sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

NAS PREGAS DA ESTRÉIA ou Dois Perdidos numa cidade in nuda!

Ontem iniciou-se o MotoFestival 2009. Hayashi e eu estivemos lá para sapear o evento e conhecer o palco onde acontecerá a estréia de SOBRE DUAS RODAS. Nos encontramos no tal metrô Vila Matilde e seguimos conversando sobre filmes, músicas e assuntos pessoais que não interessam ao Nando Z, a não ser que seja quarta feira e ele compareça ao QUEBRA FACÃO - do qual o mesmo anda sumido. Melhor nem comentar.

Enfim:

PARTE UM: O SILÊNCIO E A PALAVRA DO SÁBIO JAPONÊS

Descemos no metrô Jabaquara e andamos até o Centro de Exposições Imigrantes (ali do lado, mermo!). Lá, encontramos o mecenas que mostrou um palco de desfile - sim, Clara, aquele em forma de T que você diz nunca ter visto! - eu remunguei alguma coisa e o Homem disse:
"Mas você já tá reclamando?"
"Teremos problemas com voz." - eu disse.
"Tem microfone."
Microfone comum, ele quis dizer.Olhei pro Tarcísio. O bicho quieto.
Andamos pelo evento que ainda não estava de todo organizado. Pouca gente, algumas empresas, várias modelos contratadas daquele porte lá que todo mundo gosta de ver em comerciais, musas de beleza etérea de todas as cores alturas e uma única forma: a boa e velha beleza padronizada e estipulada pela sociedade. Mulher gostosa vai, mulher gostosa vem.
O japonês lá, quieto.
Andamos pelo espaço, nosso mecenas me chama e apresenta um padre motociclista que fará um ato ecunêmico antes do espetáculo. O padre tem um notebook. Hayashi vê e fica ali. Quieto.
Três cigarros depois, procuramos uma das organizadoras para que possamos acertar os detalhes a apresentação. Ela pede vinte minutos, pois está meio ocupada no momento e blá, blá, blá. Olho pro Samu. Ele nada diz. Esperaremos.
Diante da espera, Hayashi, num momento de derrota proeminente, diz:" Vamos tomar uma cerveja". Detalhe: só há uma barraca da cerveja Sol e de longe, vimos que eles só tinha Bavária. Mas desespero é desespero e nestas horas a gente fuma até Hollywood. Sentamos à mesa. A vendedora aproxima-se com o sorriso mais iluminado do mundo.
"Duas cervejas, por favor" - diz o Japonês, enfim.
"É Bavária, moço." - diz ela, para nos lembrar o pior... Mas o pior estava por vir: "É Bavária sem álcool."
Hayashi levantou mais rápido que gato quando pisam no rabo. A vendedora protesta algo, mas Hayashi é catedrático:
"A cerveja, sem álcool, perde seu fundamento!"
A vendedora concordou e perdeu o cliente.
Voltamos ao árduo trabalho. E o japonês? Quieto. Quieto e seco.

PARTE DOIS: SINDROME DE GENE KELLY

Uma hora depois conseguimos falar com uma das organizadoras que espantou-se muito com o fato de utilizarmos cenário e iluminação no espetáculo teatral. (é isso mesmo que vocês leram, e eu não farei um comentário maldoso porque ela era mulher, era bonita e tem todo o direito de não saber merda nenhuma sobre produção teatral, esta coisa chata que eu sou obrigado a fazer para poder viver indignamente!). Depois de acalma-la e chegar a um acordo depois de mentir quilos e quilos, fugimos de lá e pegamos o caminho de volta para o metrô. Quando cruzamos a ponte, num ponto onde já não havia nada em lugar nenhum, do céu veio uma daquelas chuvas maravilhosas que inundam aqui e ali em São Paulo. Continuamos andando e conversando enquanto a chuva engrossava e ensopava nossa roupa. Só nos convencemos que um abrigo seria legal quando sentimos a água gelada molhar nossos órgãos genitais ou, como disse Hayashi: "Caraio, meu saco tá molhando! Meu saco tá molhando!"
Ficamos alguns minutos sob um ponto de ônibus, junto com uma mulher, sua filha e um cachorro vira lata. A água chegava no calcanhar e não deu trégua à minha bota espanhola de pele de cobra. Ai que ó-di-o! A chuva foi passando aos poucos. A mulher foi-se com a criança. Um pouco depois, o cachorro. Depois, tomamos coragem e andamos até o metrô. Ensopados, sem perder la ternura jamás!

PARTE TRÊS: FIM DE TARDE CULTURAL E SUAS CONCLUSÕES

Descemos na Vergueiro e fomos à Biblioteca do Centro Cultural São Paulo, onde Hayashi pesquisou sobre o CARNAVAL DE SORSONA, na Espanha. Eu ajudei, é claro, e molhamos o chão da Biblioteca assim como fizemos com os bancos do metrô. Depois, entramos na sala Lima Barreto e assistimos a um filme de FASSBINDER (O episódio cinco do Berlin Alexanderplaz 13. Precisamos ver este negócio todo: Fassbinder é fascinante!). Bom, o Tarcísio assistiu mais que eu porque eu dormi tremendo de frio uns bons pedaços de película (bicho, comenta sobre o público depois, comenta!) Após o filme, entramos no bar das baratas lésbicas e, um conhaque e uma cerveja depois, fomos embora, com as roupas ainda molhadas. Antes, porém, decidimos alguns pormenores sobre a estréia no sábado.
1. poderemos dormir até mais tarde e chegar lá por volta das 16h, já que a apresentação será às 19h;
2. deveremos levar talaguetas e demais bebidas álcoolicas enrustidas: lá só tem cerveja sem álcool;
3. deveremos ter cigarros reservas: lá não vendem cigarros;
4. tentaremos trabalhar com microfones: lá o espaço é aberto;
5. talvez role uma apresentação extra no domingo - se eles gostarem. Se eles não gostarem, talve não role apresentação nunca mais, exceto pela tradicional na Luiz Gonzaga.
Ainda não ficou decidido o que faremos após a estréia. Pra onde iremos? O que Faremos? Oh, céus! As reflexões continuarão noite adentro, Mas o relato termina por aqui.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

É muito músico para pouco artista

Faz tempo que eu não escrevo aqui. Sabem por quê? Eu estou na faculdade! Oh! Grandes merda!E como já disse antes, também acho.
Como não fui viajar no carnaval, arranjei um tempo pra ficar pensando e escrevendo merda.
Convivendo com outros músicos descobri (mentira, confirmei) que há uma galera que é muito músico (ator, artista plástico, escritor...) pra pouco artista.
A linha é tênue, é complicado sacar o limiar. A linha tênue entre o amor e o ódio.
A centelha me veio conversando com alguns estudantes de música, uns já mais experientes, outros mais crus. E de nenhum deles veio um comentário que a mim fosse interessante.
Comentaram sobre Beatles, Tom Zé, Chico Buarque, Ivan Lins e outros, com argumentos de que as músicas eram mal executadas, como se isso foi realmente importante.
Eis minha opinião: NÃO INTERESSA TANTO A EXECUÇÃO. O MAIS IMPORTANTE É A CRIAÇÃO DA PORRA TODA. TOCAR QUALQUER MÁQUINA TOCA (SEJA ELA DE CARNE OU DE METAL). Eu quero ver alguma porra de uma máquina inventar alguma coisa. Pode ser que isso um dia irá ocorrer, o problema é que as pessosas que se utilizam do argumento de que a execução é MUUUUITOOO importante não pensam futuristicamente, apenas utilizam os argumentos que possuem, como executadores.
Não estou falando que qualquer toscão pode fazer uma coisa muito foda, o lance é que "toscão" pode ter a sensibilidade que muito "fodão" não tem, e isso faz toda a diferença. A diferença entre um MÚSICO e um ARTISTA.
Conheço o trabalho de gente que é TÃO ARTISTA QUANTO MÚSICO, conheço trabalho de gente que é MUITO MAIS ARTISTA QUE MÚSICO, conheço trabalho de gente que é SÓ MÚSICO, e digo que o importante mesmo é SER ARTISTA.
P.S.: Não citei exemplos no último parágrafo para não influenciar qualquer opinião, porém em qualquer mesa de bar eu me explico melhor.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

ARCANJO, FRANELAS, CHAM, DOROTHY & MINHA ARTE

A última semana tem sido corrida e cansativa para mim. Produzir um espetáculo em poucos dias sozinho não é um trabalho fácil. A exaustão está sempre ao seu lado, e você não consegue evitar de pensar que empresários se preocupam muito com grana e que pouco importa o que vá se dizer no palco, desde que isso acrescente alguma coisa na conta bancária. Sim, eu gosto do dinheiro e o quero, mas isto não está acima da minha arte. Mas o momento não é de orgulho, portanto, jogo o jogo dentro das regras e fico esperando minha vez de dar as cartas – e o espetáculo, apesar de diferente das coisas que eu realmente gosto de fazer, não é uma peça ruim – afinal, até Oliver Stone tem suas “Torres Gêmeas”: quem sou eu para negar “Sobre Duas Rodas”?
São tempos difíceis, mas não me deixo abater. Há coisas que valem a pena. Ter ao lado grandes artistas, por exemplo. Ser um fiel colaborador da fomentação cultural que Sacha Arcanjo promove em São Miguel é enriquecedor. Eu tenho observado e aprendido muito. Evento após evento, e o último foi o SARAU FOLIA, percebemos que novas pessoas estão chegando e que o ciclo artístico em nosso bairro está fadado a não parar jamais! Moto contínuo total, com certeza (você já assistiu o filme Kenoma? Assista!).
Alexandre Tavares – Cham da Xerox – também teve estado ao meu lado nesta correria doida, oferecendo transporte, créditos, filmes e um carinho fraternal que funciona como um oásis no deserto árido e quente que foi São Paulo nos últimos dias. Estão vendo? Os cavaleiros solitários nunca estão tão solitários quanto pensam.
Mas ontem, após o SARAU FOLIA, montei na bicicleta em São Miguel e só desci em Ferraz. Era três e alguma coisa da manhã. Desliguei telefones e dormir até às onze, como há tempos não fazia. Acordei, cafezinho básico e coloquei O MAGICO DE OZ no DVD. É um dos filmes mais fantásticos que já vi, do tipo que nos faz admirar Hollywood por suas proezas (o filme é de uma maestria estética e poética que merece um tópico!)
Quando Dorothy e o Espantalho pisaram na estrada de tijolos amarelos, minha mãe invade o quarto e diz “telefone”. Religo o aparelho e, do outro lado, é Escobar Franelas, convidando-me para filmar às sete da manhã neste domingo de carnaval em Osasco. Diz que não aceita recusas. Franelas, escritor, poeta e cineasta genial aprontando das suas novamente e fazendo questão da minha presença. O sorriso de satisfação é inevitável: ter um amigo que você possa dividir vida e arte sem receio é tão raro nos dias de hoje! Aceito muito agradecido pela oportunidade e digo, como gosto de dizer, “Até daqui a pouco” ao invés de “tchau” ou adjacências (com ou sem acento? Ainda não sei).
Desligo o telefone e volto para OZ muito feliz. Amanhã, serei eu no cinema. Refletindo melhor, vejo que filmarei às oito em Osasco e terei que estar às onze em São Miguel para ensaiar. Lá se vão as poucas horas de domingo que eu tinha para dormir, e isto não me importa nem um pouco. Pensando bem, todo este cansaço dos últimos quinze dias que precedem a estréia de SOBRE DUAS RODAS não me incomoda nem um pouco de verdade – mesmo não. Caramba, amigos: estou fazendo o que gosto, o que escolhi para minha vida. Estou exatamente onde quero estar; no caminho que me leva para onde eu quero ir.
Assim sendo, amores e amigos, desejo a todos um ótimo carnaval, uma boa viagem ou um bom desfile. E não se preocupem comigo, eu estarei muito bem, no teatro, no cinema ou na música, acompanhado ou mesmo sozinho, eu estarei vivo. EU ESTAREI FAZENDO MINHA ARTE!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

SARAU QUEBRA FACÃO ESPECIAL DE CARNAVAL! SE LIGUEM!

SARAU FOLIA(Abertura do Carnaval)
Causo,
Cordel,
Ciranda,
Maracatu,
Maculelê,
Chorinho,
Frevo,
Rock n roll,
Dança,
Dança
e
Dança!
Silvio Pirulão,
Nando Z,
Rodrigo Marrom,
Tiago Araújo,
Dani Oliveira,
Celminha,
Claudemir Santos,
Tarcísio Hayashi,
Cecíro Cordeiro,
Vinícius Kasé
e
Alunos de Dança Gumboot.

Dia 20 de Fevereiro(sexta-feira)a partir das 19 horas
OFICINA CULTURAL LUIZ GONZAGA
Rua Amadeu Gamberini, 259São Miguel Paulista - Zona LesteSão Paulo - SP

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CAROL MOISÉS interpretará GIOVANNA em SOBRE DUAS RODAS

Carol Moisés interpretará a protagonista de SOBRE DUAS RODAS no lugar de Gisélia Lima. A decisão foi tomada pelo grupo no último ensaio - que foi o mais produtivo desde o início da montagem.
Gisélia Lima está com sua agenda lotada de aulas e apresentações de dança, mas desde o ano passado tinha dificuldades em conciliar seus horários.
Fora a questão de horários, pesou muito também na decisão do AD o fato de Carol seguir a mesma linha de interpreção que Marcos Antonio e Clara Barbosa, o que torna o espetáculo mais coerente e dinâmico, com aquela marca naturalista e quase cinematográfica dos espetáculos do grupo. Outra possível alteração no elenco será de Claudemir Santos interpretando Murilo no lugar do empresário Ananias Macedo durante a estréia. SOBRE DUAS RODAS estréia no dia 28 de Fevereiro, no centro de Exposições Imigrantes.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O espetáculo “SOBRE DUAS RODAS” estréia no CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMIGRANTES

Após sete meses de indaga, o espetáculo SOBRE DUAS RODAS tem sua estréia confirmada para o dia 28 de Fevereiro às 18:30h no Centro de Exposições Imigrantes.

Dirigido por Claudemir Santos, o espetáculo conta a história de Giovanna (Gisélia Lima) que, traumatizada com a morte do pai num acidente de moto, tem que enfrentar seus medos quando o marido Anderson (Marcos Antonyo) e a amiga Beatriz (Clara Barbosa) aceitam trabalhar numa empresa de motofrete. Diferente dos outros espetáculos do grupo, SOBRE DUAS RODAS é uma peça edificante e humanista. O roteiro, escrito por Claudemir Santos com orientação de Ananias Macedo, foi inspirado em filmes como “Sem medo de Viver”, “Sociedade dos poetas mortos” e “O selvagem da motocicleta”. O espetáculo ainda tem a participação de Bárbara Ramos como a vilã Valquíria, Ananias Macedo como o empresário consciente e Tarcísio Hayashi na técnica. O espetáculo possivelmente será apresentado em Março na Oficina Cultural Luiz Gonzaga e, depois, negociado com o Centro Universitário de Cultura & Arte para uma curta temporada. O grupo espera trabalhar com a peça durante seis meses, até a estréia de Édipo Rei, que teve seu processo artístico adiado, mas já tem confirmado no elenco a participação da veterana Carol Moisés e a estréia da inciante Caroline Santiago.

Informações sobre o evento:

http://www.motofestival2009.com.br/principal.htm

CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMIGRANTES:
Rua Miguel Stéfano (Altura do 3000) Vila CursinoSão Paulo – SP
O Centro de Exposições Imigrantes está localizado na Zona Sul da cidade de São Paulo, a 1.200m da Avenida dos Bandeirantes, a apenas 850 metros do Terminal Jabaquara do Metro.

SOBRE DUAS RODAS É PATROCINADO POR:

PATRIMÔNIO REPRESENTAÇÕES
MACEDEX EXPRESS
EXECUTIVE EXPRESS
TEXTUS SISTEMAS E INTEGRAÇÃO
AEMFEST
WING
MOTOBOY UTILITÁRIOS
MOTOBOY MAGAZINE

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SACHA ARCANJO NO BAR DO CAMACHO: PRIMEIRO SHOW DE 2009!

Lá, ele! no domingo, dia 15 de Fevereiro de 2009, a partir das 19hrs, o cantor e compositor SACHA ARCANJO toca no bar do CAMACHO - aquele mesmo, em frente à delegacia de Itaquera, na rua Sabbado D'Angelo! - evidentemente em Itaquera. Zona Leste, São Paulo. Vai ser o primeiro show do ano, e diz a lenda que Raimundo Marrom, Nando Z, Claudemir "Dark'Ney" Santos e Tarcísio Hayashi estarão presentes e farão algo por lá. Quer pagar pra ver? Não precisa: a entrada é gratuita e a oportunidade de ver Sacha tocando ao vivo não tem preço. Compareçam!
BAR DO CAMACHO
MAIS INFORMAÇÕES:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=2650016425640463956

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

APEOESP muito preocupada COM O RABO DO SEU POVO. A EDUCAÇÃO? QUE SE FODA, EVIDENTEMENTE! ou...

...COMO DIRIA MILLÔR FERNANDES: PIOR QUE A PATRULHA IDEOLÓGICA É A PICARETAGEM IDEOLÓGICA!!!!

A educação em SP está passando por uma novela ridícula e sem o menor bom senso. No final do ano passado, os professores eventuais foram submetidos a uma prova para avaliar sua capacidade de ensino. No final de Dezembro, a APEOESP entrou com um tal de recurso pra anular a tal da prova, com um papo de "gabarito que vazou", "Os professores que não fizeram a prova devem participar das atribuições", "Eles estavam antes aqui, vai tirar só por que são medíocres?!", e coisas do tipo (logo pra cima de mim que já ouvi mais de um professor dizer que escola boa é escola sem aluno. Ah, se eu tivesse um gravador numa hora destas!). E a merda toda tá girando no ventilador do Legislativo. Como este rebosteio não vai nem volta, apenas fede e suja, a secretária de Estado da Educação (Maria Helena Guimarães de Castro) resolveu que as atribuições acontecerão da forma antiga, ou seja, não importa o quanto o professor seja medíocre e esteja mamando no Estado: ele estará à frente de professores que se submeteram à prova e mostraram-se mais preparados para estar em sala de aula. Prestem atenção no comentário da autoridade: “Os professores temporários têm uma importante participação na rede. É fundamental que os alunos tenham os melhores professores nas salas de aula. Mas, com a Apeoesp contra a avaliação de professores na Justiça, sem a possibilidade de reversão imediata da liminar, resolvemos utilizar o modelo antigo” (http://www.educacao.sp.gov.br/).
A aí eu pergunto: como podemos confiar num sindicato, associação ou qualquer destes meninos que adoram mamar dinheiro público? Eles deixam evidente seu desejo pelo poder e sua necessidade de salvar o próprio rabo, mesmo que isto prejudique grande parte da população. Não que alguma vez, desde que me entendo por gente, acreditei ou confiei em qualquer coisa assim; o que choca mesmo é a cara de pau de certos setores. Bom, mas como tudo na vida, o jogo uma hora vira. Aí eu quero ver!

Cês acham que eu tô exagerando né? Entrem no site da Educação (o endereço acima) e acompanhem com seus próprios olhos. Vocês vão perceber que tem muita gente utilizando Maquiavel através do olhar do demônio Maniqueu!


LADAINHA DE SIMON GORY CEREBRO SAY (C DARK NEY SANTOS - 260207 – 15:15h)

Eles querem tanto transformar o mundo
Eles dizem bem onde devemos interferir
Mas como vou mudar todo esse monstro
Se não consigo ao menos mudá-lo em mim?

Se eu não consigo amar meu próprio sangue
Como vou estancar essa hemorragia mundial?
No meu canto meu quarto está em ordem
Mas o cheiro ruim vem do vizinho e seu quintal

Amar a Deus é fácil, prático e consolador
Amar ao próximo é que causa uma puta dor
E como é que alguém quer salvar todo o globo
Se não consegue conviver com seu próprio amor?

Como vou ser palhaço e alegrar aquele outro
Se eu mesmo estou um pierrô tão infeliz?
Por isso, outros, antes de amar vocês
Primeiro vou ter que amar a mim

Eles me querem cheio de tiros de guerra e discursos prontos
Querem meu amor agredida por policiais, cães e bombas de gás
Ensinam doutrinas de líderes e senhores seguros e admiráveis
Derramando nosso sangue, provando estão certos até demais

Fanatismo é uma horrível e velha e tola prisão
Objetivos e sonhos se convertem em eterna ilusão
Os falsos valores então escorregam de suas mãos
E será tarde demais pra perceber a enganação

Nada se faz sem sangue, suor e dor
Toda a guerra é necessária pra transformação
Eu lutarei contra qualquer tipo de alienação
E se conseguir mudar a mim, estarei em evolução

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CAROL MOISÉS RETURNS! ATRIZ E BAILARINA VOLTA PARA O ALUCINÓGENO DRAMÁTICO

Após sete anos fora do grupo, a atriz e bailarina CAROL MOISÉS volta ao Alucinógeno Dramático - para a alegria do público, do elenco e do diretor! A atriz esteve no grupo durante três anos e participou de montagens inesquecíveis como A FADA DAS ESTAÇÕES (Claudemir Santos até tentou remontar, mas nem mesmo a bela ALLINE ALVES SANTANA conseguiu encantar o diretor. Ele chegou a conclusão que somente Carol Moisés conseguia dar vida ao personagem. Pudera: ele escreveu a peça para ela!) e a inesquecível O AMOR E A ALMA (baseada no mito de Eros e Psiquê, onde CAROL interpretou a deusa NÊMESIS).
Nesta sua volta, Carol estará no elenco de ÉDIPO REI e ainda periga trabalhar no espetáculo SOBRE DUAS RODAS (Sim, a novela continua!)
Formada em Educação Física e fazendo pós graduação em Dança, a atriz e bailarina CAROL MOISÉS dança desde os seis anos e estuda teatro desde os treze. Além de ser uma das mais importantes atrizes que passaram pelo AD, ainda participou de montagens dirigidas em cursos na Oficina Cultural Luiz Gonzaga por LEONA CAVALLI, FLÁVIA BERTINELLI e KEILA FUKE.
Bem vinda novamente, menina! Você é uma alegoria biblica perfeita! Te amo!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

THE RABERUAN EXPERIENCE!

Durante os dias 3, 4 e 5 de fevereiro eu tive a oportunidade de participar do workshop de canto coordenada por ninguém menos que Raberuan.

A idéia era bem simples: colocar os participantes em contato direto e cantante com as músicas de Luiz Gonzaga. Os participantes eram simples: jovens senhoras (algumas professoras), adolescentes agitados, meninas belas e tímidas, apreciadores do velho Lua e eu, querendo aprender algo de novo sobre Gonzagão e exercitar meu canto – Raberuan falou que seria bom mermo!

Tudo simples e, da simplicidade, Raberuan soube ensinar lições que se pode aplicar em muitos lugares da vida, não só na técnica vocal. Eu tive oportunidade e acompanhá-lo em cervejas e cigarros e, entre os dois, ele comentou não só seu ensino, mas também a aprendizagem que obteve através dos participantes do curso; como que, ao ensinar algo, aprendia algo a mais melhorando a si mesmo e sua obra. E, que já conheço-o há um bom tempo e curto seu trabalho, nunca havia percebido como a Arte de Mestrar mexia tanto com sua alma frenética e criadora por natureza. Fiquei totalmente supreso e fascinado pelas suas descobertas!

A didática sem paralelos do cantor e compositor de Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo, me fez lembrar de velhos filmes habitados por sábios chineses que, em uma frase, consegue transmitir um livro de sabedoria. Devo confessar que aprendi a ter uma observação mais aguçada do próximo e suas necessidades de aprendizagem, interessando-me pelo seu crescimento humano e artístico – um ligado ao outro, como eu acredito – diante da lição aplicada.

Paciente, bem humorado, parcial e com respostas esclarecedoras, o “Tião” mandou bem em seu trabalho de arte educador, e provou que ensinar é um exercício de humildade, acima de tudo. Repartir conhecimento é uma experiência digna para todos os grandes artistas!

(O Workshop de Canto foi realizado na OFICINA CULTURAL LUIZ GONZAGA Rua Amadeu Gamberini, 259 – São Miguel – Zona Leste de São Paulo. Sobre novos cursos, ligue: (11) 2956 2449)

RABERUAN : músico e compositor. CD: TIÃO (2007)

Também trabalha na Casa de Cultura de São Miguel Antonio Marcos:
Rua Irineu Bonardi, 169 - Vila Pedroso - São Miguel Paulista. Tel.: (11) 2297-9177. Atendimento: 2ª a domingo, das 8h às 22h.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ÉDIPO REI segundo o Alucinógeno Dramático INICIA SUA TRAJETÓRIA!

Assassino do próprio Pai.
Amante da própria Mãe.
Irmão dos próprios Filhos.
E dá-lhe psicanálise, antropologia, religião, depravação e o primeiro thriller policial do ocidente: UMA TRAGÉDIA GREGA!

Neste domingo, dia primeiro de fevereiro do ano de nosso Senhor de 2009, iniciou-se a leitura da tragédia EDIPO REI, de Sófocles, no ensaio do AD. O que isto significa? Que ela será a primeira peça do ano do grupo. Santos admitiu no fundo de seu saco que o espetáculo SOBRE DUAS RODAS deve ter derrapado na curva há muito tempo. Lá, ele! Cansado de perder tempo com a indecisão da categoria de motofrete e os tais patrocinadores, ele deu início ao projeto EDIPOUS REX. De qualquer forma, mantendo a esperança vã na porta da cozinha, admitiu gastar um pouco do tempo dos ensaios com a peça motofretista até o final de fevereiro - aquela velha história: esperança é a última que morre porque é a primeira que corre, como diria Marcelo San, o homem dos gurgéis - finado há poucos dias, que Deus o tenha! O Gurgel, não o Marcelo! Na areia!
De qualquer forma, com o início da leitura de EDIPO, o AD retorna às suas raizes, voltando a exercícios e pesquisas intensas para a construção de um espetáculo. Sim, o PROCESSO ARTÍSTICO EDIPO REI começa em breve, em um novo formato mas também enriquecedor para quem participar.
Sobre outros textos: DRÁCULA está sendo pensado para o segundo semestre do ano.
FAUSTO só sairá do papel se aparecer uma MARGARIDA à altura.

Bom, acho que é isto.

É impossível fugir do destino, não é mesmo?

Então, vamos nós de novo.

Lá do início, de onde não deveríamos ter saído, jamais!