domingo, 28 de dezembro de 2008

CLAUDEMIR SANTOS apresenta GIU CASTRO

POis é turma. O texto que segue é de autoria de GIU CASTRO. A convidei para o Blog, mas ela tava com preguiça de fazer todo o ritual necessário. Preguiçosa, eu sei. De qualquer forma, escreveu o texto abaixo e pediu que eu postasse em nome dela. Sou suspeito, mas o texto é ótimo e a garota tem futuro aqui com a gente. Só deve deixar de ser preguiçosa e se inscrever bonitinha no blog para ser uma autora oficial. Sem mais delongas, apreciem o escrito da jovem Giu Castro.

CONFISSÕES DE UM INDIE

Oi galëre bjs
Sabe, eu resolvi me livrar de vícios velhos meus, sou uma menina muito resolvida. Pode parecer meio coisa de quem cuspiu no prato em que comeu, mas eu precisava me livrar daquelas coisas que estavam no meu quarto. O meu all star rabiscado, o meu pôster do Simple Plan, os meus cd’s do NxZero, o meu lápis de olho, minha faquinha de bolo Puma cortadora de pulsos – mega parceira de fossas (tudo bem que não eram fossas FOOSSAS, eu nem estava tão triste assim naqueles dias, tava fingindo um pouquinho) – e, claaaro, A CHAPINHA. Ai, desculpe, chapinha, mas tu já deu o que tinha que dar (duplo sentido).
Tipo, tinha tanta gente falando mal de mim, do meu estilo, CLARO, MEU ESTILO PRÓPRIO, ODEEIO MODINHAS HEIN, sou underground, que eu resolvi comprar o meu Adidas, repicar o cabelo e tirar fotos de metade da cara com a boca torta e pôr no orkut.
Voltando ao assunto, depois de me livrar daquelas coisas, eu vi que precisava dar um pulinho na galeria do rock, sabe. Ouvi dizer que lá tem umas camisetas do Laranja Mecânica supimposas, eu preciso de uma dessas no meu novo look. Falando em Laranja Mecânica, eu queria muito saber do que se trata. Eu imagino que seja um jogo de Play Station 2, mas me falaram que tem sexo e violência. Lógico, agora que eu larguei minha faquinha de bolo Puma cortadora de pulsos, fossas são coisa do passado, o negócio agora é ser radical e rebelde, NÉ RS

Ai, tem outra coisa que eu tenho que confessar. Tinha uma menina, a Nilda Cachorro Louco, aqui da minha rua – descobri que ela é menina AGORA, eu sempre achei que fosse macho. Ontem reparei que não tinha gogó – que sempre me paquerou, né, triste isso. Mas ontem, eu... é que... er, é meio difícil falar, mas ela... catei. Peguei mesmo. Tipo como eu fazia com o jUnEnhO BonEqUiNhôHh di lUxOo nos meus tempos de emo. Foi nojento, mas eu PRECISO me acostumar, porque eu sou uma pessoa a frente do meu tempo, sem preconceitos e de mente aberta. Tudo bem que ela realmente parece um homem e que eu admiro Hitler por seu ódio a homossexuais, mas to namorando com ela agora, né. Igual fumar. Odeio fumar, mas, raios!, como as pessoas vão saber que agora eu não ligo pra regras, que EU SOU SEXO DROGAS E ROCK’N ROLL se eu não tiver meu cigarrinho na boca? É ruim quilos, mas eu tenho que me acostumar com o cigarro e com a minha garrafa de Vodka (é só a garrafa, eu coloco água dentro pra agüentar dar bons goles). Ah, e com a Nilda.
Lembrete5: colocar no orkut que fumo e bebo excessivamente e opção sexual: bi (argh).

Sabe que eu descobri que AMO Beatles? Na verdade eu não amo taaanto assim, mas é que Beatles é coisa de gente que entende das coisas, tem coisa mais linda do que vestir uma camiseta dos Beatles? Não. Eu acho meio chato, a voz daquele tal de Ringo não sei do quê me irrita.
Ah, o Bowie também é muito legal, mas eu não gosto muito quando um tal de Zig Estarduzt substitui ele em algumas performances. Lembrete2: comprar uma camiseta do Bowie. Lembrete3: conhecer as músicas do Bowie.
Falando de música, foi meio triste me livrar do meu vício de Paramore, porque agora que ficou conhecido, eu não posso ficar por aí desfilando com a minha camiseta, vão pensar que eu gosto de modinha. Lembrete4: comprar uma camiseta escrito Underground.

AI SÃO TANTAS COISAS A FAZER! Que eu posso fazer se eu tenho personalidade, sou tão mente aberta e sou tão intelectual? Pelo menos eu tento parecer, né. Pois é. Lembrete4: ser mal-educada e não se importar com os outros. Ser blasè, que nem você fez com uma menina no show do Paramore, que te ofereceu água quando você passou mal. Joguei a água fora na frente dela e esqueci de agradecer, e falei “Essa porra tá quente!”.
Lembrete5: colocar no orkut citações de Nietzche (MEU DEUS AMADO E SALVADOR AMÉM SEMPRE, como se escreve?). E ser ateu, óbvio.

Às vezes, eu me sinto mal fazendo isso, sendo meio maldita/idiota/estúpida/desgraçada com as pessoas. Mas ainda bem que já tem um monte de gente fazendo isso, aí, eu não sou má sozinha!
Lembrete6: assistir aquele seriado lésbico(?), The L Word. E colocar fotos no orkut.
Lembrete7: ouvir o meu cd do Belo escondida.


Nota da autora: a menina do show do Paramore que deu água para nossa indie querida era eu.
Nota da autora2: odeio indies.

AMELIE POULAIN E OS SENTIDOS DA EXISTENCIA HUMANA - GIU CASTRO INDICOU E EU AMEI!

Completando minha semana de exclusão física do mundo, passei a tarde do último domingo de 2008 assistindo “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, de Jean-Pierre Jeunet.
Jean-Pierre é um velho conhecido meu. “Ladrão de Sonhos” é um dos meus filmes preferidos, assim como o vertiginoso “Delicatessen” e a tentativa hollywoodiana chamada “Alien Ressurreição”. Jean Pierre me apresentou em primeira mão o ator Ron Pearlman (O corcunda retardado de “O nome da Rosa” e nosso amado “Hellboy”) e tem como visual uma estética que o diferencia de qualquer outro diretor: as cores que saltam na tela como se fossem pinturas surreais ou, ainda mais, um Bosch, com toda sua loucura renascentista. Seus roteiros são imprevisíveis e seu efeito dominó de algumas ações são de tirar o fôlego.
Agora, o que mais me chamou a atenção em “Amélie Poulain” foi a maestria utilizada para mostrar ao espectador certos valores que movem o mundo particular de cada um. Os personagens vivem suas vidas presas a significados representados por estados mentais que, por sua vez, se apóiam no mundo real através de objetos e atitudes tomadas perante este objeto (e, neste caso, o objeto muitas vezes é outra pessoa).
O que a personagem faz? Utilizando esses mesmos objetos, trocando-os de lugar na existência do outro, ela causa uma mudança de significado em toda sua vida, mostrando como é simples transformar a vida em algo melhor e com um significado totalmente diferente. Ela faz isso através de fotos, duendes, palavras e, ao mesmo tempo, enfrenta uma grande dificuldade de transformar a própria vida – mas isto é sempre mais difícil mesmo. A vida dos outros sempre parecem tão mais simples!
O espectador mais atento vai perceber que às vezes a mudança de um objeto/pessoa/palavra/situação pode mudar todo o significado de sua própria existência. Aquilo que o personagem de Robin Williams diz na “Sociedade dos Poetas Mortos”: ver as coisas por outro ângulo. Não estamos tão longe assim da grandeza da alma, pelo jeito. Mas ser mesquinho é mais fácil, não é verdade? No filme, o desejo de mudança vence o estado mesquinho da alma de quase todos os personagens e nos dão um novo modelo para um mundo real. Ah, se pudéssemos aprender mais com estes belos filmes...
“Amélie Poulain” me foi indicado por uma aluna fantástica: Giu Castro; uma das mentes mais brilhantes que já conheci. Temos uma cumplicidade artística: eu a informo sobre os clássicos e ela me informa sobre a atualidade (engraçado: nossa relação é parecida, de certa forma, com a dos personagens Monsieur Dufayel, o homem de vidro {linda metáfora humana!} e a própria Amélie).
Ela me emprestou o filme no meio deste ano, mas eu precisava assistir com calma e no momento certo. Faz algumas horas que isto aconteceu. Minha alma está mais leve: vou chegar a 2009 de horizontes abertos, certo de que a mudança de certos significados no meio do caminho serão necessárias para que eu entenda melhor o mundo e a mim mesmo, conseqüentemente.
Parabéns, Giu. Você desvendou minha alma pela segunda vez no mesmo mês!

FILMES DE JEAN-PIERRE JEUNET:
- 1991 DELICATESSEN
- 1995 LADRÃO DE SONHOS (Le cité dus enfants perdus)
- 1997 ALIEN, A RESSURREIÇÃO (Alien: resurrection)
- 2001 O FABULOSO DESTINO DE AMELIE POULAIN (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)
- 2004 ETERNO AMOR (Un long dimanche de Fiançailles)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Carolina

Carolina cercava os gatos preocupada com as bombas, esperava pelo sol do meio dia na idícula nos fundos do terreno, por sorte ou por acaso conseguiu ser mais veloz que os bombardeiros, das janelas fechadas ela vislumbrava as siluetas dos aviões que riscavam o céu, ao fim da parafernalha de guerra, Carolina discretamente deixou o escoderijo e rápidamente saíu portão a fora, com tristeza percebeu que não haviam mais casas em sua, que não havia mais bairro em sua cidade, que não havia mais cidade em seu país, que não havia mais país em seu mundo e que seu mundo despencara no infinito esquecimento...
Nada mais lhe restara além de voltar para sua casa, a única casa que ainda restara neste universo de coisas desfeitas, ao cruzar o portãozinho baixo pintado de verde seu sentimento a impulcionou diretamente a idícula, afim de saber como estavam seus gatos, ao adentrar o cômodo o risonho e gordo gato cinza logo lhe questionou: Porque esses olhos lacrimosos meu docê?
Ah meu querido bichano ingênuo, você ri pois nada sabe da vida e eu choro, por tudo o que existia e que já não existe mais...
Pobre criança! Você chora atoa pois tudo o que existia só existiu por que você acreditou que estava lá! – e o gato desata a rir despachadamente de Carolina que olha para aquele riso e para seus gatos que riem junto com o gato cinza, olha como sempre fizera com seu olhar de quem nada entendeu sobre vida.

Ivan Neris 25 de Dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz cidade...

Tendo vocês, o que mais posso desejar?

Vejamos: mais amigos? É... quem sabe?!...
Mais dinheiro? Óbvio.
Saúde? Claro!
Cabeça em paz? E vi dente mente...
Harmonia? Oras, isso já tá ficando chato!...

Que mais, então? Mais gente lendo esse diário, mais crítica, mais dúvidas, mais um monte de coisas.

Sabe aquela música do U2? Desejo ela para vocês? Qual? Oras, aquela...

lembra?

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Raul, Velhas e Raimundos

Sim, novamente juntos, Barbara Ramos, Tarcísio Hayashi, Claudemir Santos e Visca Benedito (tomador de banca) foram ao Kazebre, que agora se chama O Kazebre para ouvir outros sons, outras batidas, outras pulsações, ou seja, o bom e velho Rock n' Roll.
Fomos para manter a Porra-Louquice acesa, encher a cara, falar merda, ou seja curtir.
Estavam lá Roberto Seixas, O Raul cover (que até imita bem, porém...), a Banda das Velhas Virgens e os Raimundos, que não desistem...
Não vimos o show do Roberto porque as filas para ingressos e bebidas estavam grandes demais e enquanto o cara imitava a gente esperava. Após um breve intervalo em que Claudemir Santos conheceu o Matanza (pelo DVD) iniciou-se o show das Velhas que dizem ser virgens. O show que queríamos de fato ver.
Acho que foi nossa terceira vez e foi no mínimo tão bom quanto a primeira, com a banda tocando na pegada, Paulão sendo o Mise en scène do jeito que eu acho realmente legal, ou seja, porra-louca, falando o que pensa, sem medo, vergonha, modos ou qualquer outra coisa que o povo inventa. O repertório foi um apanhado geral dos 21 anos da banda, baseado no último disco ao vivo. Galera agitando, mulheres gritando, todo mundo travado e BeM loCo, falando de porres, putaria e essas coisas velhas que hoje em dia ninguém gosta mais (ou pelo menos camufla).
Rock n' Roll!!!
Quando a banda saiu o papo estava qualquer coisa e eu já estava pra lá de Marrakesh, acertando tudo e todos sem querer, correndo, gritando, e o Claudemir dizendo que ia me bater.
Eis que surge das trevas do palco os Raimundos. O show foi meia-boca, afinal a banda também já está na meia bomba. Tocaram principalmente os antigos sucessos, mesmo porque não me lembro de nenhum novo. Saíram do palco, e nós saímos do Kazebre, reabastecidos de PORRA-LOUQUICE!!!
E, pessoal, vocês não sabem como é bom aqui dentro!
Abraços!

O Kabrunco entrou onde não devia! Lá ele! Na Areia! REDIMUNDO 19/12/08: FESTA DE FIM DE ANO DO GRUPO (e os bestas pensando que era Sarau)

São 14:32h do dia 20 de dezembro de 2008. Sábado dublado. Lembro da sexta, e tudo que o Ritchie diz no vinil que gira na vitrola é “A vida tem destas coisas!...”

A atriz Alline Alves, também conhecida como Alline Sant’Ana, foi ao Sarau Quebra Facão (12/12/Oficina Cultural Luiz Gonzaga) e me convidou para o suposto sarau do Grupo Redimundo de Investigação Teatral. Achei bacana: legal tirar o trabalho daqui e mostrar pra outras pessoas. O pessoal não se empolgou muito, não, mas Sachão me apoiou e todo mundo teve que acatar. Pois é, todo mundo: eu, Tarcísio, Marrom e Nando Z.
Estivemos lá juntamente com Bárbara Ramos, que não desgruda do Tarcísio; Tiago e Isis, que não se desgrudam; e com Vinícius Casé e Ravi, que também são unha e caaaaaaaaarne. Eu fui o último a chegar. Sozinho.
O local dava a impressão, como Tiago Araújo bem o disse, que estávamos num Quintal Das Árvores ultra plus avanced : um puta sobrado antigo localizado na Major Diogo 91 que, segundo Alline, conseguiram para apresentar o espetáculo “A casa” e que o dono cedeu em nome da Arte. Sem querer comer ninguém do grupo. Nobre. Mas duvidei.
Terreno alto, rampas e escadarias a la casa de Norman Bates e, no fundo, árvores e vegetação ordenada e bem cuidada. Lindo.

Dei uma sacada no grupo e devo dizer que era como qualquer outro de teatro: cheio de artistas, evidentemente. A anfitriã (pelo menos a vi assim) Janaína Silva, linda!, anunciava atrações e convidava a todos para entrarem numa sala com luz vermelha. Muita gente bonita e descolada, a maioria vestida daquele jeito, conversando sobre aquelas coisas. Tudo muito bem etiquetado. Comes e bebes com bom preço e boa qualidade, bazar e sebo com preços justos. Tudo em ordem e tudo em paz.

Quando Janaína anunciava as atrações com toda a simpatia possível, as pessoas sorriam e voltavam aos seus assuntos, e o artista ficava lá, se expondo para paredes com meia dúzia de gatos pingados. Os músicos tocavam canções consagradas, o que dava a sala da luz vermelha um clima de zona (puteiro, mermo, Como diria Nando Z) – o que é bom também, mas o público não se empolgou. Ele se movia dentro da sala conforme o artista no palco: se era amigo ou namorado, assistiam. Se não conheciam, saíam. Parecia um pessoal de São Miguel que eu conheço.

A única vez que quase todos estiveram dentro foi quando o Redimundo tocou músicas de roda – que, segundo Alline, faz parte de um dos espetáculos do grupo. {Coisa de Hippie da Vila Madalena! Diria Hayashi. Não vou defender, pois eles devem falar Coisa de favelado de São Miguel. Lá ele!}

As pessoas foram cantar e dançar, menos os cabras de São Miguel, que ficaram bebendo lá fora. Vi e gostei. Da roda, não dos cabras. (também, como não ia gostar daquele interiorismo, se a loira hippie chic me deu aquele sorriso lindo antes de começar a dançar tal qual uma mestiça interiorana?)

Depois, quase no final, pedi a vez no palco a Janaína, e ela assentiu com todo o prazer. Na sala, algumas pessoas da nossa turma, Clara Barbosa e seus novos amigos alegres e felizes ficaram. Vinícius Casé se retirou regulando e levando seu violão, dizendo que ia embora e mantendo-se lá fora sem ir. Aliás, ele foi embora ao mesmo tempo que nós, horas depois. Não com a gente, naturalmente: pra gente, ele já tinha ido embora faz tempo!

Uma vez no palco Hayashi e eu, um cidadão barbado do Redimundo deixou uma música de fundo no som, misturando-a com nossas canções e fez questão de abaixar o volume enquanto tocávamos. Rapaz muito gentil, de fato. Ao menos sua namorada fez as honras e ficou ali curtindo o som, ouvindo letras e musicalidade com sua beleza que iluminava o ambiente com sensualidade e diplomacia. {Quando era Nando Z, Tiago e Ravi tocando, outro esquisito com cara de artista foi dizer a Ravi que tinha mais gente pra tocar. Só se fosse punheta! Tocar pra quem, se não tinha público? E este era tão... diferente que nem namorada bonita tinha pra compensar!}

Mal terminamos de tocar, começaram a desmontar o circo. Era quatro da manhã. (Se fosse o Arte Canal, segundo Hayashi, o povo estaria trepando escandalosamente no motel ao lado e o Ivan estaria lendo Pirandello em voz alta. Ia ser foda também, mas estaríamos abrigados). Enfim: me despedi de Janaína, convidando-a para aparecer em Terras San Miguelensys. No mais, ficamos no portão tocando violão, andamos até o metrô (eu, Sacha Arcanjo, HayaBabi, Marrom e Nando), dei uma cerveja inteira para um nóia que tava enchendo o saco e tivemos que esperar o metrô circular para ir embora.

Voltando pra casa, desconfiei que o Sarau do grupo Redimundo, na verdade, fora uma festa entre amigos para confraternizar o final do ano – que parece ter sido muito bom para eles. O ano, não a festa.

Assim sendo, apesar de convidados por Alline Alves, ficamos como penetras em na festa, perdidos, deslocados entre os amigos do grupo teatral, que tem uma curtição cultural diferente da nossa. E era isto mesmo. Conversando com Alline na tarde seguinte via MSN, ela relatou que era uma festa de confraternização ou coisa assim.
“Porra, Alline! Mas você falou pra gente que era um sarau!!!”
“Falei nada, homem! Vê a mensagem no orkut!”
Realmente, na mensagem, não se falava nada de sarau mas, porra!, ela falou pra todo mundo que era um Sarau e nós fomos com isto na cabeça. Falha nossa, gente!

{De qualquer forma, ainda bem que não era um sarau; acredito que um grupo como REDIMUNDO, com as pessoas que o compõe e suas experiências, jamais fariam um sarau tão meia boca como aquela festa. (tem gente da turma pensando ainda que aquilo era um sarau, e eu devo ser um deles. Sei lá!}

Pois é, gato! MORAL DA HISTÓRIA: Artista que vai onde o povo está é o Milton Nascimento: A gente toca. Se o público quiser, que venha. Eu e minha mania de querer conhecer lugares e pessoas diferentes... Puta que pariu, viu!!!

I N F O R M A Ç Õ E S

E para quem não sabe:
ALLINE ALVES ou ALLINE SANT’ANA é uma atriz das atrizes mais talentosas da nova geração. A mais envolvida com o mundo da Arte, com certeza. Esteve no ALUCINÓGENO DRAMÁTICO em VIA CRUCIS, A FADA DAS ESTAÇÕES e HUMOR IN NATURA. Hoje está no grupo REDIMUNDO DE INVESTIGAÇÃO, que apresenta o espetáculo VÉSPERAS NA JANELA, de Rudifran Pompeu , que volta em cartaz em FEVEREIRO DE 2009.
Prestigiem!

Mais sobre o grupo: http://www.gruporedimunho.com.br/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estou lendo...

"Apresentação da Poesia Brasileira", de Manuel Bandeira, 2a. ed., de 1954, da Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil(sic).

Ganhei esta obra-prima de um amigo, o jornalista e poeta Dailor Varela, quando esteve alguns dias em Sampa, acomodando-se como podia no quarto dos meus pequenos, naquilo que chamo de lar(burguesmente falando).

O livro ele comprou por alguma ninharia em Caçapava ou S. José dos CAmpos. Estava todo fragmentado, com as folhas na cor sépia. Mas ele deu um trato e trouxe-me a relíquia, sabendo que teria um orgasmo quando recebesse. Não tive um gozo, tive um "trozo", seja lá o que isso signifique.

Depois comentarei...

Eu fui...

ver "Calígula", de Albert Camus, dirigida por Gabriel Vilela e centrada na figura do global Thiago Lacerda.

A peça estava em cartaz até ontem(domingo) mas fui ver na sexta. Estava uma noite gostosa, vim do trampo meio a fim de me presentear e como o Sesc Pinheiros estava no meio de um dos meus possíveis caminhos de volta ao lar, parei. E valeu a pena.

O Thiago não é um mau ator, mas perto de Pascoal da Conceição(o Dr. Abobrinha, do Castelo Rá Tim Bum), por exemplo, chega a ser injustiça. A peça em si é muito boa, bem escrita, bem traduzida, bem dirigida. Não gostei muito do figurino à Mad Max, e acho que a luz poderia surpreender um pouco mais. No todo, valeu os vinte mangos que paguei. 

A bilheteira diz que em janeiro estará de volta. E eu aconselho. Vá!


Conto de FC - From Portal Neuromancer

Aceitando a sugestão Hayashiana - muito rechaçada pelo senhor Darkney (que aliás, não terminou minha música ainda... pois é, amizade tem dessas coisas...), posto um conto de minha autoria:



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Trekkers

TIAGO ARAÚJO

— CARALHO!!! O CARA TÁ VOANDO!
— Madre de Dios…
— Deixa que eu falo com ele: eu tenho o segundo grau.
— (É evidente que se trata de um atípico caso de alucinação coletiva.
Faz quatro horas que caminhamos sob o sol…)
— Alucinação é o teu cu!
— Senhor, ouvi-me! Segurai a minha mão, Senhor! Segurai!
— Soy cabrón, pero no mucho… Madresita, madresita…
— Is it a flying book?
— Calma gente. Nada que eu não resolva me comunicando com ele.
— Má que caralho cê tem que achar que dá jeito em tudo? Hein?!
— Eu tenho o segundo grau.
— (Desnecessário dizer que essa qualificação é irrisória…)
— Que que foi? Seu diploma te alimenta?
— (Só o ego…)
— Soy un hombre debajo de otro hombre!
— Cala a boca, peruzinho! Enfia essa língua enrolada no mei do cu
e dá uma lambida!
— La concha de tu madre!
— Ó Pai, não escutai essas blasfêmias! Eles não sabem o que dizem…
— Queria a porra de uma doze agora. Com sete balaço: um pr’esse
viado-passarinho e o resto procês… Bando de bicha!
— Se você tivesse, pelo menos, o segundo grau, se comunicava em
vez de atirar nos outros…
— Si! Hijo de puta!
— (Na atual conjuntura, sensatamente, deveríamos tentar localizar o
trâmite da volta e não discutir por conta de um ente que paira sobre
nossas cabeças…)
— Falou a bichinha…
— (Talvez minha opção sexual lhe seja um incômodo, entretanto,
mesmo respeitando a grandiosidade do que vejo, espero chegar logo
em casa.)
— Grandiosidade de cu é rola.
— Estoy de acuerdo, pero me gustaria mucho lavar sus pies…
— Lavar os pés dum fila da puta que cê nunca viu na vida?! Peruano
é idiota, mas você supera!
— Seria interessante a gente estar fazendo um contato, descobrir
quem ele é…
— Super-Homem, não tá vendo?
— (Ícaro, eu diria.)
— Esses homens! Infiéis, ele é um santo!
— Vocês não estudaram, não? Se trata de um… Um…
— (Fênomeno?)
— Não, é como um… Uma coisa, sabe? Uma coisa que eu vi nas
aulas de geografia.
— (Sem dúvida…)
— E Deus disse:“Vinde a mim os de alma pura e limpa,que os farei
voar.”
— É… É por isso que as galinhas e a sua mãe ainda não voam…
— Por que no te callas?!
— Respeite um servo de Deus! Senhor, fustigai a pele desse incauto!
— Me dá uma pedra aí, cacete! Uma não, duas! Que é pra eu acertar
esse corno que tá voando e esse cu-de-frango que só fala merda!

— (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

— Que porra de barulho foi esse?!
— (Eu gostaria de dizer que se tratou de um trovão, porém são
menos de uma da tarde e não há no céu uma nimbo sequer.)
— Calados! Olhai para a morada do senhor: o santo se foi.
— E eu nem trouxe minha digital…
— Olha lá! Ó o cara caído lá!
— Santa madre de Dios! Es un milagre!
— Sim, irmão hispânico, é um milagre!!!
— (Se repararem bem, verão uma leve protuberância nas clavículas,
uma espécie de duto, talvez.)
— É uma máquina. Uma máquina!
— It is not an ashtray! It is not an ashtray!
— Puta que o pariu!!!
(Segundo depois a bomba alienígena explodiu, carbonizando os seis
andarilhos.)


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Grande abraço e que bom que é esse lugar!
Comentem!


(COMENTÁRIO NECESSÁRIO: esse conto foi publicado na revista Portal Neuromancer, organizada e editada por Nelson de Oliveira, escritor, ensaísta e oficineiro em cursos de escrita criativa. O conto surgiu a partir de um exercício porposto pelo Nelson, em uma de suas oficinas, a qual particpei esse ano, de agosto a outubro, na casa Mário de Andrade - Oficina da Palavra, na Barra Funda; e a proposta do exercício era criar um narrativa só com díalogos e que fosse entre seis personagens. Foi um bom desafio, e tive a sorte dele gostar tanto que recebi o convite para participar da revista. É isso!)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

QUER SOAR INTELECTUAL OU PARECER INTELIGENTE? FALE MAL DO PAULO COELHO!

Estou enfiado até o pescoço no mundo das artes desde meus 14 anos, e nestes dezenove anos aprendi uma coisa muito interessante: você não precisa ser inteligente. Bobagem! O negócio é soar intelectual. Lembro-me muito bem das discussões dos aspirantes a artista sobre quem era o melhor diretor teatral do Brasil: Antunes Filho ou Gerald Thomas. Fui pesquisar no ato e achei a discussão absurda. Filho preocupa-se com a construção do personagem e a preparação do ator, enquanto Thomas está mais é querendo acentuar a estética de seus espetáculos. Ignorei os críticos de plantão e busquei entender os caminhos de ambos. E ainda estávamos em 1992. Lá vinha vinho por aí, evidentemente.
Encontrei muita gente que se achava inteligente no caminho, e o máximo da inteligência sempre era criticar o trabalho de alguém – que, evidentemente, conhecia-se superficialmente, quando se conhecia, é claro. Havia um coreano em São Miguel que se achava o rei da cocada preta, estudava economia ou coisa parecida na USP e era metido a artista. Uma vez, na oficina ainda na antiga Parioto 402, ele viu um livro do Stanislavsky sobre a mesa, pegou-o e começou a dissertar sobre o mesmo para minha pessoa e eu nem me lembro por que raios ele fez isto. Roberto C Santhos (ator do AD das antigas, até 1996) aproximou-se e ficou ouvindo a conversa. Quando o coreano terminou, olhou para ele e perguntou: “O livro é seu?”, e o Roberto disse: “Não, é dele!”, apontando para mim. Quem me conhece, sabe que o sorriso sarcástico foi inevitável.
Enfim, a estrada continua. A maioria das pessoas que começaram antes ou junto comigo já abandonaram o ofício e se entregaram ao emprego, família, drogas, morte ou seja lá que for. A maioria leva uma vida comum, lembra-se com saudades dos tempos artísticos e não deixam os filhos chegarem muito perto dessa coisa depravada chamada Arte. Alguns se encostaram em partidos políticos e lutam pela causa (Ai, Jesus! Que medo de virar Ateu!)
Eu? Ah, gosto do que faço: continuo por aqui. Minha pretensão caiu pelo meu bolso furado não sei quando e eu nem sei aonde (por mim, morro em São Miguel no balcão do Didi ou em casa, após ter vivido anos e anos com aquela bela garota ao meu lado; uns trinta anos mais nova que eu!).
Por isto, estou com meu Marlboro na boca, encostado no portão, conversando com poucos amigos que ainda riem bebendo e observando pessoas que vão mudar o mundo assim que puderem com seus pensamentos e sacações. Soam intelectuais, parecem inteligentes, sabem dizer nomes complicados e explicar teorias e teses que muito se dedicaram para decorar, mesmo que não entendam nada sobre o que estão falando. Mas enganam bem. São bons atores, apesar de que alguns são músicos, na verdade.
Mas, se você quiser entrar pro clube deles, é muito fácil: vista roupas esquisitas que estejam na moda, mesmo não sendo mais adolescente; troque de opção sexual e tenha o máximo de parceiros e parceiras que quiser – e deixe todos saberem de tudo!; seja amigo de pessoas que pensam as mesmas merdas que você; odeie aquela turminha de artistas que se assemelham a mendigos, gordos, feios, carecas demais, cabeludos demais, drogados e heterossexuais: um artista que parece uma pessoa comum é um artista inexistente!; ah, é verdade: diga que o mundo não te entende e encha o cu de drogas (não vale se divertir!); tenha na boca frases espetaculares de autores espetaculares e use-a sempre para provar para alguém que ele não sabe nada sobre a vida; não tenha preconceitos musicais: escute qualquer lixo e diga que é maravilhoso; leia ao menos o resumo dos livros clássicos; siga a Winehouse como exemplo de existência e filosofia de vida; vote no PT e diga que a mídia persegue a esquerda brasileira e, possivelmente o mais importante: quando o assunto for literatura, fale mal do Paulo Coelho! Seguindo estes passos, você sempre será lembrado com diferente, intelectual e inteligente. Eu só não sei pra quê!

ALIÁS, DO PAULO COELHO EU INDICO:
- O ALQUIMISTA
- AS VALKIRIAS
- VERONIKA DECIDE MORRER
- O DEMONIO E A SENHORITA PRIM
São os melhores dele, mas lembre-se que é entretenimento. Quem assiste um “Duro de Matar” esperando um “Não matarás” só pode ser um idiota. Por isso nego, não espere de um “Paulo Coelho” um “Pablo Neruda” pois, neste caso, quem terá baixo nível cultural é você!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Eu fui...

Enquanto lá na Oficina Cultural Luiz Gonzaga tava rolando um puta sarau, fiquei lá pelas bandas da Barra Funda assistindo uma excelente ópera cômica, "O Feiticeiro", no aprazível Theatro S. Pedro(rua Barra Funda, sei lá o no.).

Explico melhor: Saí de Alphaville por volta das 19:30h. quando provavelmente os primeiros poetas, músicos, atores e outros tais já estavam dando suas palavras ao público no mítico espaço de eventos da Oficina Cultural Luiz Gonzaga(r. Amadeu Gamberini, salvo engano meu o no. é 259, centro de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, capital.). Para chegar lá, gasto normalmente umas duas horas, duas e quinze. Então, só chegaria lá a tempo de ir tomar alguma coisa num dos bares da redondeza, como é praxe do happening que ocorrem lá, sob a batuta do hiperbólico Sacha Arcanjo. Como teria que trabalhar no sábado cedo, não poderia me dar ao luxo de "começar" as minha atividades depois das 10. Achei prudente ir para outro lugar.

Como não queria perder o clima da noite, pensei em aboletar-me em alguma atividade no Memorial da América Latina(colado ao metrô Barra Funda). Mas, lendo o jornal que me estava às mãos sobre a estréia da peça no Theatro S. Pedro, fui. E não me arrependi. Por míseras vinte pilas, tive duas horas de incenso sensorial e intelectual que me transportaram a um outra dimensão culturo-artística.

Cheguei em casa no início da madruga, orgasmado.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Algo está acontecendo (e você não sabe o que é...)

Caríssimos,
Ontem revi Não Estou Lá (I'm not there), filme sobre Bob Dylan dirigido por Todd Haynes, que tem vários atores, como Heath Ledger, Christian Bale, Richard Gere e Cate Blanchett interpretando as diversas facetas do Velho Fanho.
Da primeira vez que vi não tinha achado o filme tão bom, porém na segunda vez foi muito mais gostoso.... Que Filme Do CARALHO!
Por se tratar de Bob Dylan, fica difícil fazer qualquer coisa ruim, entretano o diretor e os atores tiveram a destreza de não cagar tudo! E isso talvez seja mais difícil ao se fazer um filme sobre alguém.
Ah, ainda desconfio de que o próprio Velho Fanho Chato tenha atuado e colocaram o nome da Cate Blanchett pra disfarçar.
Há uma cena no filme que vale o filme inteiro (sem desprezar o restante hein!): Um repórter muito metido a besta, muito sabido, muito erudito vai questionar Bob Dylan, querendo imputar no artista uma responsabilidade sobre as causas sociais, sobre as filosofias de vida, sobre os sentimentos, temas recorrentes nas canções do Velho, Fanho, Chato, Americano, quando na verdade o artista retratado (ou retardado) no filme somente escreve suas canções com as particularidades e pensamentos que estão dentro dele, sem pretenção de mudar o mundo.
Durante a cena rola Ballad of a Thin Man do disco Highway 61 Revisited, em que o Velho, Fanho, Chato, Americano dá uma aula sobre como fazer uma música simples, 4/4, poucos acordes com o resultado de uma obra de arte completa.
Recomendo amigos, o filme e a obra de Dylan.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Solstício


Sacrifício do amor a flor do nome,
O nome trás em si imensa dor,
Tudo em mim é sim ou não, talvez.
Tudo vim vi, olhei , nada entendi...

Toda razão se desfas e refas a ira,
Entre liras sem noção aporta o disco,
De Salvador a São Francisco o colorido,
Desta casa até você nenhuma ponte,

Sei de mim que sem nós dois tudo é tão pouco,
Acordo surdo de manhã e adormeço mudo,
Se é tão belo o amor alguém me explique,
Porque não há explicação pra o sentimento,

Azaléias ou margaridas tanto faz,
Seu mistério não há beleza que inebrie,
Cada um que desafie seu destino,
O que é pra ser não tem remédio que lhe cure.

Sacrifício e amor isso tem nome,
E se há um nome talvez haja um lugar,
Onde tudo é hino e sombra fresca,
E a sensatez trasfigure a solidão.

Toda razão se desfas e refas a ira,
Entre liras sem noção aporta o disco,
De Salvador a São Francisco o colorido,
Desta casa até você nenhuma ponte,

Sei de mim que sem nós dois tudo é tão pouco,
Acordo surdo de manhã e adormeço mudo,
Se é tão belo amor alguém me explique,
Porque não há explicação pra o sentimento,

Azaléias ou margaridas tanto faz,
Seu mistério não há beleza que inebrie,
Cada um que desafie seu destino,
O que é pra ser não tem remédio que lhe cure.

Ivan Néris 08122008







quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

REVOLUÇÃO DO KABLUNCO!!!

Senhores, venho aqui pronunciar a nova ideologia que esta para surgir, sendo totalmente controversia as leis da fisica, do homem, e ate do conceito da tal "liberdade" é o kablunco!!!!!
Tendo em vista, préludio da viajem ao céu e ou pósludio da volta ao chão(isso ñ quer dizer nada viu gente só pra ser katredaticoooooo!!!!!rs) o kablunco se fara presente pela mediocridade geral e também da genialidade de alguns gerais em nosso pais, tornando o homem realmente sabio, e a mulher algo tipo sabida para vos voltros.Uma das normativas do kablunco já foi mencionada que é o cachaçadus tudus resolviis, que é a medicina alternativa do kablunco desenvolvida por Dr Tarcisius, temos como principais armas o ESSM (EXERCITO SEPARATISTA SUN MIGUÉLENSE),
e o pulso forte de Sacha Arcanjo o Rei.
O kablunco já tem o dia de sua revolução continuaremos expondo essa realidade quem breve constará, mais informações todas as quartas feiras a partir das 23:00 no Quebra Facão(bar do Didi) e tudo di bom!!!


PS: QUALQUER OBRA OU REVOLUÇÃO PARECIDA COM ESTA É MERA COINCIDENCIA!!RS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Chegada de mais um poeta a este blog


As velas vagam pra alem dos barcos,
As velas vão e vem sem necessidade de justificarem-se,
As velas bailam sorvendo o prazer da liberdade,
E as ondinas amargam no cais,
A inegável certeza de que mundo é mito,
Pois construidas sobre mitologias e miragens,
Estão todas as equações que gestam o que está descrito como humanidade,
Por fim rezam com mãos espalmadas os seres oníricos,
Ao enxergarem-se como último recurso de sobrevivência,
Diante de uma realidade que desautoriza a resistência,
Que condena a sobrevivência,
Que expurga a alquimia e cosmogoliza o ter como algo de maior importância,
Que o ser...
Pois mesmo quando não é possível conseguir-se permanecer juntos ,
Continuam tendo dentro a centelha do cãos que tudo faz transbodar.
Sobre o arremesso da poeira do tempo,
Reconstroe-se a estrutura das normas,
Porem as normas do certo e do errado não calibram,
A forma da signiificativa e verdadeira felicidade,
Felicidade é um lugar intangível,
Onde cada pé tem um sapato pré-destinado,
A aquecer tal pé nas noites mais frias do ano.
Alfa, gama ou beta.
Sonho, mergulho ou raio de sol.
Da colina ao edifício o lícito e o devaneio,
Certificam as páginas impressas do folheto,
E realizam a imperceptível e continua turbulência da existência,
Que se disfarça dentro do transbordante copo de whisky do diabo.

Ivan Néris adentra o vale...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Novo.? Mundo.? Admirável.?

Sim.? Talvez.?

Só o tempo dirá se foi sorte ou azar (como dizia um velho professor).

Eis que acabo de ler Admirável Mundo Novo de um tal de Aldous Huxley que de cara ficou doidão, tomando toda a solução!

A solução encontrada na história contada no livro foi bastante amarga, porém tem gente que acha que quanto mais amargo melhor. Em sua utodistopia (pois pra mim o livro pode ser visto pelos dois ângulos), o autor cria um novo sistema social, que se baseia em Comunidade, Identidade e Estabilidade.

No novo sistema, não existem diferenças sociais, não há espaço para sentimentos, não há espaço para estar sozinho. Os seres humanos são condicionados e predestinados a existirem somente como parte de uma engrenagem, e nada mais que isso.

Não há no novo mundo, espaço para querer ser outra coisa que você não seja, exatamente porque nunca se quer ser outra coisa. Acabam as grandes frustrações humanas, em todos os sentidos: sexuais, sentimentais, profissinais e todas as demais...

E se por qualquer motivo alguém está triste, basta tomar um pouco de soma, droga bastante eficiente para te tirar da realidade e te devolver um tempo depois sem qualquer temor ou dúvida.

Acredito que de fato as pessoas sejam felizes, verdadeiramente felizes vivendo neste tipo de realidade (que pode muito bem ser comparada a nossa realidade) em que deixamos de pensar em questões como verdade arte mentira amor ódio e a VIDA.

A questão é: vale o preço?

EU NÃO SEI DE NADA. SÓ FUI CONVIDADO!