediato nos apaixonamos pelo clima clássico do ambiente e seu público experiente. Travei uma certa amizade digital com Cátia e, pelo pouco que conversei com ela, percebi que não é a primeira vez que nossos caminhos se cruzam. Cátia faz parte da minha geração; aquela que ia pra Fofinho e Led Slay e, quando foi possível, estava enfiada na antiga Rainbow na Marechal Tito ou no Caverna Rock Club. (ainda tinha o The Wall, Raulzito Rock Bar e uma porrada de motoclubes ativos!!!)
Estando lá prestigiando o espaço, Eu, Hayashi, Bá, Vson e Agnaldo (meu amigo Gui da Sabesp), curtimos um bom rock de primeira e ao vivo. Primeiramente, com o som do Signus que já rolava há algum tempo. Depois, o Firefly subiu no palco com aquela loira linda nos vocais e mandaram uns Led Zeppelin que eu vou te contar, meu amigo!
Infelizmente, não chegamos a tempo de ver a banda Theorema, que abriu a noite. Que a Cátia nos perdoe por isto (noivado do nosso amigo Josué, vocês sabem!) e aceite nossa sugestão de colocar - em nome de Bárbara Ramos - a talagueta pra vender no bar (talagueta= velho barreiro + limão esprimido, sem gelo nem açúcar, porque aqui ninguém é fresco nem zebra!) pra menina ficar contente.
Enfim, a noite foi linda e está registrada como POINT ROCKER N° 01 DE SÃO MIGUEL!
Parabéns, Rainbow! Te Amo Cátia!

RAINBOW PARAÍSO ROCK CLUB
Av São Miguel, 8559 - São Miguel Pta. (De frente ao D'avó da Avenida São Miguel)
7191 3572
comunidade orkut: rainbow paraíso !!! long live

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DUCHAMP = POP ARTE EXPERIMENTAL!

Sábado, 20 de Setembro. Eu, Bá, Hayashi e Vson em casa. Cavalinho, Bob Dylan e quase cinco da manhã. Vão sim os amigos e eu fico. Durmo Pouco. Acordo. Lotação, Itaim Paulista, Brás, Sé, Brigadeiro Luís Antonio, outro ônibus que nem sei o destino, Ibirapuera, Museu de Arte Moderna, Duchamp. Eita porra!
Meu encontro com Duchamp foi além da roda de bicicleta no banquinho. Acredito que ele é o segundo artista pop art do mundo! (o primeiro, pra mim, é Franz Liszt!!!).
Na obra de Duchamp li artistas como David Bowie, Lou Reed, Sam Raimi, Tom Zé e os beatniks, de certa forma. Me acabei naquela exposição, ignorando a fome, o cansaço e aquele monte de menininhas bonitinhas de família burguesa certada por oligofrênicos com cara de intelectual em seus casacos europeus em meio ao frio glacial de São Paulo.
Dos filmes aos trabalhos pictóricos, passando pela utilização de objetos cotidianos, entrando, meio assim, no dadaísmo, no surrealismo e em outros ismos e esmos, lê-se uma obra atual e uma linguagem incrivelmente pop atual e moderna. E a pose do cara? Incrível!!! Esteve até com John Cage em um experimental musical regado num jogo de xadrez.
Enfim, Duchamp se foi. E eu saí de seu universo para a Avenida Paulista. Aliás, após Duchamp, meu universo é outro mesmo sendo o mesmo. E São Paulo é linda no frio. Parafraseando nosso querido Júpiter Maçã, que diz em suas canções "eu gosto de Porto Alegre", uma verdade indiscutível dita por este gaucho: Lugar do Caralho é São Paulo! E, queridos, eu vi: Duchamp passou por aqui!

domingo, 14 de setembro de 2008

Nasce uma canção!!!

Estamos aqui na casa de Nando Z: eu, ele, Tarcísio Hayashi, Bárbara Ramos e Marrom Z, compondo uma canção que nasceu de Marrom e que Ivan Neris meteu sua poesia. Nando Z continou metendo suas metáforas e eu já fiz minha parte, metendo o que devia nas coisas nos ouros. Eles estão ali num papo de músico do caralho que dá até medo. Mas tá ficando bonito! Cerveja, marlboros, velho barreiro, limão e otras cositas más durante uma criação artística. E no msn, a dançarina Mariana Gomes com seu humor inconfundível participa desta noite de domingo. Amanhã temos tudo aquilo: trabalho, faculdade, estudos e coisas afins, mas a arte nos chama à criação, o que podemos fazer? Mariana Gomes dá aula de dança no Studio Arte & Dança, além de outros locais, e é uma artista que eu muito admiro, não só por ser minha amiga, ser uma bela mulher de rara beleza e ter uma conversa super legal e um humor raro e delicioso, mas por ser uma artista autêntica em busca de sua "batida perfeita". Somos todos assim, e ela diz que "todo o momento é único". Um clichê verdadeiro. Enquanto isso, no sofá, Hayashi e Marrom acertam a melodia e a harmonia de uma canção que nasce assim, sem dizer nada, apenas vivenciando o momento. Temos aqui na casa de Nando Z meio Deus Ex Machina e meio Plano Z, uma porcetagem inusitada juntando-se com outra metade inusitada e criando uma canção diferenciada do trabalho destas duas bandas samiguelenses. Bom, acho que tá bom , né? tô bebinho, mas melhor que a Barbara Ramos que, após ter cochilado, parece ter ido vomitar no banheiro.
A canção está pronta, mas não tem nome ainda. Em breve postaremos aqui. Há uma bela possibilidade de Nando Z, Tarcísio Hayashi, Marrom Z e Dark'Ney formarem uma banda inusitada e... Enfim: vivemos arte. O que podemos fazer?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"MAQUIAVEL" e "SOBRE DUAS RODAS" - Alucinógeno Dramático em clima de estréia!!!!

Depois do conturbado fim de "Natália Gay And the Homofobics Band!" e da saída de alguns atores do grupo, o Alucinógeno Dramático prepara duas estréias para o mês de Outubro. Uma delas é a tão esperada "Maquiavel, Da Vinci e o Príncipe", com Marcos Antonyo, Clara Barbosa, Claudemir Santos, Karen Danielli, Patrícia Maria e Jailson Santos, com a participação especial de Márcio Sabbath, Anathielly e, possivelmente, Glaucia Betinelli como narradores. A outra é uma parceria do grupo com a empresa de transportes MACEDEX LTDA em um espetáculo sobre motofrete. O elenco de "SOBRE DUAS RODAS" é diferenciado e conta com os veteranos Marcos Antonyo, Claudemir Santos, Clara Barbosa e o retorno de Bárbara Ramos. Além destes, também participam do espetáculo Macedo Nias, Paula Welter e Gisélia Lima, que esteve no AD em "Macário". O novo elenco mostra um novo direcionamento no grupo, que visa a estabilidade do grupo no ano 2009 e seu ingresso no circuito central de São Paulo. Não se sabe o que ocorrerá no novo ano, mas tudo promete uma maior atuação no circuito cultural da cidade e a diminuição de elenco por espetáculo e maior rotatividade e temas e textos. É esperar pra ver o que vai acontecer!

sábado, 30 de agosto de 2008

SACHA ARCANJO NO CAMACHO – INESQUECÍVEL, SENHORES! COMO SEMPRE!!!

Manja Itaquera? A Delegacia? Do lado daquele parquinho que uns meses atrás uma criança voou de um dos brinquedos? Então; o Bar do Camacho é em frente à delegacia. Sachão tocou lá, acompanhado por João Jr e Nando Z na percussão. A casa estava cheia. Ele tocou suas canções e suas influências musicais, levando todos a dançarem agitados pelos bons ritmos nordestinos. Um pouco depois, Sachão abriu o palco para convidados, entre eles o próprio Nando Z, que largou o debark e agarrou o violão, mandando ver no microfone; Tarcísio Hayashi e, depois, Claudemir “Dark’Ney” Santos com sua versão endiabrada de “Vapor Barato”, além de outros músicos que freqüentam a casa. Sachão voltou, e a noite comeu solta até quase uma da madruga.

Ver Sacha Arcanjo no palco é algo para se gravar na memória. Sacha soa com uma simplicidade tão fascinante, que toca a alma de seu ouvinte e o faz dançar, refletir, ou simplesmente sentir que algo está mais leve no mundo, que aquela moça bonita pode lhe ceder beijos, que a vida não é tão complicada quanto imaginamos. A música de Sacha movimenta o universo. E o universo se movimentou, de fato. Romances, reencontros, chapações, queimadas espetáculares, marlboros vermelhos, prêmios de consolação... rolou de tudo na noite musicada! (pena que este não é um blog de fofocas! Ah, se fosse!) De qualquer forma, Giseli Costa, linda e sorridente, gravou uns quinze minutos de Arcanjo enquanto dançava (não me perguntem como ela conseguiu!), que logo estará disponível no tal do You Tube.

Diz a lenda que Sachão voltará ao Camacho mês que vem. Vamos aguardar. Este tipo de coisa é que faz a vida valer a pena, pode acreditar!
(Breve: histórico de Sacha Arcanjo!)

3º ENCONTRO DAS ARTE EM S MIGUEL! ZULU MANDOU BEM, RECONHEÇO!

3º Encontro Das Artes: Mais que um Sarau, menos que uma mostra


No dia 23 de Agosto, sob a curadoria de Zulu de Arrebatá, o CDC Tide Setúbal realizou o 3º Encontro das Artes. Artistas de São Paulo realizaram suas apresentações em um espaço amplo e bem estruturado. Eu estava lá. Hayashi e a Bá, também. E Rodrigo Marrom, Escobar Franelas, Sacha Arcanjo, Raberuan, Arika, Waldir entre tantos outros ícones da cultura de São Miguel.
Devo admitir que o evento me surpreendeu pela gama de artistas presentes. Quebrando o velho preceito saudosista, Zulu convidou artistas de todas as gerações e todas as linguagens. É legal ver o antigos e os modernos dividindo o mesmo palco e mostrando seus trabalhos de maneira coerente. O evento, que começou um pouco depois das 14h e terminou depois da meia noite ofereceu uma boa overdose artística para quem tivesse interesse de se entorpecer. Tinha até camarim e lanchinho para os artistas, quem diria, hein?
Se continuar neste pique, logo logo São Miguel volta a ser ponto de referência cultural de nossa cidade. Entre novos e velhos, residentes e visitantes, só peguei uma falha preconceituosa da banda Inhocuné Soul, cujo o vocalista, um negro tipo nigeriano vestido como se fosse um rapper africano – se é que isto existe – soltou uma pérola ridícula, utilizada por artistas desinformados: “É legal tocar na periferia... A gente só tava passando o som e o povo já tava agitando!” – ou coisa parecida.
Ora, meu amigo! O que esta frase quis dizer? O cidadão em questão deve ser daqueles que acham que na periferia existe apenas rappers, teatro de rua, grafiteiros, pagodeiros e breganejeiros. Uma visão totalmente equivocada da nossa diversidade cultural, que, sozinha, sem sair de São Miguel, já podia representar o cosmo cultural do universo. Além dos mencionados acima, temos uma mpb riquíssima, um rock de pau duro de botar inveja, um teatro único e diferenciado, samba da melhor qualidade e poetas capazes de emocionar qualquer povo em qualquer nação. Se o tal cidadão tivesse prestado atenção nos artistas presentes e em seus trabalhos, talvez reconsideraria seus pensamentos.
De qualquer forma, o 3º Encontro das Artes foi um acontecimento único, maior que um sarau e diferente de uma mostra convencional. Espero que aconteça mais e mais e mais...

Atrações e atraídos: Balé Nacional do Brasil – Insígnia (dança) – Banda Marcial – Alucinógeno Dramático – Quinteto de Metais – Inhocuné Soul – Cara Suja – Pedro Osmar & Loop B – Samba da Tenda – Jocélio Amaro – Raberuan – Gilberto Braz – Akira Yamazaki – Maracá Manca – Edson Frank – Sergio Santiago – Marisa Quintal – Escobar Franelas – Gilberto Genestra – Claudio Oliveira – Rodrigo Marrom – Sônia Santana – Nelson Mouriz – Rosêngela Lucena – Douglas Mansur

terça-feira, 26 de agosto de 2008

TERMINEI DE LER

Acabei de ler Doidinho, de José Lins do Rêgo, livro que trata da emancipação da criança para a pré-adolescência, com as dores, dúvidas e dívidas pertinentes à idade. Desnecessário recomendar. Todo JLR me lembra meus verdes anos da infância no velho Jardim São Pedro, ainda hoje meu território, na fronteira entre Guaianases e Itaquera.
Foi duro o aprendizado com os moleques mais velhos, mais espertos e mais fortes; mas sou grato a eles pelas lições na areia, na chuva, na lama, nos campinhos de terra batida e no pouco asfalto que havia. E também, é claro, nos bailinhos de fundo de quintal, onde troquei meus primeiros amassos, beijos e carícias.
As cicatrizes de hoje são o diploma que conquistei naqueles dias. De certa maneira, também fui um Doidinho, tanto no trato com os colegas, a família e a escola, como também em se tratando da primeira namorada, as primeiras travessuras e conquistas.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

SESSÃO DAS ANTIGAS! IVAN NERIS entrevista a poetisa SÔNIA MARIA em Janeiro de 2007 no ARTE CANAL!

É o seguinte. Entre 2005 e 2007, o Alucinógeno Dramático realizou algumas edições de um sarau diferenciado que chamava ARTE CANAL. Diferenciado por quê? Bom, os artistas eram entrevistados e saíam em uma revista tipo fanzine. O público tinha, digamos, uma "pré consciência" do que ia ver, e levava aquilo pra casa. Muita gente passou pelo Arte Canal e, conforme for resgatando, vou publicando na SESSÃO DAS ANTIGAS. Também em breve publicarei a sessão AD HISTÓRIA, registrando aqui no Blog toda a trajetória do nosso grupo.
No mais? Divirtam-se, queridos amigos!


S o n i a M a r i a
Uma poeta que se mobiliza (POR IVAN NERIS)
Ao telefone, este pseudo repórter tentou captar um apanhado do expansivo pensamento desta criatura única, algo que não pode nem mesmo ser considerado um resumo, mas que por necessidade editorial, preencherá algumas linhas do nosso informativo. Fiquem, então, embevecidos com as torrentes palavras desta poeta Pernambucana, erradica em Sampa, funcionária do poder judiciário, militante política desde os anos setenta e principalmente, uma das mais pungentes mentes que conheci nos últimos anos. ARTE CANAL: Quem é Sonia Maria?
Sonia: Quem sou eu?... Eu não sei muito bem quem eu sou. Eu sou uma pessoa comum, que se mobiliza com as coisas. Não sou muito contemplativa; sou uma pessoa que se move sempre que algo me toca a sensibilidade. Se não passa batido, eu vou conferir; se não for um equivoco, como as vezes muitas coisas são, eu vou atrás. Tem sempre algumas luzes que piscam e me chamam a atenção. Foi assim quando comecei na militância política, até que um dia essa luz se apagou. Mas as idéias que me levaram a entrar na militância continuam em mim, e eu vou deixá-las como herança para os meus filhos. Ideais de não aceitar as injustiças, por exemplo. Eu acho que viver é mais importante do que tudo. Tudo mais é um acessório do viver e o viver plenamente é um direito do homem; é em busca disso que eu vou. Não como a filosofia dos grupos de direitos humanos, que vem mascarar essa busca em meio ao capitalismo que renega isso; mas a busca por uma vida verdadeiramente plena. ARTE CANAL:De onde vem Sonia Maria? Sonia: Começa em Pernambuco. As minhas referencias vem de lá. Estou aqui há trinta e cinco anos, e não perdi as minhas referências, não perdi a resistência do nordestino, a capacidade de envergar e não quebrar, algo que eu carrego de meu pai, de ter norte e referencia, algo que é uma herança da terra que nasci, aquela coisa de acreditar mesmo quando não dá mais pra acreditar.ARTE CANAL: Porque a poesia como linguagem?Sonia: Quando escrevo, eu tenho a sensação de recuperar algo perdido. Com a poesia eu me sinto parte de tudo: do universo, da natureza, das pessoas – embora sejam fragmentos somente – pois escrevo muito pouco. Mas ela me dá a oportunidade de poder falar o que não se consegue falar na linguagem coloquial; de poder dizer para as pessoas o que não se consegue dizer normalmente, de uma maneira mais subjetiva, que a prosa não permite.ARTE CANAL: Vale a pena escrever poesia num mundo de arte banalizada?Sonia: Vale, porque a poesia é um ato de resistência, poesia é inclusive um ato de resistência ou uma trincheira à banalização de tudo, da arte, da vida, de tudo! Minha poesia não é uma poesia de resistência obrigatoriamente; embora às vezes seja de resistência também, mas a poesia não precisa ser necessariamente de resistência intencionalmente engajada: a poesia lhe dá uma oportunidade de transgressão, o lado marginal da poesia, de estar a margem, e por isso vale a pena continuar escrevendo poesia sim.ARTE CANAL: Para onde está caminhando a humanidade, ela ainda tem jeito?
Sonia: Tem, se a gente fazer uma revolução social e acabarmos com o capitalismo (risos). E não sou eu quem está falando isso; é a história que prova. A decadência do império romano, a decadência desse império atual. A humanidade tem que ser salva, o homem tem que ser salvo, o homem tem coisas maravilhas para fazer e faz, embora eu não consiga crer nisso o tempo todo. Às vezes eu fico depressiva, mas aquela referência do nordestino que falei me conduz. Eu não sou uma otimista; eu sou materialista, no sentido de enxergar a realidade como ela é. Porém, eu tenho uma formação marxista, e ela é filosófica. A dialética marxista responde a inúmeras questões, o que me toca mais no marxismo é o aspecto filosófico, não o aspecto político ou econômico, mas o filosófico, que trata de questões humanas, e isto é uma alternativa. Eu acho que a humanidade tem jeito sim, vale a pena lutar pelo homem.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Dica de Leitura

Estou lendo agora um livro bem bacana: "Década 90 - Os Transgressores" da Boitempo Editorial.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

POR ONDE ANDARÁ KIKO ZAMBIANCHI???

Hoje em casa, dando uma de doméstica (lavando roupa, fazendo comida e lavando a louça, tudo sem avental!), peguei meus três CDs do Kiko Zambianchi e ouvi com gosto, cantando alto. E aí, veio a pergunta: cadê o cara? Menino do interior de São Paulo (Ribeirão Preto), Zambianchi é um cara que admiro muito. Nem tanto pelo trabalho que eu adoro e a maioria não vê nada de mais, mas pelas atitudes tomadas em sua carreira artística.
Chegou a São Paulo (capital) em 1984 e em um mês estava na EMI. Durante a década de 80 emplacou vários hits nas rádios com letras significativas sobre estados da alma, contos urbanos, garotas de atitudes "femme fatale" e ritmos dentro do pop rock com direito a metais, sintenizadores e cordas bem elaboradas - porra, o cara teve ao lado nomes como Bocato e Leo Gandelman, foi gravado por Erasmo Carlos, Marina, Ira!, e (para o bem ou para o mal) ajudou a tirar o Capital Inicial do ostracismo em 2000.- sem contar que foi casado com a Carolina Ferraz. Olha o bom gosto do cara!
E sumiu, por quê? Bom, lembram de uma novela chamada Top Model, onde o Nulo Leal Maia fazia um surfistão pai solteiro saudosista? Kiko fez - contra sua vontade! - aquela maldita versão de "Hey Jude" dos Beatles, que deveria ser gravada na jovem guarda e enterrada com a maioria das versões cafonas. Vendeu? É claro! Qualquer merda de "boa aparência" vende no Brasil. A gravadora até incluiu a música no disco "Era das Flores" (1989). Evidentemente vendeu pra caramba. Aí, o que a gravadora queria? Que Kiko gravasse mais musiquinhas românticas e rocks goiabas. E ele, o que fez? Pousou de bom moço? Balançou a cabeça como vaca de presépio? Nada disso: mandou a gravadora pra casa do K alho e ficou queimado no mercado fonográfico. imaginem: um artista com estilo e atitude?!? Isto é um perigo comercial! Ao mesmo tempo, o chamado rock nacional foi trocado pela música sertaneja (aquela ruim, sabe?) e pelo pagode, posteriormente. Várias bandas e cantores do tal rock nacional foram pras picas. E Kiko, que já estava queimado, então, sumiu do mapa.
Foi por estes dias que meu amigo e músico de São Miguel Ciço D'aurora o viu no metrô São Bento. O cumprimentou de longe. Kiko respondeu com um certo sorriso no rosto. Nesta época eu já ouvia o "Kiko Zambianchi", de 87; o anterior "quadro vivo" (que eu sempre confundia com uma capa do Violeta de Outono" e o "Era das Flores", edição com "Hey Jude" (fazer o quê? Foi o que eu achei!)
Deste tempo até o acústico do Capital, Kiko trabalhou com trilhas sonoras para peças teatrais, lançou um disco de remix (KZ) com o JD Mau Mau, onde regravou Caetano e Gil e, em 2000, com o tal acústico, voltou ao "grande público". Lançou o "disco novo" em 2001 e até que tocou um pouquinho. Aí, pra não negar a sina, a gravadora foi à falência. Então, Kiko trabalhou com o produtor americano Disco D que, ichi!, morreu em 2007 (sim, Kiko tocou e deve estar tocando ainda fora do país).
Então... Estamos em 2008 e a casa está em ordem. Mas eu gostaria de ter mais trabalhos de Kiko Zambianchi pra escutar. Gosto do trabalho do rapaz e acredito que ele ainda não esgotou suas possibilidades de criação, como muito artista por aí que está em evidência - sem falar das porcarias que não acrescentam nada e estão com tudo!
Bom, agora posso dormir em paz. Ai, Kiko! (Márcio Sabbath vai me chamar de veado, mas tudo bem: eu sei que ele teve um disco do Kiko!)
DISCOGRAFIA:
1984 - Choque
1986 - quadro vivo
1987 - Kiko Zambianchi
1989 - Era das Flores (Edição cinza)
1989 - Era das Flores (Edição amarela, incluiram "Hey Jude")
1997 - KZ
2001 - Disco Novo

sábado, 2 de agosto de 2008

Parei de Ler...

Parei de ler O Livro dos Sonhos de e com Jack Kerouac(uma ediçãozinha de bolso até que bacaninha da LPM), mais ou menos à página 100.
Foi a primeira vez que li um livro da tal "geração beat", e achei horrendo.
(Jack era um chato ou eu é que estou sendo?)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

JÚPITER MAÇÃ NO OUTS EM 26/07/08. NÓS ESTIVEMOS LÁ!

Entramos no Canalhoprata e cortamos a Leste pela Radial, demos um jeito de sair na Consolação e entramos na Augusta, já observando a bela prostituta loira que trabalhava naquele frio glacial, no fog londrino, em São Paulo no inverno (bom, já deu pra entender, né?).
Eu - Claudemir Santos, vulgo Dark'Ney (como diria meu amigo Márcio Leandro "Sabbath") - Tarcísio Hayashi, Bárbara Ramos e o bom e velho e negro John saímos do estacionamento e colocamos os pés sujos na Rua Augusta, sem dó.
Já passava um pouco da meia noite quando entramos no OUTs. Pra entrar, uma frescura danada. Como tudo lá é informatizado, tinha um tal de scanner de dedo. Só que ele não lia direito - ou não foi com a cara, digo, com o dedo do Hayashi e do John (os únicos que tinham dinheiro no rolê!). Depois que entramos, uma sessão de rock goiaba que, pelo amor de Deus! Não somos acostumados com isso, sabe como é, né? Tocaram até A-ha, lembra daqueles menininhos da Noruega? Bom, tudo bem que a gente cantou "Take on me" numa animação suspeita, mas juro que era zoeria.
Aí, meu amigo leitor, você cai em si e pergunta: Mas que porra vocês foram fazer lá?
E eu respondo: Ver o Show do Júpiter Maçã, meu amigo! Pois é; o que a gente não faz por uma boa dose de rock n roll? E nós tivemos nossa dose de Rock n roll, baby!
Júpiter e sua banda chegaram por volta das 2h30 da madruga e subiram no palco umas 3h. Os componentes da banda num estilo r n r inconfundível, e o Júpiter tão andrógino quanto David Bowie em Ziggy Stardust (mas sem maquiagem, evidentemente!) Após uma introdução britânica, atacaram com "querida superhist X Mr Frog". Aí, já viu, né? Delírio total! Acido lisérgico injetado no corpo através de guitarra, baixo e bateria, o que não se vê todo dia. Boa parte do repertório foi do mais recente CD "Uma tarde na fruteira", mas ele também tocou várias canções do "Sétima Efervescência" e uma ou duas do "Plastic Soda". Parte do público era fã do Júpiter, mesmo. Os outros, deviam ser freqüentadores assíduos do local classe média e meia bomba. Dava pra ver na cara quem conhecia e quem não conhecia. Mas o povo pareceu gostar da novidade. Ninguém ficou parado naquele cubículo enxadrezado.
O que me deixou feliz, além da formação da banda e da consistência musical que não ficou devendo para os cds que são superproduzidos em estúdio, foi que Júpiter mandou muito bem no palco e segurou a onda. Foram 17 músicas que deixaram o público em êxtase, com direito a um strip tease parcial do artista e uma história sobre ele nas ruas de São Paulo. Após "essência interior", eles tocaram outra canção com pegada britânica (naturalmente em inglês) e desplugaram o equipamento. Era o fim do show. A gente ainda deu uma de tiete e pegamos autógrafos da banda inteira. O Júpiter, naturalmente, estava gentil e super chapado. Os outros componentes foram legais e até conversaram um pouco conosco. No fim das contas, já era quase 6h, e foi outra novela pra sair do Outs. Era um tal de botar e tirar o dedo do scanner que foi impossível não pensar sacanagem. Mas a noite estava ganha: Júpiter Maçã havia realizado um puta show. E assim, felizes e saciados, entramos no Canalhoprata e cruzamos o centro em direção a Zona Leste.
Uma semana antes, no dia 19/07, estivemos no show Era Iluminada: Tropicália, que rolou no Sesc Pompéia, onde vários artistas cantaram canções que fizeram parte ou tinham a ver com o movimento tropicalista. Entre eles, Júpiter Maçã. A gente foi pra ver o cara, mas ele tava tão chapado que só conseguiu cantar "A marchinha psicótica de Dr. Soap". No entanto, nos presenteou com uma performance fantástica do jogador de futebol durante uma música de jorge Benjor. Depois, no final, voltou ao palco conduzido pela mão por ninguém menos que Tom Zé. O que nos deixa muito contente com tudo isto, é que o Júpiter é um artista autêntico e um ser humano comum que, assim como qualquer outro, tem seus altos e baixos. Só tem o seguinte, neguinho: quando ele voar baixo, isto já pode ser muito alto pra você. Então, nego, quando ele voar alto, sai debaixo... Ou se apaixone!
(repertório do show: INTRODUÇÃO - QUERIDA SUPERHIST X MR. FROG - SINDROME DE PÂNICO - CARVÃO SOBRE TELA - PLATAFORMA 6 - BEATLE GEORGE - MADEMOISELLE MARCHANT - PICTURES AND PAINTS - WELCOME TO THE SHADE - A MARCHINHA PSICÓTICA DE DR. SOAP - SILVER THE SAILOR - AS MESMAS COISAS - UM SORVETE COM VOCÊS - UM LUGAR DO CARALHO - CACHORRO LOUCO - ESSÊNCIA INTERIOR - INTRODUÇÃO)