segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MEDÉIA GANHA SEU PRÓPRIO BLOG


O espetáculo "MEDÉIA: A VINGANÇA ESTÁ SERVIDA" ganha um blog para divulgar seus contextos e suas apresentações. O segundo espetáculo deste ano do Alucinógeno Dramático está sendo considerado o melhor do grupo. Com o blog ativado, todas as novidades envolvendo o espetáculo e sua trajetória estarão disponíveis para o público do grupo. Acessem, participem, divulguem!

BLOG DE "MEDÉIA...":

http://medeiaad2009.blogspot.com/

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MARIANA GOMES NA CIA BORELLI DE DANÇA





Mariana Gomes está de volta ao blog de São Miguel que mais divulga os artistas deste bairro histórico. Agora, a pequena notável está integrando a tão falada Cia. Borelli de Dança. Deixando um pouco a arte de ensinar de lado, Mariana Gomes começa uma nova fase em sua carreira, experimentando a dança moderna para alcançar sua perfeição artistica. Não esqueçam que, de São Miguel a Moscou, ela já rodou vários tablados ensinando e aprendendo seu oficio. É uma garota que merece galgar a escada até o topo - e depois pagar talagueta pra todo mundo no bar do Didi. Adoro ela! Boa sorte, menina. Galera, quem puder que vá: Borelli é uma das companhias de dança mais criativas dos últimos anos. Recomendo.


II MOSTRA (IN) DEPENDENTE DE DANÇA
Debates – Quartas feiras às 20h
*Workshop – Sexta das 10h ás 12h e Sábado das 14h as 16h

(inscrição através do email: ciaborellidedanca@gmail com)

Espetáculos – de QUINTA a sábado às 21h e domingo às 19h
Ingressos R$ 10,00 e R$5,00

ESPAÇO KAZULO
Rua Souza lima,300 b - Sta Cecília



De 27 a 30 de agosto:
Cia. Borelli de Dança: Estado Independente, (São Paulo).
Direção Geral, Concepção e Coreografia: Sandro Borelli

terça-feira, 25 de agosto de 2009

INTREGRAÇÃO E RUPTURAS- O GRAVE NO CEU





Senhores, depois do belo resumo da obra feito pelo senhor Darkney, sobre o São Paulo cidade da musica, venho tentar indagar sobre o outro evento Integração e Rupturas desde já expresso que pessoalmente me supreendi positivamente sobre o evento, já que os organizadores mesmo do Pé no Cotidiano disseram que o primeiro evento teste que foi no Ceu tres pontes ñ correspondeu a tal das expectativas(por isso que eu digo o bom é ter poucas por que o vier é lucro rs)o local já me é bem conhecido, no Ceu São Carlos trabalhei durante um ano, e fizemos varias apresentações com o Plano Z, e ver como Raberuan e cia conseguiram envolver a comunidade que em jogos ludicos, musicalidade e projetos já desenvolvidos lá com o Batakere, além da otima digamos magnifica apresentação do grupo de dança Insignia, formados por jovens da região(puta como me sinto tiozão qdo uso esses termos!!!), e realmente pelo menos no São Carlos funciona assim deve se preparar o publico para apresentar um novo trabalho, tem chegar na "humilde", a minha ipanema que o diga ela nunca foi a mesma depois de um pequeno show onde nossos "fans' gostaram tanto que queriam nos imitar, o problema é que era com os nossos proprios instrumentos e eles ñ estavam muito afim de devolver ñ!Pois bem, mais mesmo observando como tudo estava bem melhor do que o imaginado, estava apreensivo por conta de nossa apresentação pois ñ iriamos passar o som, e como já tinhamos sido alertados para "ajeirtamos" melhor o nosso som(fizemos um sarau sei lá uma vez com dois microfones pra 8 musicos ñ tinha nenhuma expectativa de ainda sermos o GRAVE mais para a maioria do pessoal do MPA foi o que ficou) então o meu pé tava lá atras e conversando com nosso velho cumpadi Escobar Franelas percebi algum fatos sem querer querendo, ele me pergunta: E ai Nando vai rasgar a voz? as letras deste grupo é vc quem faz? me vi numa boa e nova expectativa chegou a hora de entrarmos e aquela cortina fechada nunca me pareceu mais negra!!veio senti que minha pressão chegou a um nivel inimaginavel ate pra Zulu, me vi com duas baquetas(lá ele!!) e um monte de coisa pra batucar ai sinceramente bateu de vez o desepero, comecei a lagrimejar, porém nesse momento um ultimo abraço e uma ordem geral mete o braço!! foi magnifico, praticamente a minha primeira vez dinovo, fazendo o que gosto do lado de quem gosto(lá ele dinovo, eder vai embora!!!) o GRAVE foi gravissimo, divisão de intrumentos e responsabilidades musicais missão efetivada.
Porém entretanto todavia, toda critica leva a indagação então vamos lá, rs, ouve um projeto chamado BATURBANOS que tinha o mesmo conceito e foi viabilizado por nos eu, Marrom,Tarcisio,Ivan, e tivemos a participação de Raberuan em um do eventos, ñ to dizendo "PO bichu tu roubou a nossa ideia tá ligado"!! O que incomodou foi ser chamado a atenção para sermos profissionais de um conceito que já tinhamos utilizado no minimo é incoerente, todos no Pé no Cotidiano são otimos artistas porém não serão nem os primeiro nem os últimos loucos a realizarem este tipo de proposta como mencionou Kleston em uma das apresentações.E o mais inviavel pra mim foi estes dois projetos Integração e Rupturas e São Paulo Cidade da Musica, tenham acontecido simultaneamente, cade o MPA? o movimento cultural mais forte de São Paulo?o que vimos foi infelizmente em alguns momentos preocupação com vaidades, e ate uma soberba de quem da mais!! Não querendo ser achologo mais no ano existem 48 fins de semanas, mais tudo bem ñ vou avacalhar tudo são duas grandes iniciativas e espero que prosperem cada vez mais como foi esta ultima edição do Integração e Rupturas em vista da primeira apresentação, bem é isso já posso ficar mais 6 meses sem postar rsrsrs!!! inté.



POR LETRADO IMPORTUGUAVEL

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SÃO PAULO CIDADE DA MÚSICA: COBERTURA COMPLETA DO EVENTO






Foram três dias, dezesseis atrações e indaga – muita indaga! Não poderia eu furtar-lhes os acontecimentos deste evento que, se para alguns não foi lá estas coisas, para outros foi o primeiro grande evento do ano – apesar de ter ocorrido no final de Agosto.

Amando ou detestando, devemos admitir que o norte do projeto foi nobre: vários artistas da região e convidados participaram mostrando seu trabalho para quem estivesse lá para ver – diferente do projeto Integrações e Rupturas, do Raberuan, que reuniu um número menor de artistas em um único dia (e, talvez por isto, parece ter funcionado melhor que o de Ceciro Cordeiro).
Mas onde será que “erramos” no SP Cidade da Música? Eu, como cenógrafo do projeto que foi até chamado de decorador e tive que botar o pau na mesa para que não metessem o bedelho na minha criação artística, sinto-me à vontade para citar alguns acontecimentos dos bastidores deste evento, escondendo apenas alguns santos por uma questão de ética, mas relatando todos os milagres ocorridos.

DIA 21 08 – CEU SÃO CARLOS: PADARIA NÃO É FERRO VELHO!!!

Chegamos de táxi, pago por Sacha Arcanjo, as 19:05h. Evidentemente estava tudo atrasado. Em vinte minutos, meus painéis estavam pendurados na vara 17 do teatro do CEU SÃO CARLOS. Um painel central com o violino do cartaz e outros dois abstratos expressionistas em tons entre amarelo e vermelho. Possibilidades de cores e movimentos. Zé da Lua vem, aperta minha mão e elogia o trabalho. Sacha Arcanjo some para de trás do palco e auxilia os músicos. Eu e Marcos Antonyo sentamos na última fileira. Aí me aparece Ceciro Cordeiro sem falar muito. Senta à esquerda. Um ar de preocupado com a qualidade das apresentações – ele bateu muito nesta tecla com artistas e técnicos, mas bateu tanto que até esqueceu de ligar a sua, como veremos adiante. Isto já é quase oito da noite.

O CORAL DA CASA DE CULTURA ANTONIO MARCOS entra no palco. Um trabalho simples e bonito com vozes que iniciam a noite e um violão. Após, VINICIUS CASÉ entra com um percussionista e manda “Disritmia”, Ricardo “Jackson”, o mestre de cerimônia, diz que foi a versão mais bela da música que ele já viu em sua vida. Ceticismo do público. Vinicius segue. Segunda música. Vai pro piano, se sente Axel Rose, manda outra canção. Despede-se do público. Só três??? Há sacanagem no ar! E, falando em sacanagem, Marcos Antonyo comentou que Vinicius, com sua voz tão peculiar, podia ser locutor pornô ou regravar na integra o disco Super Erótica (aquele da capa verde, que tem a famosa música “Je t’aime mon no plus”, lembram?)

Voltemos ao CEU. FÁBIO LIMA sobe no palco. Nós saímos da platéia. Dizem as línguas que seu show foi bom e cheio de ritmo. Ouvimos duas músicas e a fome bateu. Acabamos no buteco em frente ao CEU, fumando, pois, segundo o dono “Tá muito frio pro fiscal sair de casa”, bebendo e conversando com Vinicius Casé e com a simpática Cibele Nogueira Vaz, cantora diretamente da praia de Santos. Ali ficamos por um bom tempo falando sobre vários assuntos. Por um destes assuntos, RONALDO FERRO subiu no palco e, apesar de ser guitarrista, teve o baixo num volume superior durante a primeira música. Nisso, Ceciro Cordeiro apareceu no bar e Casé o chamou.
“O Ceciro, sobre o cachê...”
“Lê o contrato!” – diz Ceciro, com aquela arrogância burrocrática.
“Eu li” – diz Vinicius – “É por isto que eu quero conversar!”
“Di hoje a vinti!” – Diz Ceciro e sai do recinto. Sorrisos céticos. Confiança não se pede, se conquista, não é mesmo?
A conversa seguiu solta. Nando Z, Marrom e Eder passaram por ali e correram para o bar do Camacho para buscar os equipamentos do GRAVE, que tocaria no Domingo. Vão-se. Entra no bar um garoto com alguma muamba. O dono do bar é enfático.
“Aqui é padaria, meu filho, não ferro velho!”
Era verdade! O buteco era uma padoca. Pães estranhos e salgados vencidos no aquecedor desligado. Cigarros acesos a apagar a lei de um Estado estúpido e doido por fascismo. Loira de Santos sexy e simpática, artistas e nomes de artista. Frio glacial de São Paulo. Se o evento acabasse ali, teria sido uma bela noite. Mas ele findou só no domingo.

Voltamos para o CEU dez e meia. Tudo no fim. Desmontamos o cenário e SILVIO ARAUJO nos deixou na porta da Oficina Cultural Luiz Gonzaga. O primeiro dia chegava ao fim. No outro dia, estaria ali meio dia para ir para Ermelino. Eu e Arcanjo damos uma passadinha rápida no Didi. Talagueta. Cerveja. Sacha liga para Nando Z. Ainda no Camacho.
“Espera a gente aí!”
“Lá, ele!”
Saímos voado. Dormir que ninguém é de ferro. Amanhã o show continua.

DIA 22 08 SAEM 13H – SE RECLAMAR MUITO, EU VOU EMBORA!!!

Começou cedo. Eu, no momento sagrado do banho seguido de bronha, e o telefone toca. Clara Barbosa querendo saber que hora na oficina. “Mãe, diz que é onze!”. Ela diz. Clara desliga. Bronho, banho e me arrumo. Mal desoro o sovaco, Ceciro liga exigindo minha presença o mais rápido possível porque o evento tava atrasado.
“Atrasado às onze Ceciro? Mas não começa as 13?”
“Vem logo, cacete!”
“To indo.”

Desliga. Noto que o numero que ele ligou para o meu celular é o mesmo que o Sacha me deu para falar com ele e que a pessoa do outro lado disse que o numero não era mais do SAEM. Será que pensaram que era do CQC?

Chego em São Miguel meio dia. Silvio Araújo me espera. Clara também. Entramos no carro de Silvio com o cenário e tocamos para Ermelino Matarazzo.

Uma vez lá, montamos o cenário. Dez pra uma está tudo pronto. Nossa parte, ao menos. O cara tá ajustando o som. Ceciro naquele estado de nervo inventa de pilhar o cara. Mas o cara não tá pra bincadeira:
“Escuta aqui, ô: o senhor marcou comigo as nove e chegou as onze. Por isto, não me enche muito o saco, não, se não eu desmonto tudo e vou embora.”
Ceciro, que já não tem o olho pequeno, pasma. Silvio Araújo, que merece um cargo no Itamaraty depois dessa, bota pano quente e acalma o cara do som, que trabalha meio que olhando de lado. Do lado de fora, Ceciro ainda me fala que o cenário tava torto no CEU e que eu não devo me atrasar no D Pedro I e blá blá blá. Dou sorrisos e fumo marlboro. Vocês não viram a cara do cara da mesa de som!

A casa está cheia. Clara acha lindo tudo aquilo; aquele bairro participativo, blá blá blá. Só depois saberíamos que a casa tava cheia porque era reunião de casa, mutirão, coisas assim, de ONG. Até aí, que novidade? Desde quando a tal da massa tá preocupada com cultura? A televisão nos dá tudo ao apertar o botão...

Mas o TRIO GARAPÉ sobe no palco e toca um forró com gosto. (aliás, Hayashi, pensando bem, que é que tem o sanfoneiro tocar a zabumba? E se o bicho for multi instrumentista?). O show corre animado e mostra o poder da música de Luiz Gonzaga, Sivuca, Jackson do Pandeiro e João do Vale, além das músicas próprias do grupo. Um belo show. No meio, Ceciro me chega:
“Quando acabar, você desmonta correndo!” – Viro lobisomem no asfalto:
“Cê vai ficar me pilhando, é?”
“Não, é que no final vamos passar uns slides no datashow”
Fim de show. Cenário desmontado em dois minutos. Voltamos ao carro de Silvio Araújo. Desembarcamos no estacionamento do D Pedro e corremos para a Luiz Gonzaga. Retoque no cenário, fome da porra e Clara me leva pra comer uma feijoada na casa do norte do Serjão. Depois, a pequena dorme docemente enquanto eu adianto algumas coisas. Marcos manda uma mensagem dizendo que não virá. Dezesseis horas quando Clara acorda e vamos para o anfiteatro D Pedro. A apresentação começará 20:30h.

DIA 22 08 ANFITEATRO DO D PEDRO I 20:30H – MESA DO AD SALVA O ROLÊ!!!

No D Pedro I, acabamos de retocar o cenário, que é elogiado por velhos conhecidos que passam e até por Querubim, que pede para acrescentar os símbolos da ong e do Estado de São Paulo. Nisto chega Isa Diaz daquele jeito... A noite vai ser boa. Montamos o cenário a muito custo e Isa vai a Querubim para assinar o contrato da iluminação. Procura. Não acha Isa. Ceciro chega. Diz que não a reconhece e que desconhece seu contrato.
“Você ensaiou a iluminação?” – pergunta a ela.
“Que ensaio de iluminação, Ceciro?” – pergunto meio puto – “iluminação se faz com mapa de palco!”
“Quem te contratou? Você falou com quem?”
“Com o Sacha.”
Ceciro coça a cabeça. Querubim vê o nome de Isa na ficha técnica.
“Depois a gente vê isto. Amanhã.”
Clara vai embora. Nós vamos fumar e beber Brahma. Marcos chega com seu primo Alex. Vamos ao anfiteatro e, supresa! A iluminação contratada falha! Não pensamos muito: a mesa do AD terá que entrar em ação mais uma vez. Vamos à oficina buscá-la enquanto Querubim descobre que a luz vai foi pro saco. Aí, segundo testemunhas oculares, aquele beija flor virou uma arara azul:
“COMO ASSIM NÃO TEM LUZ?!?!?! E VC AVISA QUINZE MINUTOS ANTES DE COMEÇAR O SHOW!?!?!?” – E por aí foi. Isa nos liga: “Povo; corre que o bicho tá pegando!”
Samuel, o técnico, diz que uma mesa foi... Querubim vira-se para Isa Diaz:
“Não vai dar tempo! O show já devia ter começado...”
“A gente vai ver o que pode fazer!”
“Mas vocês não vão conseguir...”
“A GENTE VAI VER O QUE PODE FAZER!”
Querubim volta pra cadeira, se mordendo. Théo entra na conversa. Ouve os fatos. Nem esquenta: a luz do show agora depende da mesa humilde de um grupo conhecido como ALUCINÓGENO DRAMÁTICO. Como diz meu amigo Márcio “Sabbath”: adoro ver estes neguinhos por cima da carne seca! Ligamos 80% das luzes. E o show começou.

VIGNA VULGARIS veio de Fortaleza e mandou um som legal, mesclando rock, maracatu e teatro. Nada de novo, concordo, algo de fusão entre Chico Science e Cordel do Fogo Encantado, mas nem por isto menos valioso, uma vez que as influencias somam-se a um certo carisma da banda.

Depois, com ares de semi estrelas pedindo para votarem não sei onde para ganharem não sei o quê do caldeirão do Huck, me sobe o top da noite: MEDIDA SALVADORA. E os caras dão o show. Trouxeram até o público e, assim como troueram, levaram embora também. Explico: evidentemente, a banda mais esperada da noite era MEDIDA SALVADORA que, aliás, na programação, está como a última da noite. Ceciro deve ter alterado a programação. Depois que a banda tocou, 60% do público foi embora, deixando o próximo artista sem muito publico e, quem foi o artista? Ceciro Cordeiro.

Com uma dúzia de músicos no palco e uma apresentação escandalosa do Ricardo “Jackson”, CECIRO CORDEIRO subiu no palco com tudo e meteu a boca no microfone – que não funcionava. Era o sinal que algo não estava bem. Eu e Isa vimos poucos. Corremos para encher o rabo no camarim e conversar com Ricardo “Jackson” que revelou ter sido cover do Michael Jackson na década de 90, indo até no Silvio Santos e sendo reconhecido na rua. Cara legal. Errou o nome do Sacha umas quinze vezes durante o projeto, mas legal mesmo assim. Enquanto o isso, o show de Ceciro corria lá não muito bem. Vimos um pedaço do show, eu e Isa. Estava tão preocupado com os outros artistas, a burocracia, os ensaios disto ou daquilo, como deveria ser o cenário, etc, que deve ter esquecido de si mesmo como artista. Minha amiga Yaya Bonneges, filha de Ciço d’Aurora, que fez backing vocal não ficou muito contente com a apresentação, mas seu pai, macaco velho, tentou acalmá-la, e eu também.
“Não esquenta, não, garota. Show de rock n roll é assim mesmo.” – ela me olhou – “Ah, foi de mpb, né? Mierda!”
Sorrisinho simpático.
“Passa no bar pra beber com a gente!” – disse foi lá com o pai: dois grandes músicos. É claro que passamos lá eu e Isa e bebemos um pouco. Ainda de quebra consegui as cifras de uma música do Arrigo Barnabé!

Enfim: fim de noite. Cenário desmontado e guardado. Cerveja e música com amigo Marlboros. Uma e dez da madruga. Hora de ir pra casa. Amanhã é o último dia. Isto prova que Deus existe: estamos esgotados!!!
DIA 23 08 CDC TIDE SETUBAL: TINHA MUITA GENTE LÁ????
Domingo foi um dia ingrato. Choveu. Marcos Antonyo fez o favor de não ir à Oficina e eu levei o cenário até o Tide nas costas, debaixo de chuva. Nada contra andar, mas debaixo de chuva foi foda. Foi nada; Isa estava ali, ao lado. Rimos muito no caminho e, ao virar a esquina do CDC, Hayashi desceu do carro. Xinguei de longe. Ele respondeu e correu para ensaiar: iriam tocar ainda no CEU São Carlos antes de tocar do CDC. Marrom no carro. Entramos. Enquanto o GRAVE passava o som, nós montamos o cenário. Dou uma força no ensaio do Arcanjo, sobretudo na iluminação:
“Sachão, a luz tá aqui!”
“Pois eu to aqui.”
“Mas você tem que ficar debaixo da luz.”
“Então traz ela pra cá!”
Não ia ter jeito. Baiano empacado é pior que jegue botando ovo na ladeira. Enquanto isto, Querubim, com seu chale muçulmano segundo as más línguas, se aproxima de Isa e diz que o Ceciro disse pra ela conversar com o Sacha sobre o contrato pois o Ceciro disse que não estava sabendo de nada. Era a gota d’água que bastava. Baixou Exu Dark Ney a noite toda. Cara fechada, sem muitos amigos, mas tentando manter a esportiva. Marcos Antonyo me chega depois de todo o sufoco. Nem fica roxo, o viado. Fica sabendo do contrato e fica bravo que só puta não paga.
“Que eu vou socá, que eu isso, que eu aquilo, é lavagem, depois você pergunta por que eu jogo o extintor nuns filho das puta por aí, eu vou arrebentar aquele ali...” Etc, etc, etc.
“Quieta o facho, que quem vai resolver é o Sacha”
“Mas você vai escrever algo sobre isto?”
“Vô.”
“Então eu fico mais tranquilo.”
Quietou, mas eu fiquei ali, de olho. Quando baixa o exu Grandão Ruim da Porra, ninguém segura o Marcão!
A noite segue. GUILHERME HILL abre a noite e RAVI LANDIM vem em seguida. Tudo muito, muito comportado. Música instrumental de Alpha FM ou Elevador de grã fino. Em seguida, JULIO VIBES manda seu reggae bem tocado para as oiças alheias. O GRAVE chega do CEU São Carlos. Ceciro corre para Hayashi.
“Tinha muita gente lá?” – pergunta.
“Tava legal lá, bom mesmo. E, sim: tinha publico, sim.”
SACHA ARCANJO sobre e encanta. ANDRÉ MARQUES sobe e canta. Vejo Raberuan ao lado, mas distante. Acabou seu evento, veio prestigiar os amigos. Grande figura! André sai. Sobe o GRAVE. É mais de dez da noite. Tocam sem muita postura de palco ainda, e deixam muito figurão ligado no som diferenciado de tudo que rolou no projeto. Fecham com a canção “Iara”, que arranca aplausos antes mesmo do seu final. Se os colocaram por último por causa do público, danaram-se: foi uma das melhores apresentações. Público? Pergunta por Bob Dylan: ele não anda com o Milton Nascimento!
Fim de evento. Ceciro faz aquele discurso. Eu mal escuto. Estou fumando um cigarro cerrado do Hayashi. Sacha discursa sem querer dizer muito, não. Eu tiro o cenário com Diaz. Marcos partiu há algum tempo, lá pelas nove. Neste momento a meia noite não tarda. John leva o cenário pra Oficina, passagem rápida no Didi e caminho de casa. Cansado e chateado com certas posturas, mas fascinado com as três últimas atrações da noite que, se não bastasse o talento de cada um, ainda tenho o privilégio de tê-los como amigos!
CONCLUSÃO:
O evento juntou boa parte dos artistas da região. Isto não há sombra de dúvidas. Agora, algumas coisas me irritaram muito, e percebo hoje que estes detalhes colocaram alguns possíveis pontos positivos em xeque. Meu trabalho como artista visual, por exemplo, só foi respeitado por dois motivos: primeiro, que eu não deixo barato: se o trabalho é meu, sou eu que faço; o outro, foi a verba que não veio a tempo graças a erros do responsável técnico do projeto, e o Ceciro disse: “Vê lá o que você consegue fazer”. Fiz o que consegui e fiquei frustrado por não poder fazer mais. Várias pessoas elogiaram o trabalho, o que é legal. Mas eu sei que podia ter sido muito melhor se houvesse a tal da verba. A única coisa que o Ceciro comentou sobre o cenário que eu fiz sem verba foi que ele estava torto no CEU. Ouvir asneiras de pessoas como Cristiano Corrêa, que não é um artista e sim um documentador (se é que isto existe), com suas câmeras ligadas com objetivas voltadas para o registro documental e não para a Arte, é tranquilo. Eu sei que ele não diferencia um decorador de um cenógrafo. Agora, ter aos ouvidos artistas que dizem primar pela criação artística e blá blá blá, isto sim é demais!
Outro incomodo: negar o contrato da Isa mesmo vendo que o AD esteve ali todos os dias, cada um dentro de suas possibilidades para auxiliar na realização do evento e iluminando o sábado que poderia ter acontecido em plena escuridão é uma falta de respeito, de caráter e de reconhecimento inaceitável. Jogar também as decisões nas mãos de Sacha Arcanjo – sem ele, o cenário não teria acontecido, além de outros tópicos – e dizer que está fazendo tudo sozinho e ninguém ajuda e blá blá blá... Galera, vamos amadurecer um pouco, né? As coisas não são todas certinhas e embonecadas: a arte não segue o caminho da burocracia e a criação artística não está a serviço das aparências – pelo menos a minha, não!

Mas, enfim... Quem esteve lá que colabore com seu comentário e observação. O projeto se encerra dia 04 de setembro no CEU São Carlos.



Mais informações:
www.cidadedamusica.com.br

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Notícia G.R.A.V.E.

Contrariando todas as expectativas, o G.R.A.V.E. chegou ao CEU!!!

G.R.A.V.E. - Nando Z, Tarcísio Hayashi, Marrom e Luisinho Gago Grego tocarão no CEU São Carlos no dia 23.08.09 às 18:00hs, no projeto INTEGRAÇÃO E RUPTURAS idealizado pelo grupo Pé no Cotidiano.

O projeto se iniciará às 14:00hs com apresentações infantis, seguidas por dança e música.

CEU Pq. São Carlos - Rua Clarear, 141 - Jd. São Carlos.

Quem quiser vá e o resto vocês já sabem...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ARRASTA-ME PARA O INFERNO: SAM RAIMI EM BOA FORMA!


Está nos cinemas o novo filme de Sam Raimi: "Arrasta-me para o Inferno". O criador de "Uma noite Alucinante" está com tudo e não está prosa!

Inteligente, com nojeiras sociais e viscerais, assustador e recheado de surpresas. Em “Arrasta-me para o inferno”, Sam Raimi mete os dedos no sobrenatural e nos traz as entranhas do seu universo mesclando terror à moda antiga, humor, história em quadrinhos e medos primitivos.

Christine Brown, que trabalha num banco realizando empréstimos, para conseguir um cargo superior, nega empréstimo a uma bruxa velha (tirada no mínimo da floresta dos irmãos grimm!) e esta lhe lança uma maldição: em três dias, Lâmia, um demônio que muito nos lembra o mau e velho Belzebu (o deus das moscas: sim, aquele bode humanizado semelhante ao do “Solve et Coagula” dos tratados alquímicos de Eliphas Levi!) arrastará sua alma literalmente para o inferno e, de quebra, nestes três dias, infernizará sua vida, a não ser que ela consiga reverter a maldição.

Maestro nato, o diretor das trilogias “uma noite alucinante” e “Homem Aranha” utiliza sombras, sustos, superstições universais e um ótimo elenco de atores desconhecidos do grande público para dar vida a este belo conto de terror. E Raimi não apela: não há sexo, modelos bonitinhos ou saídas fáceis em seu filme: apenas pessoas comuns que, se em um primeiro momento estão preocupadas em vencer financeiramente na vida, no outro descobrem que há algo mais importante que o vil metal: a necessidade de respirar e caminhar pela terra, possibilitando o simples ato de viver o máximo de tempo possível sem ser arrastado para o inferno.
Recomendo!

SOBRE O FILME:
Título Original: Drag me to Hell
Gênero terror
Ano: 2009
País: EUA
Diretor: Sam Raimi (A morte do demonio. Uma noite Alucinante 2 e 3. Homem Aranha 1,2,3)
Elenco: Alison Lohman, Justin Long e Lorna Raver
Duração: 1h39

Site oficial: http://www.dragmetohell.com

SP CIDADE DA MÚSICA: FIM DE SEMANA MUSICAL NA ZONA LESTE


De 21 a 23 de Agosto, a leste será o palco dos vários músicos que participarão do projeto “São Paulo Cidade da Música”, boa parte deles músicos da região com anos e anos de carreira. Se liguem nas datas e nos artistas:

21 – 19H – CEU SÃO CARLOS (Rua Clarear, 141 – próx à Águia de Haia)
- Coral da Casa de Cultura de São Miguel Antonio Marcos
- VINICIUS CASÉ
- Fábio Lima
- Ronaldo Ferro
- Julio Vibes & banda Ganjazz

22 – 13H – SALÃO SOCIAL SAEM (Rua Victória Simionato – Ermelino Matarazzo)
- Trio Garapé (forró pé de serra)

22 – 15H RUAS DE SÃO MIGUEL (Estação ferroviária ao Mercado Municipal)
- Cortejo de Maracatu com GRUPO BATAKERÊ
- Duo Clássico de flauta e Violino

22 – 20h30 – ANFITEATRO DA EE D PEDRO (Rua Américo Gomes da Costa, 59 – São Miguel)
- Maracatu Vigna Vulgaris
- CECIRO CORDEIRO
- Medida Salvadora (reggae)

23 – 17H CDC TIDE SETUBAL (Rua Mário Dalari, 170 – Jd das Oliveiras)
- Ravi Landim
- Gulherme Hill
- GRAVE (Nando Z, Tarcísio Hayashi, Raimundo Marrom e Luizinho)
- SACHA ARCANJO
- ANDRÉ MARQUES (Direto de Irecê, Bahia)

MAIS INFORMAÇÕES:
www.saopaulocidadedamusica.com.br

sábado, 15 de agosto de 2009

TEORIA DA MEDIOCRIDADE (OU: DISTO, MILLOR JÁ SABIA)

me.dí.o.cre
adj. 1. Médio ou mediano. 2. Que está entre bom e mau. 3. Que está entre pequeno e grande. 4. Ordinário, sofrível, vulgar. S. m. Aquele que tem pouco talento, ou pouco merecimento. (micaelis)


Alguns Quebras (Quebra facão, programa televisivo que não é televisionado, produzido no território do Cabrunco, temporariamente em São Miguel Paulista, ZL, SP, BR) atrás apareceu uma figura da velha guarda – um tal de Eduardo que nem sobrenome tem ou ao menos não se sabe se tem – vomitando com ferocidade sem igual, num desprezo cordial, sobre Marrom, Tarcisio e este que vos escreve, sua verdade, sua moral e sua visão de mundo tão interessante quanto um discusso da CUT ou da Universal, impondo-nos – ou melhor – exigindo nos um comportamento digno de artista consciente de alguma coisa muito importante que irá mudar a vida de alguém – não me perguntem quem! Por um lado, achei super divertido e até acrescentei indagas para provocar o sujeito. Várias vezes nos chamou de medíocre, nos desvalorizou e comprou uma cerveja só pra ele (não que precisássemos). Culto que só, para nos atingir, utilizou um filme do Woody Allen – o qual não recordava o nome nem dos atores, muito menos do filme – para provar como nossa conversa era pobre de espírito, citou Renato “Eu canto em português errado” Russo para justificar uma frase mal colocada, duvidou que conhecêssemos um poeta chamado Fernando Pessoa, chamou de pobre a rima de Genival Lacerda pensando que era minha,... fez um escarcéu (sim, escarrou no céu) o professor da rede publica, dizendo que “artistas não podem pensar como vocês, senão a arte está perdida!” e “no nosso tempo o artista blá blá blá” ou pior ainda, digno de fã babaca da Legião Urbana “vocês me lembram os meus pais!”
E tudo isto por quê? Por causa do retorno carinhoso no Formiguinha II de RM e CC que a gente tava tirando um sarro – afinal, ninguém é de ferro.

Brincadeiras à parte, o sujeito foi muito deselegante e sem senso ao invadir nosso encontro e querer trazer uma realidade forjada em sua mente para nós. Vamos ali para beber e falar besteira. Quando o assunto é sério, seriamos tudo ou vamos ali na calçada – e os mais afoitos na praça, logo ali – fumar um cigarro e comentar isto ou aquilo. Mas via de regra a conversa é escrachada e a puia rola solta lá ele!

Não conversamos para mostrar como somos inteligentes, conhecedores disto daquilo e nem nossa opiniões intelectuais sobre aquela merda social que acabou de acontecer. Não estamos aqui pra isto.

E, particularmente, não sou um careta reacionário por não fumar maconha! Vocês acreditam que o sujeito me chamou disto quando eu disse que não usava drogas (ilegais, que do Marlboro eu não abro mão!)? Imagina este tipo de pessoa! Nada contra quem usa: sempre digo: façam o que quiserem mas não me encham o saco! Mas aí me vem um maconheiro, digo, usuário sem vergonha e licenciado, que possivelmente dá aula de história pra molecada, dizer que ser careta é algo reacionário! Ele liga o uso de drogas a algo extraordinariamente revolucionário e moderno! A revolução dele será realizada por soldados chapados que marcharão em zigue zague atrás de mais uma dose para satisfazer o vazio de seus ideais plantados por idiotas da moral artística!

Enfim, o cara foi ridículo e contraditório. Mas tudo bem, porque os medíocres éramos nós!

Aí, quinta feira, eu, um medíocre esclarecido, encontro um texto do Millôr Fernandes, publicado na Veja em 17/06/09, com o título “Quem tem capa escapa?”, onde Millôr descreve ideais e princípios muitos parecidos com os nossos – com os meus ao menos – a respeito de arte, cultura e política:

“(...) As capas (do Pasquim), como o pessoal do Pasquim, como o uísque do Pasquim, não tinham ideologia. Isto é, tínhamos uma extraordinária, rara, pretensiosa ideologia: a do ‘não estamos nem aí!’.
Não era conosco.
Não tínhamos nada a ver com a solução dos problemas da pobreza, com a nojenta utilização que os ricos fazem do dinheiro, com a mulher fazendo indignados ataques aos homens e se apropriando indevidamente de termos como ‘não me enche o saco’, não dávamos a menor pelota às ameaças do policia (tremíamos apenas, necessariamente, quando a policia batia na porta, utilizando a porta dos fundos como saída de incêndio). Mas estávamos em todas, gozando no mais amplo sentido. (...)”

Os encontros do Quebra Facão refletem este espírito pretensioso de não levar nada a sério, um divertido encontro onde um país imaginário é, ao mesmo tempo, reacionário e revolucionário, onde os ideais são criados a partir do desejo pessoal como em qualquer lugar, mas com um descaramento assumido e zombeteiro. Nossos encontros são divertidos e culturais, sim! E não precisamos ser bonitos ou seguir etiquetas sociais cunhadas por artistas alternativos que desejam mudar o mundo pra não sei aonde, já que esta porra se move tão devagar que nem dá pra ver saindo do lugar ou professores licenciados que acreditam ter alcançado a verdade do mundo quando descobriu na faculdade valores burgueses que seus pais proletários não tinham. Este tipo de gente me diverte e, no máximo, me enoja.

Agora, o que me deixa feliz de certa forma, é que até hoje eu já levei tudo que foi adjetivo na cara: grosso, arrogante, estúpido, metido, e por aí vai. Agora, ser chamado de medíocre foi a primeira vez. Pena que foi por um medíocre de carteirinha!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Diga-me com quem andas e direi se te acompanho

Indaguentos,

Segue abaixo link para o vídeo de denúncia contra um velho conhecido nosso.

Vejam e comentem.

http://www.youtube.com/watch?v=QtrkHdTi-QI

Abraço,

P.S: Caidum Chutaduns Est

Sociedade do Cabrunco

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sacha Arcanjo + G.R.A.V.E + Eder Fersant

No próximo sábado, por volta das 20:00 hs os três acima se apresentarão no Bar do Camacho, em frente à delegacia de Itaquera. Xote, Maracatu e Baião, tudo isso eu trouxe no meu matulão...

Quem quiser que vá.

Se não quiser não vá e não encha o saco!

Abraços.