sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Crepúsculo para Simone

Há exatas duas semanas surgiu a idéia de escrever, sobre o ultimo filme dirigido por Catherine Hardwicke , Crepúsculo, tinha tudo para ganhar uma critica no blog, um filme sobre vampiros,( tema que me atrai muito) e, até o ano de seu lançamento, o filme de maior bilheteria em sua estréia dentre os dirigidos por uma mulher. Crepúsculo obteve US$ 70,6 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos, baseado no livro de Stephanie Meyer, brilhante escritora... Mas enquanto assistia ao filme, constantemente algo que acabara acontecer na minha vida, vinha me perturbar, roubar minha atenção, fato este um tanto quanto inusitado, porém como é de minha natureza, eu ri da situação, e vendo ali na minha frente aquele romance adolescente desenrolando-se, decidi não escrever mais sobre Crepúsculo, foi então que já esquecido na pilha de dvds sobre a televisão vejo um titulo que a muito tempo comprei e esqueci perdido entre tantos outros: SIMONE, que conta que após a principal atriz de seu próximo trabalho desistir do projeto em cima da hora, um produtor decide substituí-la por uma atriz criada digitalmente, sem revelar que ela na verdade não existe. O que ele não esperava é que ela se tornasse um grande sucesso, a chegar ao ponto de atrapalhar sua vida, definitivamente roubando todo o foco, para si, Dirigido por Andrew Niccol (Gattaca) e com Al Pacino, Catherine Keener e Jay Mohr no elenco.
Convido a todos a assistir SIMONE, um filme, que mostra como as pessoas podem ser fraudadas, e mesmo que a verdade esteja bem nas nossas caras, não aceitamos, somos donos da verdade, e quem vai querer admitir que foi enganado? No caso do filme, por um programa de computador. Agora trazendo pra vida real, será que tudo que assistimos, ouvimos e sentimos, seria real? Mas é aquele velha história: “A verdade de um nem sempre é a verdade do outro, por isso verdade não é realidade, mas sim como uma pessoa vê o mundo." Ou como para Nietzsche a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque diz que não se pode alcançar uma certeza sobre isso. Daí seu texto "como filosofar com o martelo". Existem outros que afirmam que é com freqüência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa grande mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez. Como no caso do filme SIMONE, cansado de ser deixando pra trás e de todo o prestigio ficar com Simone, o seu controlador (Al Pacino), decidi contar a verdade, conclusão: para quem ele contou, achou que ele estava bebâdo, ficando louco, ou talvez fosse uma jogada de markentig.
Dentre essa mulher perfeita, criada por computador, ou as mulheres “imperfeitas”, diretora e escritora de um best seller, decidi também escrever sobre as imperfeições, e as mentiras, do que a gente assisti ou lê, de certa forma acabei por falar também de Crepúsculo, que apesar de ser um romancezinho, americano e adolescente, tem vampiros, e isso o fez ganhar alguns pontos no meu conceito.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu prefiro não comentar sobre Twilight (Crepúsculo), vai ser um discurso interminável, como quando eu começo a xingar os indies.

O que foi escrito sobre o SIMONE, de que as coisas a nossa volta não podem ser reais, faz muito sentido e me assustou, ok? Ok. Eu nunca tinha parado para pensar nisso, que medo, EU NÃO QUERO QUE MEUS ÍDOLOS SEJAM HOLOGRAMAS, eu ainda tenho que dar um abraço de urso em Hayley Williams.

Claudemir "Dark'ney" Santos disse...

s1mone é realmente uma ótima alegoria para esta relação artista/público. Somos apaixonados por nosso ídolos, até que eles fazem algo que, pessoal, nos ofende. É preciso saber que o artista e seu trabalho não está relacionado com sua vida pessoal. Agora, acredito que Alyne Garroti foi um pouco além disso e falou sobre nosso maldito vício de julgar as pessoas pela sua aparência. Aparências enganam sim: as visuais e as mentais também. As pessoas raramente são o que dizem; elas se parecem mais com o que fazem. Assim sendo, vamos assistir S1MONE e pensar sobre isto.
O que é? Crespúsculo? Não me levem a mal, mas vou assistir em casa, quando sair em DVD e depois comento. Este negócio de vampiro que não quer chupar a menininha... não sei não, viu! Lá vem as aparências outra vez!!!