segunda-feira, 28 de julho de 2008

JÚPITER MAÇÃ NO OUTS EM 26/07/08. NÓS ESTIVEMOS LÁ!

Entramos no Canalhoprata e cortamos a Leste pela Radial, demos um jeito de sair na Consolação e entramos na Augusta, já observando a bela prostituta loira que trabalhava naquele frio glacial, no fog londrino, em São Paulo no inverno (bom, já deu pra entender, né?).
Eu - Claudemir Santos, vulgo Dark'Ney (como diria meu amigo Márcio Leandro "Sabbath") - Tarcísio Hayashi, Bárbara Ramos e o bom e velho e negro John saímos do estacionamento e colocamos os pés sujos na Rua Augusta, sem dó.
Já passava um pouco da meia noite quando entramos no OUTs. Pra entrar, uma frescura danada. Como tudo lá é informatizado, tinha um tal de scanner de dedo. Só que ele não lia direito - ou não foi com a cara, digo, com o dedo do Hayashi e do John (os únicos que tinham dinheiro no rolê!). Depois que entramos, uma sessão de rock goiaba que, pelo amor de Deus! Não somos acostumados com isso, sabe como é, né? Tocaram até A-ha, lembra daqueles menininhos da Noruega? Bom, tudo bem que a gente cantou "Take on me" numa animação suspeita, mas juro que era zoeria.
Aí, meu amigo leitor, você cai em si e pergunta: Mas que porra vocês foram fazer lá?
E eu respondo: Ver o Show do Júpiter Maçã, meu amigo! Pois é; o que a gente não faz por uma boa dose de rock n roll? E nós tivemos nossa dose de Rock n roll, baby!
Júpiter e sua banda chegaram por volta das 2h30 da madruga e subiram no palco umas 3h. Os componentes da banda num estilo r n r inconfundível, e o Júpiter tão andrógino quanto David Bowie em Ziggy Stardust (mas sem maquiagem, evidentemente!) Após uma introdução britânica, atacaram com "querida superhist X Mr Frog". Aí, já viu, né? Delírio total! Acido lisérgico injetado no corpo através de guitarra, baixo e bateria, o que não se vê todo dia. Boa parte do repertório foi do mais recente CD "Uma tarde na fruteira", mas ele também tocou várias canções do "Sétima Efervescência" e uma ou duas do "Plastic Soda". Parte do público era fã do Júpiter, mesmo. Os outros, deviam ser freqüentadores assíduos do local classe média e meia bomba. Dava pra ver na cara quem conhecia e quem não conhecia. Mas o povo pareceu gostar da novidade. Ninguém ficou parado naquele cubículo enxadrezado.
O que me deixou feliz, além da formação da banda e da consistência musical que não ficou devendo para os cds que são superproduzidos em estúdio, foi que Júpiter mandou muito bem no palco e segurou a onda. Foram 17 músicas que deixaram o público em êxtase, com direito a um strip tease parcial do artista e uma história sobre ele nas ruas de São Paulo. Após "essência interior", eles tocaram outra canção com pegada britânica (naturalmente em inglês) e desplugaram o equipamento. Era o fim do show. A gente ainda deu uma de tiete e pegamos autógrafos da banda inteira. O Júpiter, naturalmente, estava gentil e super chapado. Os outros componentes foram legais e até conversaram um pouco conosco. No fim das contas, já era quase 6h, e foi outra novela pra sair do Outs. Era um tal de botar e tirar o dedo do scanner que foi impossível não pensar sacanagem. Mas a noite estava ganha: Júpiter Maçã havia realizado um puta show. E assim, felizes e saciados, entramos no Canalhoprata e cruzamos o centro em direção a Zona Leste.
Uma semana antes, no dia 19/07, estivemos no show Era Iluminada: Tropicália, que rolou no Sesc Pompéia, onde vários artistas cantaram canções que fizeram parte ou tinham a ver com o movimento tropicalista. Entre eles, Júpiter Maçã. A gente foi pra ver o cara, mas ele tava tão chapado que só conseguiu cantar "A marchinha psicótica de Dr. Soap". No entanto, nos presenteou com uma performance fantástica do jogador de futebol durante uma música de jorge Benjor. Depois, no final, voltou ao palco conduzido pela mão por ninguém menos que Tom Zé. O que nos deixa muito contente com tudo isto, é que o Júpiter é um artista autêntico e um ser humano comum que, assim como qualquer outro, tem seus altos e baixos. Só tem o seguinte, neguinho: quando ele voar baixo, isto já pode ser muito alto pra você. Então, nego, quando ele voar alto, sai debaixo... Ou se apaixone!
(repertório do show: INTRODUÇÃO - QUERIDA SUPERHIST X MR. FROG - SINDROME DE PÂNICO - CARVÃO SOBRE TELA - PLATAFORMA 6 - BEATLE GEORGE - MADEMOISELLE MARCHANT - PICTURES AND PAINTS - WELCOME TO THE SHADE - A MARCHINHA PSICÓTICA DE DR. SOAP - SILVER THE SAILOR - AS MESMAS COISAS - UM SORVETE COM VOCÊS - UM LUGAR DO CARALHO - CACHORRO LOUCO - ESSÊNCIA INTERIOR - INTRODUÇÃO)

Um comentário:

Barbara Ramos disse...

Eu não dei uma de tiete não, fiquei o tempo todo tentando atravessar a porra de um rio (e como estava difícil) e nem vi o Júpiter passar. Muito bom o show...