quarta-feira, 5 de novembro de 2008

1984

O ano de em que eu cheguei neste mundão grande, velho e sem porteira...

Acabei de ler o livro com o título em epígrafe (tardiamente, confesso) e puta merda... o livro é do caralho! No começo me deu a impressão de que se tratava de uma severa crítica ao socialismo, porém ao avançar algumas páginas me dei conta de que se focar somente no regime sócio-econômico é perder quase todo a idéia do livro.

George Orwell (na minha visão) fala sobre o ser humano e seus vícios, egoísmo, ego, ganância e principalmente o PODER que se tem sobre alguém, e não interessa muito se este poder seja sobre algo realmente grandioso. É simplesmente o poder pelo poder.

Há passagens em que senti esperança em alguma coisa que não sei o que é (exatamente como Winston), a despeito da minha um tanto quanto pessimista visão sobre o caminhar da humanidade, mas durou pouco.


Eric Arthur Blair (aka George Orwell) descreve a distopia humana, e creio que cabe a cada leitor ter a sua UTO ou DISTOpia, afinal não sou eu que vou impor nesta postagem o duplipensar...

P.S.: Agora me dei conta do nome do programa Big Brother (Grande Irmão) e suas teletelas. Demorei...

3 comentários:

Claudemir "Dark'ney" Santos disse...

Caraio! E não este japonês, além de tocar pra porra, também sabe escrever?
Danou-se!

Sobre o Big Brother, diz a lenda que a família do Orwell vendeu os direitos (sei lá do quê) para a tv holandesa, que proliferou este programa no mundo. Não sei se é verdade, se for, é uma pena. Trocar toda a visão do livro por meia dúzia de babacas dentro de uma casa pra neguinho ficar se masturbando é foda!

Tiago Bode disse...

No fundo não somos todos filhos de Orwell (ou do Grande Irmão)?

Escobar Franelas disse...

Ô cara, o phoda dessa história é que o pseudo-filósofo Humberto Gessinger(Eng. Hawaí) tinha certa razão: "Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada(...)O fascismo é fascinante, deixa a gente tão errada e fascinada". Mas... "se tudo passa, talvez vc passe por aqui". A propósito, na sua introdução tu fala de um mundão sem porteira. Temo que agora o grande lance é justamente botar porteira em tudo: na Marginal, na fronteira, na porta de casa, nos jardins, nas praças, nos filhos, até na musamada!... Porteira e crachá.