quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2009 AMORES E AMIGOS, VICIOS DE FATO!!!











Senhores sei que é meio retro ficar mencionando qdo vai chegando proximo o fim do ano como o mesmo foi bom ou ruim, e ainda a esperança do ano que chega legal, bacana, porém o que marcou este ano foi a velha indaga das novas amizades, novas promessas, novas polemicas, novas lutas , novas!!




Uma das coisas mais positivas foi este blog onde deferimos e compartilhamos frustações, revoltas e alegrias, ou mesmo só a vontade de desabafar!!!




Eu particularmente sofri algumas perdas antes de chegar o tal 2009, e tudo me foi retomado e graças aos comparsas aqui também presente no blog, musica, amores e amigos de fato nos lugares onde eu chego!!!




VAleu gente inté daqui a pouco ate o 2010!!
















POR LETRADO IMPORTUGUAVEL!!

hayashi

tarcísio hayashi
japa indaguento
siamesa síntese
de tres elementos
punhal ferino
infécto ferimento
e no mesmo punhal
antídoto e unguento

akira.
30/12/2009.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PRÉ VISÕES PARA 2010, O ANO DA INDAGA EM MOVIMENTO CONSTANTE

Pois bem, povo!
2009 já era. tirando o possível último Quebra Facão do ano de hoje, as atividades artisticas, filosóficas, indaguentas e vadias de 2009 estão encerradas. Que venha 2010, como é de praxe.
E ano que vem há algumas previsões sobre os acontecimentos que movimentarão a cultural local e universal de São Miguel. São elas:

G.R.A.VE
O grupo que mais apareceu, surpreendeu e deu - lá ele! - o que falar em 2009 segue rumo, corre trecho e monta acampamento onde abrem espaço para mostrar sua música: uma mixórdia de sons e combinações que vão do erudito ao popular, do rock com forró com blues com samba com tudo com todos os sentidos coerentes. Esperamos que em 2010 o trabalho apareça mais por aí e por aqui, e que, se possível, um CD com algumas faixas esteja em campo para que as pessoas possam ter em casa o prazer que tem nos shows.

PÉ NO COTIDIANO
A velha guarda cheia de gás vai para o palco e presenteia o público com música, poesia e teatro. Cleston Teixeira, Akira Yamazaki, Raberuan e Gilberto mostraram este ano que ainda têm muito a oferecer. Que em 2010 apareçam mais e mais por estas bandas!

CD "SACHA 60 ANOS"
Um cd homenagem ao compositor baiano, onde suas músicas foram gravadas por várias gerações de artistas de São Miguel. Espero que rolem shows com boa parte destes músicos juntos homenageando o indaguento Arcanjo.

SACHA ARCANJO
E, evidentemente, os shows e notícias sobre Sacha Arcanjo estarão como sempre presentes em nosso blog. Nos shows, além de Sacha, encontramos seus cds à venda - se não estiverem esgotados, como é de costume.

BELLOTO - A SÉRIE
O diretor e produtor de cinema Alexandre d'Lou amou os contos e convidou Claudemir Santos para transformar seu enigmático personagem em série televisiva. O piloto está a caminho. Aguardem! Roteiros de Alexandre d'Lou e Claudemir Santos, música de Tarcísio Hayashi e trilha sonora por G.R.A.VE, Sacha Arcanjo, Raberuan e - pasmem! - Deus Ex Machina e Dark'ney.

ALUCINÓGENO DRAMÁTICO - MEDÉIA
A tragédia grega nos moldes modernos do A D segue seu rumo em temporadas esporádicas durante todo o ano e participação em festivais de teatro em São Paulo.

DRÁCULA DO ALUCINÓGENO DRAMÁTICO
A mais esperada produção do ano passado acontece este ano. O processo artistico rola em Janeiro e a estréia está prevista para Abril. Claudemir Santos diz que o espetáculo vai revolucionar a história do teatro em São Miguel. Um clássico visto como nunca, apresentado no bairro com uma qualidade surpreendente. Aguardem!


Isto é só o obvio. Ainda haverá as surpresas da estrada, as novas figuras que vão aparecer e as antigas que vão dar o ar da graça por aqui.

Preparem-se: 2010 SERÁ O ANO DA INDAGA CORRENDO SOLTA POR AÍ!
LÁ ELE!
aTÉ O ANO QUE VEM!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

10 Questões para 2010

Para indagar. Porque algumas coisas não podem passar batidas.

20 de dezembro de 09. Último dia da Segunda Edição do SP Cidade da Música, evento coordenado por Ceciro Cordeiro, o mesmo que não consegue cumprir os prazos que promete ao programa CQC da TV Bandeirantes.

No palco Alana Rock, em sua segunda apresentação na edição do evento, Hip-Hop, Raberuan, Edvaldo Santana, Sacha Arcanjo, Ceciro Cordeiro e Medida Salvadora, também em sua segunda apresentação na mesma edição do evento.

Também no palco, pela segunda vez na segunda edição do evento o cenário da primeira edição, que foi criado por Claudemir Santos, que recebeu o pagamento e os créditos somente referentes à primeira edição do evento.

Na padaria perto do local do evento, Claudemir Santos e Anita, Bárbara Ramos e Tarcísio Hayashi e Rodrigo Marrom. 15 minutos depois, na mesma padaria, além dos já citados, comparecem Caio Pica-Pau, baixista do Medida Salvadora e Ceciro Cordeiro, coordenador do evento.

1 minuto após o comparecimento dos dois últimos o seguinte diálogo:

Claudemir Santos: Bonito o cenário em Ceciro! (Irônico)

Ceciro Cordeiro: Este cenário é do projeto! Eu te paguei e paguei bem e você não fez nada! Este cenário está uma merda!

CS: Ta uma merda mas você está usando!

CC: Aprende a trabalhar!

Balburdia geral e eu ouço um "Vai se Foder!" vindo de Ceciro.

 Indagas:

1     Se há um novo cenógrafo no projeto, que teve seu nome no folder e nos créditos proferidos nos palcos, por que não há um novo cenário para a segunda edição?

2     Se está tudo em conformidade com a lei, por que Ceciro Cordeiro reagiu colérico a uma simples ironia de Claudemir Santos?

3     Se Ceciro Cordeiro é colérico por natureza, por que foi tão cordeiro com os repórteres da televisão?

4     Por que cordeiro com os repórteres e colérico com os participantes do mutirão?

5     Se o SP Cidade da Música se propõe a abrir espaços para novos artistas da região de São Miguel Paulista, por que algumas bandas se apresentaram duas vezes na mesma edição? Não havia outras bandas?

6     Se o cenário estava uma merda, por que Ceciro Cordeiro utilizou novamente?

7     Se Claudemir Santos, que conseguiu arrumar uma iluminação às pressas para o evento do São Pedro na primeira edição, não sabe trabalhar, o Ceciro que contratou uma cenógrafa que não fez nada, sabe?

8     Para onde foi o dinheiro referente à cenografia da segunda edição?

9     Por que os créditos do cenário (os direitos morais sobre a obra) foram dados a uma pessoa que não criou nada?

10    Por que o site do projeto foi anunciado na segunda edição se o mesmo não tem nenhum conteúdo sobre o evento?

 
 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SHOW DE NATAL NO LITORAL visão de claudemir santos







(As indagas foram muitas, espero que Hayashi, Nando e Marrom escrevam suas visões porque só a minha não basta mermo não...)

Três da tarde. Três carros diante da casa de Arcanjo. Mas tudo errado: era pra ter saído as duas e não as três. Era pra três carros irem, mas só iam dois. Gente e equipamento pra porra. Não ia dar não. Sacha indagava de um lado, eu tirava sarro do outro. Tarcisio tentava resolver de lá, Nando tentava não facilitar de cá. Vai pra oficina, chuta o cone da Comgás, enfia caixa de um lado, violão de outro. Quem vai no carro de quem. Fernanda Branco querendo ir na janelinha da Bárbara, eu reivindicando minha cadeira cativa no carro de Hayashi, Nando com a pérola negra Carla ao lado... Conclusão: preto velho: Hayashi, Bá, Marrom, Anita e eu. No Ecosport: Nando, Carla, Sacha, Luizinho e Fernanda... na janela... do carona. E lá vamos nós. Quatro hora de estrada e um maço de marlboro depois, conseguimos chegar em Bertioga. Indagas para montar o equipamento. Todo mundo tocando cozinhado e meio sóbrio - o que é um horror! Mas fizemos o possível. Depois, pega estrada e ruma pra Praia Grande. Todo mundo nu... apartamento de Nando - que, pra quem dizia que queria descansar, não descansou muito mermo não. De manhã, a tradicional fuga para o boteco com direito a jukebox tocando Paulo Sérgio, Clara Nunes e Nelson Gonçalves, cheio de velhos saudosistas e negando-se a tocar Bob Dylan. Lá pras tantas, Nando Z diz que vai embora. E foi. Hayashi, Marrom, Bá, Anita e eu ficamos mais um pouquinho. Quiosque e mar de água morna - e devia ser de urina, porque a água estava até salgada! Depois de horas de vadiagem, olhando a bunda gostosa da garçonete ou comentando alguns fatos artisticos em pleno mar, entramos no preto velho e rumamos para são miguel. Hayashi ainda queria passar no Didi, mas Bárbara não deixou. Uma vez em casa, dormi doze horas seguidas e olha eu aqui, registrando por cima os fatos ocorridos na viagem. Aconteceram muitas coisas mais, mas vou esperar pela manifestação dos outros autores de nosso blog, pois eu não quero ficar com fama de indaguento... ao menos sozinho, não.

sábado, 26 de dezembro de 2009

SACHA, G.R.A.VE E DARK NEY NO ULTIMO SHOW DE 2009! E NO PRIMEIRO DE 2010!





O último show de 2009 e o primeiro de 2010 rolam em Bertioga. Sacha Arcanjo manda ver no Iza Beach e convida G.R.A.VE e Claudemir Santos para completar a façanha litoranesca. Quem perder é mulher do padre!!!

SACHA ARCANJO: SOM NA PRAIA
Participação especial de G.R.A.VE e Claudemir "Dark'ney" Santos

Dias 26 de Dezembro 2009 e 01 de Janeiro 2010

QUIOSQUE IZA BEACH
Praia da Enseada - Quiosque 03 box 11
Frente ao Hotel 27 - Bertioga
20h

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Semana irada 3 - Um Pé No Cotidiano no SP Cidade da Música



Semana irada 3
Um Pé No Cotidiano no SP Cidade da Música

Soubemos no final de novembro, não lembro dia nem local, Cléston Teixeira, Gilberto Braz, Raberuan e eu que iríamos apresentar o Um Pé no Cotidiano numa 4ª feira, 16/12/2009, às 18h, na Sociedade Amigos de Ermelino, no Projeto SP Cidade da Música. Raberuan também faria uma apresentação solo na Praça Craveiro do Campo – Jardim Helena, no dia 20/12, domingo.
Numa 4ª às seis da tarde, Cléston coçou o queixo e vaticinou: vai ser nóis com nóis. Trabalho, indagas, compromissos mil e só conseguimos bater agenda para ensaio no dia 15/12, na 3ª, véspera da apresentação. 14/12 no Estúdio dos Mi, na gravação de Claudemir e Ivan Neris no Sacha, 60 anos, distribui cópias da última versão do roteiro do espetáculo para Raberuan e Cléston e marcamos para o dia seguinte às 18h em Ermelino.
Dezembro iradíssimo, 15/12, calor derretendo asfalto, suór espirrando dos póros,  consegui sair mais cedo do serviço e toquei para o ensaio, Raberuan no Celular dizendo que estava no Rubão tomando uma cerveja, cheguei por volta das 18h e encontrei-o com Marcelo Valença que também só tinha aquele dia para colocar o pandeiro no solo de Raberuan. Engoli umas duas esmirnofes geladas, parei o carro na porta da casa do Raberuan e apaguei. Acordei totalmente suado e dolorido com Cléston batendo no vidro do carro, Gilberto também já tinha chegado e Marcelo Valença se despedia arrastando sua mochila de rodinhas. 
Entrei na casa tonto de sono e ouvi Cláudia e Raberuan discutindo. Raberuan tipo sem graça pedindo para Cláudia pegar leve e não fazer cena, veja, meus amigos estão aí, temos que ensaiar para o show de amanhã. Mulher bipolar é foda, alterna euforias, depressões e letargias como quem troca de roupa e quando ela me viu veio para o meu lado brandindo um formulário que enxerguei de dentro do meu nevoeiro de sono e vódca, e reconheci uma receita médica e três palavras negritadas: transplante de fígado. É por isso que estou brigando com ele, não tenho razão? Antes que Raberuan tomasse o papel das mãos dela, Gilberto, rápido no gatilho e olhos de águia, também brechou para não deixar-me mentir.
Um nervo profundamente interior estalou dentro de mim e fui ensaiar como um zumbi, uma neve espessa de indiferença foi cobrindo o roteiro nas minhas mãos. Tenho poucos amigos e uma incapacidade crônica para construir novas amizades. Há pouco perdi Valdir Aguiar e não posso dar-me ao luxo de desperdiçar amigos quaisquer que sejam os motivos. A lenta lesma do esquecimento escala as paredes do meu cérebro e deixa um rastro de cristalizada gosma enquanto o cão da insanidade ronda e rosna. No meio de um poema comecei a chorar como uma criança.
Conseguimos passar o roteiro apenas uma vez e pactuamos de cada um ensaiar a sua parte em separado e amanhã é outro dia e tudo vai dar certo.
Dezembro iradíssimo, 16/12, 4ª feira, dia da apresentação, um dilúvio bíblico sobre a zona leste. Combinei com Sueli Kimura às 17h na Marechal em frente à Diccico da Jacuí e para variar ela chegou meia hora depois, eu não aprendo mesmo, pegamos Raberuan e violão na casa dele e fomos à Sociedade onde chegamos por volta de 18h, Ronaldo Ferro estava passando o som com seu grupo e ninguém do projeto no local. Palco pequeno, uns 2.30m por 4.00 se muito e as araras de iluminação praticamente dentro do palco, uma de cada lado com seis refletores iluminando o palco pelas laterais, está errado, falei para o cara da iluminação que me perguntou se eu era da produção do evento. Ninguém da produção no local às 18h30 e com muito custo expliquei para o cara do som e iluminação que no Um Pé no Cotidiano precisávamos de dois microfones lá embaixo na frente do palco, assim como iluminação no local. Dá, não dá, eles viraram dois holofotes laterais sem gelatinas para a frente do palco e expliquei para Gilberto Braz que nós dois ficaríamos com luz  por trás durante a performance. 19h, e ninguém do projeto no local apesar do panfleto dizer que o SP Cidade da Música tinha idealizador, diretor técnico, diretor de produção, produtor de palco, cenógrafo e documentação áudio visual. 19h30 e Raberuan e Cléston foram passar o som, ninguém da produção no local e o público era nóis com nóis e sendo assim porque esperar mais e aproveitamos a passagem do som e iniciamos e realizamos o Um Pé no Cotidiano no SP Cidade da Música. Terminamos às 20h30, muito obrigado pelos aplausos e pedidos de bis e então percebi que o projeto tinha um apresentador que dizia que éramos, Raberuan, Gilberto, Cléston e eu, mestres da cultura popular enquanto câmeras de vídeo estavam sendo dispostas estrategicamente no local.
Dos outros grupos apresentados nesse dia infelizmente só consegui ver o Eder Vicente e sua banda – comento outra hóra - com um som que encheu de ternura os meus ouvidos e aqueceu meu coração áspero nessa semana irada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SEMANA IRADA POR AKIRA YAMASAKI








(a matéria que segue é de Akira Yamasaki, que teve alguns problemas técnicos para postar e pediu que eu o fizesse)

SEMANA IRADA

A semana anterior – 07 a 13/12 - já dera panos pra mangas, só trabalho, trabalho e trabalho, treinamentos, palestras, um incendio apagado por hóra, um leão morto por dia, equipe enxuta no limite do estrésse e o chefe em cima. Acorda às 06h itinera Itaim / Itaquera / Jabaquara, ida e volta e chega em casa às 21h ou 22h. Trabalha sábado e domingo também, só trabalho, trabalho, ninguém merece mesmo. Ainda por cima, picado pela mosca azul assumi com Claudemir Santos compromisso para colaborar no Alucinógenos Dramáticos sem medir antes o tamanho do buraco apesar de careca de saber que em boca fechada não entra mosquito principalmente se estiver meio bêbado, o que na verdade é pior porque pode entrar outras coisas em outros buracos. Blog é outro ritmo, outra inteligencia, outras imagens, outra poesia e preciso renovar meu repertório de rimas e metáforas e encontrar outras sonoridades adequadas dentro dessa armadilha. Pausa para respiro na 5ª – 10/12 – para ver o show de lançamento do CD Ao Vivo de Edvaldo Santana na Chopperia do SESC Pompéia quando juntamos uma galera de umas 20 pessoas mais ou menos, Jocélio com um pessoal do Correios, Cléston presente com amigos do Planetário, Domenico, Maria do Carmo e o povo do Cangaíba, Sueli Kimura e eu, Raberuan e Cláudia. Produção bem cuidada, cada coisa em seu devido lugar, Edvaldo está cantando cada vez mais tocando cada vez melhor, seus músicos são excepcionais e é visível que ele efetua uma gestão canina e disciplinada da qualidade do seu trabalho promovendo melhorias constantes no aproveitamento de sua voz rouca e na sonoridade das canções que ganharam andamentos acelerados, próprio de shows ao vivo. Coisas que soam simples são conseguidas a fórceps, com muito suor. Um senão é que depois de quatro ou cinco canções com essa aceleração toda o show vai criando um linearidade que começa a cansar, o que parece um contraste, acelerado mas monótono, nada que uma pequena mexida em alguns andamentos não resolva. De resto foi a primeira aparição de Edvaldo sem Valdir Aguiar, seu amigo inseparável há décadas e neste próprio CD Ao Vivo é gritante a sua presença silenciosa. O final do show é silencioso com uma foto do Valdir no telão e o meu poema “Requiem Para Valdir Aguiar” passando lentamente como se para o céu, como uma Missa de Sétimo Dia que não demos a ele. Estaremos retornando à barbárie?
. Falei de tudo mas não “Semana Irada do título”. Prometo que volto para falar da semana 14 a 20/12.

Akira
21/12/2009.

domingo, 20 de dezembro de 2009

G.R.A.VE NA RAINBOW E AS DECISÕES TARCISIANAS OFUSCADAS POR PROTECIONISMOS CLAUDEMIRIANOS

Enquanto eu tocava, virei para Marrom e perguntei:
"Como é que a gente entra nestas?"
"Porque a gente é besta mermo!"


Durante a semana, Ivan Neris comentou um sarau da Kutupira no espaço da Rainbow, salão de metaleiro e adjacências localizado ali na Avenida São Miguel. Pra mim, Neris nada confirmou, mas na sexta lá no Didi, após o show de Chico César (calma que este show terá uma matéria especial!), Hayashi e Sachão confirmaram o tal sarau.
"Só vou se ele me ligar." - disse eu logo pra não ficar dúvidas. E não é que o viado me ligou sábado, três da tarde, pra confirmar o sarau?
"E que horas você vai estar lá, Neris?"
"Lá pra meia noite, uma da manhã, eu to chegando."
Desligo, ligo pra Hayashi, que confirma presença à meia noite com todo o G.R.A.VE e suas respectivas Bá Ramos e Fernanda Branco.
Bom também.

Onze horas encontro Anita na Nordestina, cruzamos a Jacuí nostalgicamente e chegamos à Avenida São Miguel. Do outro lado, Marro e Hayashi acenam. Onze e meia da noite mais ou menos. Entramos. Marrom se sente em casa... Em casa de maribondo. Metal pra lá, metaleiro pra cá, headbangers ali, hippies acolá, uma cara tipo Serguei outro tipo Ovelha e o povo receoso de tocar.

Marrom: "Vai dar merda."
Claudemir: "Eles curtem forró."
Hayashi: "Qualquer coisa eu pulo no meio dos cabeludos; ninguém me acha."
Nando Z: "Rock n roll! Rock n roll!"
Luizinho: "Qualquer coisa eu digo que sou músico contratado."

Saímos para fumar. Cigarro. Nando senta lá no jardizinho que separa a São Miguel e ganha uma lata de cerveja. Ficou lá mais um bom tempo, com esperança de ganhar outra. E a conversa foi distraindo. Kutupira chama o povo. Diz que está esperando a banda do Sacha pra começar.
"A banda do Sacha somos nós."
Preocupante, eu sei. Mas o pior estava por vim;
"Então,caras, é que a banda que ia tocar... o baixista foi viajar e o cara só me avisou hoje em cima da hora e eu tô avisando ele desde quarta feira, meu!..."
(Graças a Hayashi, eu ouvi esta história trinta e sete vezes naquela noite)

Mas tem problema não. Fernanda Branco e Bá Ramos foram buscar o Sacha logo ali, os outros graveiros ou gravistas, vai saber!?! foram montar os instrumentos.
Repentinamente, descobrimos que não há microfones, não há PA, não há porra nenhuma.
"Não vai dar, galera."
"Liga pro Sacha."
Ligamos. Sem chance de pegar na oficina.
"Não vai dar, galera."
"Liga pro Ivan. Cadê ele? Foi ele que armou essa!" (e, pensando bem agora, porque queríamos tanto falar com o Ivan se ele não ia resolver porra nenhuma?)
(E pensando mais ainda: "O Ivan armou essa"??? LÁ ELE! VÔTE! É O COIO E FACÕES!)
Sacha chega.
Sou designado pra falar com a Kutupira. Primeiro erro do Tarcísio.
Vamos lá falar com a mulher. Um tal de pirata diz que pode arranjar uns três microfones. Mas a banda precisa de cinco.
"Mas com três não dá, pessoal?"
"Com três não dá." Acho que é viadagem. Primeiro erro meu.
Corre daqui, corre de lá, Nando querendo mandar tudo pra puta que pariu e ir pra casa ou ao menos para o bar do didi, eu tentando botar pano quente e lá vem a Kutupira com a história do cara que deu furo e acrescenta: "Pô meu, eu armei o esquema aqui, se vocês não tocarem, eu vou me queimar, tá ligado? Tem que acontecer alguma coisa se não a galera queima e..."
Fiquei com pena. Segundo erro meu.
Vou na rodinha do G.R.A.VE. Falo com o povo. Dá-se um jeito, Luiz Gonzaga fazia show só com sanfona, não pode queimar a mulher, o Sacha falou que toca, porque já fez show até dividindo microfone...
Não sei se de tanto eu encher o saco ou que motivo outro foi, Hayashi tocou o foda-se, tomou daquela cachaça ruim e disse: "Que se foda!Vamos tocar nessa porra!"
Segundo erro de Tarcísio.
Entramos, bebemos, subimos ao palco, ajeitamos como deu e tocamos. Primeiro, Hayashi, Marrom e Nando. Aí Nando cantou uma música e me chama. Toquei uma. Não se ouvia o violão. Não se ouvia nada, não se via nada. A pista esvaziou. A merda tava grande. Comecei outra e desecanei; falei pra Anita horas antes que devíamos ter alugado um quarto. Mas agora era tarde: tudo jás brochado, meus amigos.
No meio da segunda, Hayashi faz aquele gesto e chamamos Sacha, que diz logo pra Marrom:
"Vou tocar umas dez. Cadê o violão, que eu não to ouvindo?"
Acho que Sacha tocou uma música e meia, quiçá duas e um pedaço.
Chegou. Acabou. O sapo estava pago; a cagada, feita; o leite, derramado.
Do lado de fora, por algum motivo besta, ligo para Neris. Era quatro da manhã e ele estava na São Miguel, procurando a Rainbow.
"Ah, no antigo terraço?"
Pára o carro e chega rindo, achando engraçado ter fodido todo mundo. Deixamos ele lá e fugimos pela tangente. O Bar do Didi estava fechado, Marrom foi pra casa, Fiquei uns vinte minutos no ponto esperando o ônibus. A noite não foi fácil.

De qualquer forma, esta noite aprendemos que querer ajudar o próximo é legal, se a gente não for o próximo depois do próximo. E mais duas coisas: quando alguém disser "Vamos alugar um quarto". Havemos de alugar. E se alguém, por ventura, disser: "Não dá." Então, não dá. Nem no quarto, nem no palco.
E tenho dito!

observação: Luizinho Gago Grego alegou dor nas costas e foi-se, sem participar desta - e acredito eu, nem da outra!

sábado, 19 de dezembro de 2009

SP Cidade da Música - Quinta-Feira, 17.12.09

17:00

Saio do trabalho para trabalhar mais em casa. Estou só o bagaço. Trabalho porra nenhuma. Esta noite sairei. Vou beber com meus amigos. Telefonema para Nando Z: Cê vai no Cidade da Música hoje? - Não, vou para um curso. O Marrom vai. Telefonema para Marrom: Cê vai no Cidade da Música? - Vou mermo! - Beleza. Tô indo aí.

18:40

Casa de Marrom. - Vamo lá? - Bora. - Foi bom ontem? - É... - Já entendi.

Por volta das 19:00

Jardim Helena. Paro o carro em frente a igreja (Será que inconcientemente eu procurava por alguma luz?). Passamos pela porta do local do evento. Passagem de som (estava tudo atrasado). Bora tomar uma? - Bora.

Boteco fuleiro sem o dono que saiu para buscar um curió. Somos atendidos por um bebado frequentador do boteco. - Uma Brahma por favor. Eis que de repente, não mais que de repente aparece um cara procurando um rabo de galo (Eu prefiro de galinha, mas não sou fiscal de cu né?). Outra Brahma. Chega o dono do boteco, mais bebado que todo mundo e nos oferece um gole de Dimel. - É bom Marrom? - É. - Então beleza. - Outra Brahma. - O dono do recinto começa a se gabar de seu limão galego e eu grito do lado de fora: Então prepara um Velho com bastante limão. - É bom também. Sacha liga perguntado por nós. - Não vou não, tá chovendo pa porra. Tava mermo e eu com o cu na mão de pegar uma enchente.

20:30

Bora pro evento? - Bora. - Chegamos e nos deparamos com o público formado apenas pelas bandas que iriam tocar. No palco Eduzinho mostrando suas composições com um baixo, guitarra e um MacBook tocando bateria enquanto ele cantava um cover do Rappa. Após mostrar algumas de suas composições, que eu particularmente não gostei de NADA, conversamos com o pessoal do Vigna Vulgaris que nos chamam para dar uma canja depois. - Beleza - Nós dissemos. Fim do show de Eduzinho. Agora sobe uma mulher cantando Rock Malhação, meio Marjorie Estiano. Ouvimos três músicas. - Marrom, vamos tomar uma que tá foda. - Mermo.

Fomos embora porque ninguém é de ferro. Não gostei de nada o que rolou ali. E frise-se: Não havia cenário algum, nada que nos remetesse ao projeto. A música não salvou também. Acho que é sempre válida a tentativa de abrir espaço para todos, mas não rolou pra mim.

E o Ceciro ainda nem queria nos cumprimentar. Eu achei que fosse conseguir passar sem falar com ele mas no final ele veio ao meu encontro. Tudo bem.

Agora eu não entendo o que se passa neste projeto. O salão em que estávamos não tinha qualquer coisa falando que era o SP Cidade da Música. Não tinha ninguém lá. Cadê o cenário? Pra onde foi o dinheiro da cenógrafa? CQC cadê você?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SÃO PAULO CIDADE DA MÚSICA: SEGUNDA EDIÇÃO

Estou perplexo. "SP Cidade da Música" está rolando desde o dia 16, e eu ainda não vi nenhuma matéria digna do evento neste blog. Das poucas noticias que chegaram às minhas oiças, três se fazem presentes na memória:
1 - Marrom bebendo solitário no Quebra, quarta feira, meia noite. Eu chegando do cinema onde tinha assistido "Atividade paranormal". Sobre o evento? Caio Vandré com um violãozinho acompanhado por outro rapaz, Ronaldo Ferro e Pé no Cotidiano. Noticia bombástica? Sacha Arcanjo se graduou na universidade e tava comemorando na padaria diante do Carlos Gomes.

2 - To em casa trabalhando e o celular toca. É Hayashi rindo que só hiena:
"To no SP CIDADE DA MÚSICA! TÁ RUIM PRA CARALHO!!!"
"MEU CENÁRIO TÁ NO PALCO?" - Uma lenda disse que Ceciro Cordeiro usaria o cenário feito por mim e por eu no lugar do outro cenário que não foi feito por ninguém.
"QUE CENÁRIO? DISSERAM O NOME DA MOÇA MAS NÃO TEM CENÁRIO NÃO. SABE QUEM TÁ APRESENTANDO?"
Era Zé da Lua, com toda aquela animação de sua alma revestida de corpo dinâmico.
"AMANHÃ A GENTE CONVERSA. AMANHÃ EU VOU."
'AMANHÃ A GENTE NÃO ENTRA. SOMOS PERSONAS NON GRATA E NÃO GANHAMOS INGRESSOS."
É verdade! Amanhã é show do Chico César. Mas foda-se, eu não gosto dele, mesmo.
Telefone desligado. Horas depois, quase meia noite. Toca de novo. É Nando Z, querendo pagar um certo dinheiro pra eu e pra mim.
"CE TAVA NA CIDADE DA MÚSICA?"
"TAVA UMA PORRA! SAÍ DE CASA AGORA PRA BEBER!"

E não há mais relatos sobre o evento até o momento. Terei que me deslocar de meu solar para acompanhar de perto este acontecimento cultural. Não é possível que esteja tão ruim assim. Mas, se não está, o que justifica as risadas tarcisianas que ouvi? Oh, ceus, mais mistérios! Atividade Paranormal mexeu mesmo comigo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ATIVIDADE PARANORMAL: ASSISTA NO CINEMA SEM MEDO: O FILME É TERROR PURO!




Um casal. Micah e Kate. Micah compra uma câmera, desejando captar os acontecimentos paranormais que acontecem na casa enquanto eles dormem - ou tentam dormir. Passos, rugidos, batidas, sussurros, vozes que chamam por Kate. Um especialista diz não se tratar de um fantasma, mas sim de um demônio. Este demônio está possivelmente atrás de Kate.

Esqueça efeitos especiais, atores famosos, atrizes gostosas e historinhas batidas com finalzinho feliz. “Atividade Paranormal” vai arrancar o terror das entranhas de seu inconsciente e te fazer tremer na cadeira. No começo, devagarinho, com aquele sorrisinho nervoso no rosto. Aos poucos, o terror e o medo primitivo vão tomar conta de você, até que, no final, o apogeu será alcançado através do imaginado, antes que você possa pensar em uma outra alternativa para o final mais uma vez.

Assisti, tremi e amei o filme independente, que segue a linha de “A bruxa de Blair” e “Cloverfield” – ou seja: câmera caseira filmando um fato. Mas desta vez, o ponto de vista da câmera é o que mais se destaca no filme – afinal, como a fita que vemos é caseira, aquilo poderia ter acontecido com qualquer um de nós, não é verdade?

Outra coisa assustadora foi a sala do cinema lotada. No final do filme, o público aplaudiu com gosto a fita e saiu da sala iluminando o caminho com celulares, uma vez que o cinema mergulhou na escuridão após o fim do filme, deixando aquela sensação de que algo podia acontecer novamente a qualquer momento.

O FILME ALÉM DA SALA DE CINEMA

No site oficial do filme, há relatos pessoais dos espectadores que vivenciaram ou ouviram falar de casos assustadores do tipo que acontece no filme. Além disso, o site revela que foi gasto apenas 15 mil dólares na realização do filme, e ele já arrecadou 100 milhões nas primeiras semanas. E o pior de tudo é que o filme é bom, mesmo: uma das melhores fitas de terror dos últimos anos!

Fantástico! Assistam sem medo: o terror é garantido! E eu vou ver de novo, no cinema, em breve!

site oficial: www.atividadeparanormal.com.br
(atentem-se aos depoimentos do público!)

título original:Paranormal Activity
gênero:Terror
duração:01 hs 26 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.atividadeparanormal.com.br
estúdio:Blumhouse Productions
distribuidora:Paramount Pictures / DreamWorks SKG / PlayArte
roteiro e direção: Oren Peli
produção:Jason Blum e Oren Peli
elenco:Katie Featherston / Micah Sloat

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

DRÁCULA: INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROCESSO ARTISTICO







"Drácula" vai desembarcar em São Miguel em 2010. O Alucinógeno Dramático realizará a montagem teatral do livro de Bram Stoker, e o processo artistico já está com as inscrições abertas. Segue o regulamento para quem tiver afim de participar!
Inscreva enviando um e mail de interesse para claud-santos@hotmail.com

DRÁCULA PROCESSO ARTISTICO E SELEÇÃO DE ELENCO – REGULAMENTO

1) O Alucinógeno Dramático Teatro & Pesquisa abre inscrições para o processo artístico e seleção de elenco para o espetáculo “Drácula”.

2) Podem participar do processo artístico: interessados entre 16 e 30 anos, com ou sem experiência em teatro.

3) O Processo Artístico acontecerá entre 12 e 22 de Janeiro, de terça a sexta, das 19h as 22h, em São Miguel, zona leste de São Paulo. (o local do processo e futuros ensaios só será divulgado aos participantes confirmados).

4) Os aprovados no Processo Artísticos farão parte do elenco do espetáculo “Drácula”, que ficará em cartaz entre Abril e Junho de 2010.

5) A renda das apresentações será dividida entre elenco e produção conforme sua participação no espetáculo. Os valores serão definidos em porcentagem e esclarecidos no primeiro dia do processo artístico.

6) CRONOGRAMA DE AÇÃO:
12 a 22/01 – das 19h as 22h = Processo artístico e seleção de elenco
25/01 – Classificação do elenco (divulgação via e mail)
29/01 – Reunião para entrega e leitura do roteiro e cronograma de ensaios
27/03 – Previsão de estréia do Espetáculo
(O espetáculo ficará em cartaz três meses: Abril, Maio e Junho, aos sábados, em local a ser definido, podendo ter uma segunda temporada: de Setembro a Novembro)

7) Durante o Processo será abordado:

a. Preparação corporal;
b. técnicas de interpretação e criação dos personagens;
c. História mitológica e cientifica dos vampiros;
d. Criação de Bram Stoker e sua influencia no mundo ocidental;
e. Filmes e documentários (Drácula no cinema);
f. Expressionismo;
g. Leitura e interpretação de texto;

8) Serão selecionados para o espetáculo aqueles que condizerem ou adaptarem-se às necessidades artísticas do grupo nos quesitos: atitude artística, interpretação, assimilação de conhecimentos, integração grupal, tempo disponível para ensaios, apresentações e outros conhecimentos artísticos necessários ao espetáculo;

9) Cada participante terá uma apostila e um diário de bordo para registrar suas experiências no processo artístico (a apostila custará R$ 10,00 [dez reais], que deverá ser pago no primeiro encontro, dia 12 de Janeiro). O diário de bordo {caderno de notas} fica a cargo do participante;

10) O Processo Artístico não oferece alimentação nem transporte aos seus participantes. (Recomenda-se trazer uma garrafa de água);

11) Não serão permitidos acompanhantes durante as atividades do Processo Artístico;

12) O participante deverá trajar durante o processo roupas que permitam flexibilidade corporal: camisetas fechadas, calças de moletom, tektel, leg ou similares, próprias para exercícios físicos – não muito novas. (Poderão, se desejar, leva-las e vesti-las antes das atividades).

13) Para a segurança do participante, não será permitido durante os exercícios físicos: cabelos longos soltos, pulseiras e relógios, brincos grandes, piercings à mostra e coisas do gênero.

14) Problemas físicos envolvendo respiração, articulação, nervos ou coração deverão ser informados com antecedência na ficha de inscrição;

15) Todos os interessados em participar do Processo Artístico devem enviar um pedido da ficha de inscrição e/ou perguntas (dúvidas) para claud-santos@hotmail.com.

16) As inscrições acontecerão entre 01 de Dezembro e 05 de Janeiro, via Internet (e mail para claud-santos@hotmail.com).

Sejam bem vindos!

DARK'NEY IN STUDIO - FILHO DA ÂNSIA, A GRAVAÇÃO: DIÁRIO DE BORDO











2009.

(fotos de Akira Yamasaki)

14 de dezembro.
chego no metrô vinte minutos atrasado e encontro Eduardo Murena com guitarra e pedaleira me xingando cordialmente. Lotação pro parque Novo Mundo, vinte minutos. Descemos no lugar certo, achamos o hospital nipo brasileiro. Na esquina, uma padaria.
"Nego, preciso comprar marlboro."
"O pulmão é seu."
Entramos na padaria.
No balcão, estão eles: Raberuan, Akira, Cleston Teixeira e João Junior. Estávamos a poucos metros do estúdio da Familia Mi.

Os Mi de Carvalho nos recebem com entusiasmo e sorrisos. Entramos no estúdio. Há quase uma década não faço isso, meu Deus! Na parede, um naipe de quatro violões. Cleston se adianta e me oferece um nylon.
"Eu uso aço."
Ele solta o nylon e aproxima-se de um Takamine de cordas tensas e bojo folk. Ontem assisti "Não estou lá". Adivinha o que me vem à cabeça?

A gravação de "filho da ânsia", para o CD "Sacha 60 anos" foi tranquila, divetida e respeitosa. Mi de Carvalho e seu filho foram prestativos, bem humorados e nos deixaram se sentir em casa. A partir da minha voz guia e do violão, incluiram o baixo e o carron na música. Mi de Carvalho Filho é um músico excelente e compreende bem a idéia dos meus três acordes para construir algo simples, funcional e... um tanto quanto rock n' roll, evidentemente. Dos que estão ali, sou o menos músico, mas eles insistem em me tratar como um deles.
"Ah, nego! Conversa com meu guitarrista ali!"
Eduardo Murena entende o que eu quero e explica como só os músicos sabem explicar e entender. Cleston diz algo, Raberuan murmura, Akira registra a tudo com sua máquina fotográfica. Harmonia e colaboração. O resultado me agrada.

"Ficou bom." - digo - "Agora é só arranjar alguém pra cantar e vai ficar ótimo!"
Risos.
"Quando você entrar lá dentro vai encontrar o cara que vai cantar." - diz Raberuan, dando aquele voto de confiança no cantor, que por acaso sou eu.

Ed Murena incluiu sua guitarra na canção. Vai e volta, faz de novo. incluiu e exclui efeitos procurando pelo melhor dentro da alma. A música ganha vida própria. Afasta-se do que foi ensaiado e se aproxima da minha concepção original.

Ivan Neris chega verde de fome, com uma calvice anunciada no corte de cabelo rasteiro. João Júnior acrescenta sua percussão e transforma o rock de Dark'ney numa canção sachiana de prima. Todos se impressionam com o menino, os maestros reverenciam o humilde e excelente músico. João sorri com simplicidade.

Volto pro aquário. Agora, com todos estes arranjos, cantar torna-se outra canção. Refaço algumas partes. Cleston e Raberuan sugerem, esclarecem, enriquecem. Caramba, não é que estes caras são bons mesmo? Como não percebi este detalhe antes? Canção gravada.
"Mandou bem, Claudemir!" - dizem. Eu sei que podia ser melhor, mas sempre podemos ser melhor do que somos, na verdade, não é verdade?

Neris declama "Projeção" no começo e, no fim da canção, insere o poema de Sacha Arcanjo. Chave de ouro. gravação concluída. Boteco, evidentemente.

Raberuan relata a correria que foi gravar o cd nos meses anteriores e o erro de não incluir algumas pessoas - não por descaso, mas por causa da correria de vida e dos vacilos que isto inclui sem a pretensão de esquecer alguém. Alguém traz o novo CD do Edvaldo Santana (Ao Vivo). Valdir Aguilar é relembrado e sua memória é saudada. Neris, Akira e Cleston conversam sobre algo dentro do bar, enquanto fora eu, João Junior, Raberuan e Eduardo conversamos outros assuntos. Cerveja, torresmo, cigarros e conversas. Somos aquilo que somos, não tem jeito, não. Mas já é meia noite e alguma coisa no parque Novo Mundo, vila Maria. Hora de ir. Três carros dividem os grupos, cada um para uma direção diferente. Vou com Akira e Raberuan, escutando uma exímia cantora que todos gostamos, mas desconhecemos o nome. Raberuan fica em Ermelino. A viagem segue rumo São Miguel e o ultrapassa, chegando ao extremo leste de São Paulo.

Akira me conduz até meu solar. Simpático, paciente e cheio de idéias sobre música, poesia e teatro. Ele precisa é nos deixar um livro, isto sim! Ele sorri:
"Ah, Claudemir... Eu não tenho esta pretensão."
Dá vontade de fazer à força, não dá? Pegar os poemas do cara e publica, lançando-as no caos da existência sem tirar o pé do cotidiano?

Enfim, aqui estou eu, querendo registrar isto de alguma forma e muito satisfeito com o resultado.

Não só meu estilo foi respeitado como também melhorado e assimilado por músicos que estão aí há tempos.

Obrigado, senhores. Não vejo a hora de ouvir o resultado final.
Me senti em casa. Dark'ney deve existir, de fato!

domingo, 13 de dezembro de 2009

O G.R.A.VE

Boas Galera só to postando para visitarem o mySpace do G.R.AVE que é o http://www.myspace.com/geladeirarevisitada este bem bacana com atualizações deixem um alo lá pra gente valeu!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

LAMPIÃO E MARIA BONITA



A atriz Anthéia Ligia convida para o espetáculo:

"A Verdadeira História de Lampião e Maria Bonita "

peça de cordel


dias 11 e 18 as 19hs e dia 12 as 15hs

casa de cultura do Itaim Paulista
Rua Barao de Alagoas - de frente à Praça Lions Club

elenco:
Tony Noronha,Wilva Oliveira,Rafael Viana,Igor Felipe,Anthéia lígia,Loma Pereira,Jenny Alves,Shayeny Peroni,Moma Miranda,Silvana Cardoso,Eliz Brasil,Cauane Brasil,Uilliere Jackson,Roldan Garcia,Robson de Assis,Marco Gonçalves,Capeta dos Anjos,Iraciel Santana,Bruna Fontes & Patricia Sil Sá.

Direção Reggie Fontes.

Entrada:um kg de alimento não perecível