A Velha Fórmula do Corte de Custos
Os administradores públicos que normalmente ostentam uma enorme incapacidade em administrar austeramente os órgãos governamentais tornam-se algozes de nossa impossibilidade de desenvolvimento social, um exemplo disso é a noticia que soube esta semana por Edu Gusmão, que não esteve no Sarau para estar presente em uma reunião convocada com urgência por artistas de Santo André, para iniciarem ações de protesto contra o possível encerramento das atividades da Escola Livre de Teatro de Santo André, pela atual administração do PTB na prefeitura da cidade.
A Escola Livre que é uma escola gratuita de artes cênicas vem se tornando nos últimos anos uma referência nacional no ensino de teatro, mais que isso, vem sendo um território livre de criação artística ao desvencilhar-se dos ranços culturais das escolas tradicionais e permanecer buscando a viceralidade da criação teatral no seu estilo de ensino e em suas montagens de finalização de turmas, o que fez com que a escola ganhasse um merecido prestigio nos meios culturais.
Mais uma vez vemos nossos administradores enxergando a cultura como mais um grupo de números no orçamento anual e não como um bem comum da comunidade, de extremo valor para toda a sociedade, tal visão relega a cultura sempre a posição de primo pobre dentro das administrações públicas e restringe cada vez mais as possibilidades de sobrevivência digna para os artistas de nosso país.
A sapiência destas mazelas faz com que a cada dia que passe eu tenha mais certeza de que o fazer artístico dentro de nosso pequeno mundinho, não tem significado real algum, é somente um tipo de masturbação existencial alienado da realidade que nos cerca e para não cair neste fosso eu prefiro o não fazer, para quando decidir fazer abrir as portas de qualquer espaço que consiga desbravar para estar em conjunto com outros como eu berrando coisas que considere importantes para dizer-se a quem interessar possa. De certa forma nós cidadãos e principalmente nós artistas, temos uma parcela de responsabilidade por esses desmandos, pois em maioria permanecemos ilhados e ostracisticos curtindo nossas misérias e nossas glórias, sem assumirmos o nosso papel social que permanece por conta disso vazio no palco da história.
Os administradores públicos que normalmente ostentam uma enorme incapacidade em administrar austeramente os órgãos governamentais tornam-se algozes de nossa impossibilidade de desenvolvimento social, um exemplo disso é a noticia que soube esta semana por Edu Gusmão, que não esteve no Sarau para estar presente em uma reunião convocada com urgência por artistas de Santo André, para iniciarem ações de protesto contra o possível encerramento das atividades da Escola Livre de Teatro de Santo André, pela atual administração do PTB na prefeitura da cidade.
A Escola Livre que é uma escola gratuita de artes cênicas vem se tornando nos últimos anos uma referência nacional no ensino de teatro, mais que isso, vem sendo um território livre de criação artística ao desvencilhar-se dos ranços culturais das escolas tradicionais e permanecer buscando a viceralidade da criação teatral no seu estilo de ensino e em suas montagens de finalização de turmas, o que fez com que a escola ganhasse um merecido prestigio nos meios culturais.
Mais uma vez vemos nossos administradores enxergando a cultura como mais um grupo de números no orçamento anual e não como um bem comum da comunidade, de extremo valor para toda a sociedade, tal visão relega a cultura sempre a posição de primo pobre dentro das administrações públicas e restringe cada vez mais as possibilidades de sobrevivência digna para os artistas de nosso país.
A sapiência destas mazelas faz com que a cada dia que passe eu tenha mais certeza de que o fazer artístico dentro de nosso pequeno mundinho, não tem significado real algum, é somente um tipo de masturbação existencial alienado da realidade que nos cerca e para não cair neste fosso eu prefiro o não fazer, para quando decidir fazer abrir as portas de qualquer espaço que consiga desbravar para estar em conjunto com outros como eu berrando coisas que considere importantes para dizer-se a quem interessar possa. De certa forma nós cidadãos e principalmente nós artistas, temos uma parcela de responsabilidade por esses desmandos, pois em maioria permanecemos ilhados e ostracisticos curtindo nossas misérias e nossas glórias, sem assumirmos o nosso papel social que permanece por conta disso vazio no palco da história.
7 comentários:
Segura, que Neris tá bravo! Quero ver quem é mais macho que o cara, agora!
Nêgo, seguinte: canalhas sempre houveram e sempre vão haver. Não acho legal o fechamento de nenhum sítio cultural. Pego contigo as pedras e jogo nos políticos com todo o prazer. Mas não posso deixar de articular minha arte por causa disso, até porque devo admitir que é mais uma questão existencial e pessoal do que politica e social. Mudar o mundo? Caralho; se eu conseguir mudar a mim mesmo vou ficar tão contente e o mundo vai ficar um pouco melhor. Se todo mundo mudar a si mesmo, então... Confúcio dizia algo sobre isto. Tipo, vamos cada um limpar a sua calçada.
Não creio que o artista seja mais responsável que qualquer outra pessoa nesta tal função social. Aliás, o cidadão, independente de sua "função social", deve participar ativamente. Agora, que o brasileiro é passivo por natureza, isto é. Bombas precisam explodir no Distrito Federal, bem sei. Acho que o CQC faz isto muito bem através do humor, e causa interesse numa juventude que, até então, estava alienada. E o que devemos fazer? Sejamos terrorista: vamos atacar a todos com poesia e overdose de arte em comerciais, como bem digo na canção. É nisto que eu acredito, sem pretensões politico-partidárias ou bandeiras revolucionárias para esconder hipocrisias financeiras. Antes um capitalista assumido do que um farsante socialista!
Por outro lado, por que os políticos vão apoiar um lugar que faz as pessoas pensarem? Seria incoerente da parte deles, que desejam vacas de presépio para manterem suas cadeiras confortáveis.
Não, amigo, nossa arte não pode parar. Porque ela, mesmo não tendo o suporte da mídia e do grande público já é uma afronta contra algo mais forte que o jogo sujo do político: a acomodação do ser humano - este, sim, precisa ser transformado com urgência, e os politicos não farão isto, tenha certeza!
No mais, ser reconhecido, fazer parte da história e coisas assim dependem mais do outros do que de mim. Pois eu mesmo não estou preocupado com isto e nem sequer interessado. Cuzão? Que seja: antes covarde vivo que herói morto. Aliás, se me deixarem de fora de toda esta palhaçada, eu vou é agradecer.
Alienado eu? Como se, pensando e agindo assim, eu vou contra todos os principios sociais, morais e comunitários que eles tanto dizem que é certo e digno? Os mesmo principios que dão margem à figurinhas comos estas citadas no texto de Neris? E o que é certo, então? Sei lá! Eu, que sou canhoto, toco sem virar o violão...
Por isso que toca mal.... hehehehe!
Não posso perder a piada..
De resto, concordo com o Claudema: não acho que temos responsabilidades maiores que as de qualquer outro. Não vou parar porque eu meio que não consigo. É uma compulsão. Eu faço porque eu preciso, não porque o mundo precisa. Se o mundo quiser usar o que eu faço pra alguma coisa que faça, se não foda-se... Eu só preciso continuar tocando meu violãozinho e falando minhas besteiras por aí... Não preciso ser reconhecido por isso, só queria poder fazer só isso... a vida não tá fácil não, mas deixa que eu seguro esta bronca...
Vou fazendo essas merdas por aí. Algum dia vira. Afinal, tudo tem limite. Até se foder....
A gente vai abrindo espaço na raça
Outra coisa... Esse lance de manifestação é foda... como diria um amigo meu, enquanto o Forum Social Mundial a galera fica andando de um lado para o outro gritando a favor do Chavez no forum da OMC os caras soltam umas resoluções e fodem todo mundo..
Nessa porra desse país não há mobilização....
E se panelaço funcionasse a Argentina não tava nesse estado pré-ditatorial, com a volta da censura.
Em primeira instância concordo com você Claudemir,apesar de termos formas diferentes de dissertar sobre opniões parecidas,porém quando falo de não fazer arte no seu mundinho estou exatamente demonstrando a minha repulsa pelos pseudo grandes artístas de plantão que crêem que seu trabalho está além ou é superior ao que quer que seja baseados na sua formação academica ou na noteriedade que a mídia lhes dá, a arte que realmente interessa é aquela que vem do estomago ou que corre junto com a bílis e para a qual pouco importa o reonhecimento mundial,a sua importância está na verdade com que é feita e essa arte muda as coisas sim, em muitos sentidos.
Quando nos articulamos por ai,estamos fazendo o básico e justo da sobrevivência, o importante é não nos articularmos para buscar mais espaços para a realização dos "Sai debaixo" da vida,a nossa responsabilidade em relação a qualquer coisa depende do grau de conciência que temos em relação a ela e essa responsabilidade não deixa de existir quando a ignoramos assim como uma verruga continuará na mão mesmo se fingirmos que não esteja,se for se esperar que o grau de conciência do artísta seja o mesmo que o de qualquer pessoa,é melhor que os generais escrevam a poesia enquanto nós cortamos as barrigas nos hospitais, pois a nossa capacidade de abstração da realidade com certeza e vazia. Realmente canalhas sempre houveram e haverão o que muda a cada geração é a quantidade de bois sendo tangidos por eles, mas verdadeiramente não existe nesse palco só os papeis de vítima e algoz.Eu da minha parte vim a terra para mudar o mundo e mudo ele um pouco mais todos os dias,o nome desse mundo é Nerislândia, os outros não andam me interessando muito,mas isso não significa que vou fechar meus olhos ao que oorre ao meu redor, por no meu cu ate podem colocar, mas pelo menos gemer eu vou, sentar na pica calado nunca!
Agora quem sentiu-se assombrado de alguma forma pelo escrito é interessante procurar um psicologo ou se achar melhor um exorcista para expulsar seus demonios, pois os meus eu não deixo sossegados sob a cama uma noite sequer. ~
Hayashi diga ao seu amigo que as movimentações e manifestações estão acontecendo todos os dias e horas em todos os lugares pois fazem parte da natureza humana, acontecem nos metros e estações de trens, nos escritórios, nos bancos,nas fábricas, nas ruas,em algumas nós até pagamos para fazer parte, o que interessa é saber que elemento nós estamos sendo nelas e se estamos conciêntes que estamos ali servindo causa de alguém ou somos só mais algumas vaquinhas de prezépio.Se alguem realmente areditasse que qualquer realização de um objetivo nobre fosse fácil e que tudo nele sairia exatamente como todos que estão envolvidos desejam, etivesse o poder de fazer com que fosse, esse alguém seria um deus e eu iria querer muito ser o assessor desse cara.
Neris, meu velho, eu adoraria uma psicóloga. Aliás, no meu atual estado, até pediatra eu aceito! No mais, hoje vi na Folha de São Paulo uma pequena matéria sobre o caso, muito esclarecedora por sinal, onde não é citado o fechamento da ELT, e sim uma troca de cargo e projeto pedagógico - fato que é corriqueiro na política de qualquer governo - exceto daquele que manda na Nerislandia, evidentemente. Peço sua licença para postar como matéria em nosso blog, isto não para bater de frente contigo, mas sim para armar a discussão sobre o caso e gerar uma reflexão baseada no dito de Confúcio. Pois quer queira, quer não, a gente pode até varrer a calçada alheia, mas nunca saberemos de fato a sujeira que há ali. Sobre manifestações inúteis ou não, digo que com certeza há sempre alguém almejando o poder. E só. Não acredito que alguma alma destas esteja realmente preocupada com algo que não seja seu bem estar e sua visão sobre as coisas coletivas. E, Hayashi, saiba que quem não toca bem como você tem mais é que escrever bem como eu. E eu digito com as duas mãos! Lá ele!
Também li a uma matéria na folha sobre o caso Ney,mas eu particularmente não acreditei na afirmação da diretora de cultura de que "a prefeitura é sensivel a instituição" até porque não creio que a prinipal qualidade de nossos politicos seja a sensibilidade, o que eu tenho ouvido falar a meses pela radio povão é sobre o sucateamento da escola, com diminuição de suas verbas, da carga pedgógica e que já tramitaram duas tentativas no ano passado de encerramento das atividades dela. O fato realmente é corriqueiro em qualquer governo, assim como o nosso estado anestésico em relação abarbarie social,a corrupção, aos desmandos políticos etc também tornou-se coisa corriqueira na sociedade "moderna",mas nunca será na Nerislandia, pois este é um país onde curra acontece,mas nunca em silêncio. Não vou estar nas ruas protestando sobre este caso,nem sobre outro provavelmente,mas sempre vou protestar atráves das ferramentas que eu tenha a mão(minha poesia,meu teatro, minha música, nosso blog, etc).
A licença nem precisava ser pedida, pois eu entendo que entre nós sempre haverá espaço para a discussão de idéias,já que nós superamos aquele tipo de convivência pueril onde a concordância mutua e incondicional sobre pontos de vista conflitosos seja essêncial a amizade, cada um faz uso da retórica que lhe é mais sua e isto nos aproxima de algo como "seres lúcidos" se bem que não curto muito o termo,mas na falta de outro de momento...
Ainda quanto as manifestações, realmente sempre alguem almeja o poder, não só nelas mas na vida em geral, porém isto não nos impede de realizarmos as outras coisas, a questão para esta em se o objetivo de uma manifestação pertence a aquem a convoca ou aquem participa dela? pois se eu convencer-me pertencer a quem convoca, nunca mais vou nem mesmo em uma festa de aniversário.
Não muda de assunto; pode arrumar uma psicologa pra mim. ou uma pediatra que seja; a vida não tá fácil não!
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