segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SÃO PAULO CIDADE DA MÚSICA: COBERTURA COMPLETA DO EVENTO






Foram três dias, dezesseis atrações e indaga – muita indaga! Não poderia eu furtar-lhes os acontecimentos deste evento que, se para alguns não foi lá estas coisas, para outros foi o primeiro grande evento do ano – apesar de ter ocorrido no final de Agosto.

Amando ou detestando, devemos admitir que o norte do projeto foi nobre: vários artistas da região e convidados participaram mostrando seu trabalho para quem estivesse lá para ver – diferente do projeto Integrações e Rupturas, do Raberuan, que reuniu um número menor de artistas em um único dia (e, talvez por isto, parece ter funcionado melhor que o de Ceciro Cordeiro).
Mas onde será que “erramos” no SP Cidade da Música? Eu, como cenógrafo do projeto que foi até chamado de decorador e tive que botar o pau na mesa para que não metessem o bedelho na minha criação artística, sinto-me à vontade para citar alguns acontecimentos dos bastidores deste evento, escondendo apenas alguns santos por uma questão de ética, mas relatando todos os milagres ocorridos.

DIA 21 08 – CEU SÃO CARLOS: PADARIA NÃO É FERRO VELHO!!!

Chegamos de táxi, pago por Sacha Arcanjo, as 19:05h. Evidentemente estava tudo atrasado. Em vinte minutos, meus painéis estavam pendurados na vara 17 do teatro do CEU SÃO CARLOS. Um painel central com o violino do cartaz e outros dois abstratos expressionistas em tons entre amarelo e vermelho. Possibilidades de cores e movimentos. Zé da Lua vem, aperta minha mão e elogia o trabalho. Sacha Arcanjo some para de trás do palco e auxilia os músicos. Eu e Marcos Antonyo sentamos na última fileira. Aí me aparece Ceciro Cordeiro sem falar muito. Senta à esquerda. Um ar de preocupado com a qualidade das apresentações – ele bateu muito nesta tecla com artistas e técnicos, mas bateu tanto que até esqueceu de ligar a sua, como veremos adiante. Isto já é quase oito da noite.

O CORAL DA CASA DE CULTURA ANTONIO MARCOS entra no palco. Um trabalho simples e bonito com vozes que iniciam a noite e um violão. Após, VINICIUS CASÉ entra com um percussionista e manda “Disritmia”, Ricardo “Jackson”, o mestre de cerimônia, diz que foi a versão mais bela da música que ele já viu em sua vida. Ceticismo do público. Vinicius segue. Segunda música. Vai pro piano, se sente Axel Rose, manda outra canção. Despede-se do público. Só três??? Há sacanagem no ar! E, falando em sacanagem, Marcos Antonyo comentou que Vinicius, com sua voz tão peculiar, podia ser locutor pornô ou regravar na integra o disco Super Erótica (aquele da capa verde, que tem a famosa música “Je t’aime mon no plus”, lembram?)

Voltemos ao CEU. FÁBIO LIMA sobe no palco. Nós saímos da platéia. Dizem as línguas que seu show foi bom e cheio de ritmo. Ouvimos duas músicas e a fome bateu. Acabamos no buteco em frente ao CEU, fumando, pois, segundo o dono “Tá muito frio pro fiscal sair de casa”, bebendo e conversando com Vinicius Casé e com a simpática Cibele Nogueira Vaz, cantora diretamente da praia de Santos. Ali ficamos por um bom tempo falando sobre vários assuntos. Por um destes assuntos, RONALDO FERRO subiu no palco e, apesar de ser guitarrista, teve o baixo num volume superior durante a primeira música. Nisso, Ceciro Cordeiro apareceu no bar e Casé o chamou.
“O Ceciro, sobre o cachê...”
“Lê o contrato!” – diz Ceciro, com aquela arrogância burrocrática.
“Eu li” – diz Vinicius – “É por isto que eu quero conversar!”
“Di hoje a vinti!” – Diz Ceciro e sai do recinto. Sorrisos céticos. Confiança não se pede, se conquista, não é mesmo?
A conversa seguiu solta. Nando Z, Marrom e Eder passaram por ali e correram para o bar do Camacho para buscar os equipamentos do GRAVE, que tocaria no Domingo. Vão-se. Entra no bar um garoto com alguma muamba. O dono do bar é enfático.
“Aqui é padaria, meu filho, não ferro velho!”
Era verdade! O buteco era uma padoca. Pães estranhos e salgados vencidos no aquecedor desligado. Cigarros acesos a apagar a lei de um Estado estúpido e doido por fascismo. Loira de Santos sexy e simpática, artistas e nomes de artista. Frio glacial de São Paulo. Se o evento acabasse ali, teria sido uma bela noite. Mas ele findou só no domingo.

Voltamos para o CEU dez e meia. Tudo no fim. Desmontamos o cenário e SILVIO ARAUJO nos deixou na porta da Oficina Cultural Luiz Gonzaga. O primeiro dia chegava ao fim. No outro dia, estaria ali meio dia para ir para Ermelino. Eu e Arcanjo damos uma passadinha rápida no Didi. Talagueta. Cerveja. Sacha liga para Nando Z. Ainda no Camacho.
“Espera a gente aí!”
“Lá, ele!”
Saímos voado. Dormir que ninguém é de ferro. Amanhã o show continua.

DIA 22 08 SAEM 13H – SE RECLAMAR MUITO, EU VOU EMBORA!!!

Começou cedo. Eu, no momento sagrado do banho seguido de bronha, e o telefone toca. Clara Barbosa querendo saber que hora na oficina. “Mãe, diz que é onze!”. Ela diz. Clara desliga. Bronho, banho e me arrumo. Mal desoro o sovaco, Ceciro liga exigindo minha presença o mais rápido possível porque o evento tava atrasado.
“Atrasado às onze Ceciro? Mas não começa as 13?”
“Vem logo, cacete!”
“To indo.”

Desliga. Noto que o numero que ele ligou para o meu celular é o mesmo que o Sacha me deu para falar com ele e que a pessoa do outro lado disse que o numero não era mais do SAEM. Será que pensaram que era do CQC?

Chego em São Miguel meio dia. Silvio Araújo me espera. Clara também. Entramos no carro de Silvio com o cenário e tocamos para Ermelino Matarazzo.

Uma vez lá, montamos o cenário. Dez pra uma está tudo pronto. Nossa parte, ao menos. O cara tá ajustando o som. Ceciro naquele estado de nervo inventa de pilhar o cara. Mas o cara não tá pra bincadeira:
“Escuta aqui, ô: o senhor marcou comigo as nove e chegou as onze. Por isto, não me enche muito o saco, não, se não eu desmonto tudo e vou embora.”
Ceciro, que já não tem o olho pequeno, pasma. Silvio Araújo, que merece um cargo no Itamaraty depois dessa, bota pano quente e acalma o cara do som, que trabalha meio que olhando de lado. Do lado de fora, Ceciro ainda me fala que o cenário tava torto no CEU e que eu não devo me atrasar no D Pedro I e blá blá blá. Dou sorrisos e fumo marlboro. Vocês não viram a cara do cara da mesa de som!

A casa está cheia. Clara acha lindo tudo aquilo; aquele bairro participativo, blá blá blá. Só depois saberíamos que a casa tava cheia porque era reunião de casa, mutirão, coisas assim, de ONG. Até aí, que novidade? Desde quando a tal da massa tá preocupada com cultura? A televisão nos dá tudo ao apertar o botão...

Mas o TRIO GARAPÉ sobe no palco e toca um forró com gosto. (aliás, Hayashi, pensando bem, que é que tem o sanfoneiro tocar a zabumba? E se o bicho for multi instrumentista?). O show corre animado e mostra o poder da música de Luiz Gonzaga, Sivuca, Jackson do Pandeiro e João do Vale, além das músicas próprias do grupo. Um belo show. No meio, Ceciro me chega:
“Quando acabar, você desmonta correndo!” – Viro lobisomem no asfalto:
“Cê vai ficar me pilhando, é?”
“Não, é que no final vamos passar uns slides no datashow”
Fim de show. Cenário desmontado em dois minutos. Voltamos ao carro de Silvio Araújo. Desembarcamos no estacionamento do D Pedro e corremos para a Luiz Gonzaga. Retoque no cenário, fome da porra e Clara me leva pra comer uma feijoada na casa do norte do Serjão. Depois, a pequena dorme docemente enquanto eu adianto algumas coisas. Marcos manda uma mensagem dizendo que não virá. Dezesseis horas quando Clara acorda e vamos para o anfiteatro D Pedro. A apresentação começará 20:30h.

DIA 22 08 ANFITEATRO DO D PEDRO I 20:30H – MESA DO AD SALVA O ROLÊ!!!

No D Pedro I, acabamos de retocar o cenário, que é elogiado por velhos conhecidos que passam e até por Querubim, que pede para acrescentar os símbolos da ong e do Estado de São Paulo. Nisto chega Isa Diaz daquele jeito... A noite vai ser boa. Montamos o cenário a muito custo e Isa vai a Querubim para assinar o contrato da iluminação. Procura. Não acha Isa. Ceciro chega. Diz que não a reconhece e que desconhece seu contrato.
“Você ensaiou a iluminação?” – pergunta a ela.
“Que ensaio de iluminação, Ceciro?” – pergunto meio puto – “iluminação se faz com mapa de palco!”
“Quem te contratou? Você falou com quem?”
“Com o Sacha.”
Ceciro coça a cabeça. Querubim vê o nome de Isa na ficha técnica.
“Depois a gente vê isto. Amanhã.”
Clara vai embora. Nós vamos fumar e beber Brahma. Marcos chega com seu primo Alex. Vamos ao anfiteatro e, supresa! A iluminação contratada falha! Não pensamos muito: a mesa do AD terá que entrar em ação mais uma vez. Vamos à oficina buscá-la enquanto Querubim descobre que a luz vai foi pro saco. Aí, segundo testemunhas oculares, aquele beija flor virou uma arara azul:
“COMO ASSIM NÃO TEM LUZ?!?!?! E VC AVISA QUINZE MINUTOS ANTES DE COMEÇAR O SHOW!?!?!?” – E por aí foi. Isa nos liga: “Povo; corre que o bicho tá pegando!”
Samuel, o técnico, diz que uma mesa foi... Querubim vira-se para Isa Diaz:
“Não vai dar tempo! O show já devia ter começado...”
“A gente vai ver o que pode fazer!”
“Mas vocês não vão conseguir...”
“A GENTE VAI VER O QUE PODE FAZER!”
Querubim volta pra cadeira, se mordendo. Théo entra na conversa. Ouve os fatos. Nem esquenta: a luz do show agora depende da mesa humilde de um grupo conhecido como ALUCINÓGENO DRAMÁTICO. Como diz meu amigo Márcio “Sabbath”: adoro ver estes neguinhos por cima da carne seca! Ligamos 80% das luzes. E o show começou.

VIGNA VULGARIS veio de Fortaleza e mandou um som legal, mesclando rock, maracatu e teatro. Nada de novo, concordo, algo de fusão entre Chico Science e Cordel do Fogo Encantado, mas nem por isto menos valioso, uma vez que as influencias somam-se a um certo carisma da banda.

Depois, com ares de semi estrelas pedindo para votarem não sei onde para ganharem não sei o quê do caldeirão do Huck, me sobe o top da noite: MEDIDA SALVADORA. E os caras dão o show. Trouxeram até o público e, assim como troueram, levaram embora também. Explico: evidentemente, a banda mais esperada da noite era MEDIDA SALVADORA que, aliás, na programação, está como a última da noite. Ceciro deve ter alterado a programação. Depois que a banda tocou, 60% do público foi embora, deixando o próximo artista sem muito publico e, quem foi o artista? Ceciro Cordeiro.

Com uma dúzia de músicos no palco e uma apresentação escandalosa do Ricardo “Jackson”, CECIRO CORDEIRO subiu no palco com tudo e meteu a boca no microfone – que não funcionava. Era o sinal que algo não estava bem. Eu e Isa vimos poucos. Corremos para encher o rabo no camarim e conversar com Ricardo “Jackson” que revelou ter sido cover do Michael Jackson na década de 90, indo até no Silvio Santos e sendo reconhecido na rua. Cara legal. Errou o nome do Sacha umas quinze vezes durante o projeto, mas legal mesmo assim. Enquanto o isso, o show de Ceciro corria lá não muito bem. Vimos um pedaço do show, eu e Isa. Estava tão preocupado com os outros artistas, a burocracia, os ensaios disto ou daquilo, como deveria ser o cenário, etc, que deve ter esquecido de si mesmo como artista. Minha amiga Yaya Bonneges, filha de Ciço d’Aurora, que fez backing vocal não ficou muito contente com a apresentação, mas seu pai, macaco velho, tentou acalmá-la, e eu também.
“Não esquenta, não, garota. Show de rock n roll é assim mesmo.” – ela me olhou – “Ah, foi de mpb, né? Mierda!”
Sorrisinho simpático.
“Passa no bar pra beber com a gente!” – disse foi lá com o pai: dois grandes músicos. É claro que passamos lá eu e Isa e bebemos um pouco. Ainda de quebra consegui as cifras de uma música do Arrigo Barnabé!

Enfim: fim de noite. Cenário desmontado e guardado. Cerveja e música com amigo Marlboros. Uma e dez da madruga. Hora de ir pra casa. Amanhã é o último dia. Isto prova que Deus existe: estamos esgotados!!!
DIA 23 08 CDC TIDE SETUBAL: TINHA MUITA GENTE LÁ????
Domingo foi um dia ingrato. Choveu. Marcos Antonyo fez o favor de não ir à Oficina e eu levei o cenário até o Tide nas costas, debaixo de chuva. Nada contra andar, mas debaixo de chuva foi foda. Foi nada; Isa estava ali, ao lado. Rimos muito no caminho e, ao virar a esquina do CDC, Hayashi desceu do carro. Xinguei de longe. Ele respondeu e correu para ensaiar: iriam tocar ainda no CEU São Carlos antes de tocar do CDC. Marrom no carro. Entramos. Enquanto o GRAVE passava o som, nós montamos o cenário. Dou uma força no ensaio do Arcanjo, sobretudo na iluminação:
“Sachão, a luz tá aqui!”
“Pois eu to aqui.”
“Mas você tem que ficar debaixo da luz.”
“Então traz ela pra cá!”
Não ia ter jeito. Baiano empacado é pior que jegue botando ovo na ladeira. Enquanto isto, Querubim, com seu chale muçulmano segundo as más línguas, se aproxima de Isa e diz que o Ceciro disse pra ela conversar com o Sacha sobre o contrato pois o Ceciro disse que não estava sabendo de nada. Era a gota d’água que bastava. Baixou Exu Dark Ney a noite toda. Cara fechada, sem muitos amigos, mas tentando manter a esportiva. Marcos Antonyo me chega depois de todo o sufoco. Nem fica roxo, o viado. Fica sabendo do contrato e fica bravo que só puta não paga.
“Que eu vou socá, que eu isso, que eu aquilo, é lavagem, depois você pergunta por que eu jogo o extintor nuns filho das puta por aí, eu vou arrebentar aquele ali...” Etc, etc, etc.
“Quieta o facho, que quem vai resolver é o Sacha”
“Mas você vai escrever algo sobre isto?”
“Vô.”
“Então eu fico mais tranquilo.”
Quietou, mas eu fiquei ali, de olho. Quando baixa o exu Grandão Ruim da Porra, ninguém segura o Marcão!
A noite segue. GUILHERME HILL abre a noite e RAVI LANDIM vem em seguida. Tudo muito, muito comportado. Música instrumental de Alpha FM ou Elevador de grã fino. Em seguida, JULIO VIBES manda seu reggae bem tocado para as oiças alheias. O GRAVE chega do CEU São Carlos. Ceciro corre para Hayashi.
“Tinha muita gente lá?” – pergunta.
“Tava legal lá, bom mesmo. E, sim: tinha publico, sim.”
SACHA ARCANJO sobre e encanta. ANDRÉ MARQUES sobe e canta. Vejo Raberuan ao lado, mas distante. Acabou seu evento, veio prestigiar os amigos. Grande figura! André sai. Sobe o GRAVE. É mais de dez da noite. Tocam sem muita postura de palco ainda, e deixam muito figurão ligado no som diferenciado de tudo que rolou no projeto. Fecham com a canção “Iara”, que arranca aplausos antes mesmo do seu final. Se os colocaram por último por causa do público, danaram-se: foi uma das melhores apresentações. Público? Pergunta por Bob Dylan: ele não anda com o Milton Nascimento!
Fim de evento. Ceciro faz aquele discurso. Eu mal escuto. Estou fumando um cigarro cerrado do Hayashi. Sacha discursa sem querer dizer muito, não. Eu tiro o cenário com Diaz. Marcos partiu há algum tempo, lá pelas nove. Neste momento a meia noite não tarda. John leva o cenário pra Oficina, passagem rápida no Didi e caminho de casa. Cansado e chateado com certas posturas, mas fascinado com as três últimas atrações da noite que, se não bastasse o talento de cada um, ainda tenho o privilégio de tê-los como amigos!
CONCLUSÃO:
O evento juntou boa parte dos artistas da região. Isto não há sombra de dúvidas. Agora, algumas coisas me irritaram muito, e percebo hoje que estes detalhes colocaram alguns possíveis pontos positivos em xeque. Meu trabalho como artista visual, por exemplo, só foi respeitado por dois motivos: primeiro, que eu não deixo barato: se o trabalho é meu, sou eu que faço; o outro, foi a verba que não veio a tempo graças a erros do responsável técnico do projeto, e o Ceciro disse: “Vê lá o que você consegue fazer”. Fiz o que consegui e fiquei frustrado por não poder fazer mais. Várias pessoas elogiaram o trabalho, o que é legal. Mas eu sei que podia ter sido muito melhor se houvesse a tal da verba. A única coisa que o Ceciro comentou sobre o cenário que eu fiz sem verba foi que ele estava torto no CEU. Ouvir asneiras de pessoas como Cristiano Corrêa, que não é um artista e sim um documentador (se é que isto existe), com suas câmeras ligadas com objetivas voltadas para o registro documental e não para a Arte, é tranquilo. Eu sei que ele não diferencia um decorador de um cenógrafo. Agora, ter aos ouvidos artistas que dizem primar pela criação artística e blá blá blá, isto sim é demais!
Outro incomodo: negar o contrato da Isa mesmo vendo que o AD esteve ali todos os dias, cada um dentro de suas possibilidades para auxiliar na realização do evento e iluminando o sábado que poderia ter acontecido em plena escuridão é uma falta de respeito, de caráter e de reconhecimento inaceitável. Jogar também as decisões nas mãos de Sacha Arcanjo – sem ele, o cenário não teria acontecido, além de outros tópicos – e dizer que está fazendo tudo sozinho e ninguém ajuda e blá blá blá... Galera, vamos amadurecer um pouco, né? As coisas não são todas certinhas e embonecadas: a arte não segue o caminho da burocracia e a criação artística não está a serviço das aparências – pelo menos a minha, não!

Mas, enfim... Quem esteve lá que colabore com seu comentário e observação. O projeto se encerra dia 04 de setembro no CEU São Carlos.



Mais informações:
www.cidadedamusica.com.br

6 comentários:

Anônimo disse...

Resgistre-se que o evento Integração e Rupturas rolou em duas datas. O dia 23 foi o segundo dia de evento.

Não tem problema sanfoneiro tocar zabumba, mas você errou a letra neguinho! Não vem não!

Fiquei um pouco frustrado também quanto ao número de músicas que pudemos tocar. Não é por nada, por achar que sou foda e tal... o lance é que a gente ensaiou um número X de músicas, dentro do tempo estipulado para a banda e na hora tivemos que cortar para apenas quatro músicas em virtude de atrasos nos projetos.

Achei o clima do Integração e Rupturas bem mais leve, mais de boa que o SP Cidade da Música. Rolou menos burocracia (a grana ainda não saiu, mas teve menos frescura). Frise-se: o que o Integração e Rupturas fez o Baturbanos já fazia. Não foi pra frente pela imaturidade dos organizadores e participantes, mas a idéia já tava lá ao contrário do que pensam alguns artistas revolucionários. Não to querendo me gabar, nem organizava aquela porra, mas é bom pro povo ver que o Quebra-Facão não é só um programa de índio. Tem gente que pensa lá (às vezes, pq ninguem é de ferro). Me frustrou também a qualidade de som do palco do SP Cidade da Música, pois havíamos passado o som e tava muito legal, mas na hora de tocar mermo não rolou a parada...

Claudema: é AXL não AXEL (paga pau é foda né?)

Anônimo disse...

Digo mais: achei a intenção de ambos os projetos muito boa. Se a parada continuar e evoluir vai sair coisa muito boa dessa panela.

Claudemir "Dark'ney" Santos disse...

Axl se fosse o Rose, mas era o Vinicius!

Nando Z disse...

Bom também, Claudema gostei do resumo mermo acho que ñ preciso nem ir no quebra quarta pra indagar!!! rs, pois é agora fica a expectativa pra continuidade deste projeto e auto-avaliação do nosso colega Ceciro, pois GRAVE ,que foi muito cobrado fez sua parte como toda boa parte dos musicos da região,o que parece ter sido o problema principalmente na tecnica foi contratar por parecer ser "bom", e uma negativissima pra mim é ter dois projetos de bom porte organizados por companheiros de musica e politicas culturais como ambos são os nossos amigos "dinossauros" acontecendo simultaneamente, é surreal eles conseguiram algum "status" por conta do MPA,da união de todos agora que conseguiram amplitidão para alçar verbas, se dissipam, tudo bem ñ precisam todos organizar um projeto só mais velho...o ano tem 48 fins de semana e no final quem se lasca é agente que tem que correr pra porra!! rs


bem é isso e agora alguem tem que indagar mais sobre o rupturas

Claudemir "Dark'ney" Santos disse...

Mermo di mermo!

Barbara Ramos disse...

Sem frustrações neguinho,acho que você conseguiu mostrar que mesmo sem verba você fez sua parte, seu trabalho estava muito bom, di mermo e com a luz então ficou mais bacana ainda, agora quanto ao nosso lobo em pele de cordeiro, acho até que já passou do tempo de amadurecer, fica andando em circulos igual galinha choca e joga a responsa nos outros.
Com tudo a iniciativa é boa, quem sabe se o projeto for pra frente fique melhor.
obs. Esse tal Cristiano é um Chaaato.